A Ju lamenta:
No final de década de 50, Billie Holiday (1915–1959) estava no fundo do poço. Duas décadas de carreira, maluquice, drogas e álcool deixaram sua voz – antes potente e perfeita -, esburacada, tosquiada mesmo.
Quando a Columbia Records tirou essa diva decadente do limbo para gravar um novo álbum, todo mundo riu. Assim como riram das decadentes Betty Davis (1908–1989) e Joan Crawford (1905–1977) quando elas, já velhas e meio esquecidas, filmaram What Ever Happened to Baby Jane? (1962).
O disco gravado pela Billie decadente – Lady in Satin (1958) – se tornou um dos mais conhecidos dela. As músicas são o contrário de perfeitas: a voz falha, desafina, derrapa, parece que vai sumir. Billie tinha só 43 anos, mas as letras muito tristes e o estado físico faziam qualquer um chutar uns 60, 70.
Billie morreu menos de um ano depois da gravação de Lady in Satin. Eu sempre achei que algo parecido aconteceria com Amy Winehouse (1983–2011).
E assim segue no Já Matei Por Menos.
A capa do New York Post desse domingo.
E o Jonathan me indicou a capa do Meia Hora, que salienta o aspecto polarizador da personagem Amy Winehouse com um trocadilho bem brasileiro.
Foto: Dave-Wood
Mais um tributo a alguém que foi embora antes da hora.
Amy Winehouse – “Back to Black”
Amy Winehouse – “Someone to Watch Over Me”
Amy Winehouse – “Do Me Good”
Amy Winehouse + Paul Weller – “I Heard it Through the Grapevine”
Amy Winehouse – “Teach Me Tonight”
Amy Winehouse – “Fuck Me Pumps”
Amy Winehouse – “Me and Mr. Jones”
Amy Winehouse – “Monkey Man”
Amy Winehouse – “Rehab (Desert Eagle Remix)”
Amy Winehouse + Mark Ronson – “Valerie”
Amy Winehouse – “It’s My Party”
Amy Winehouse – “You’re Wondering Now”
Amy Winehouse – “Addicted”
Amy Winehouse – “Procrastination”
Amy Winehouse – “You Know I’m No Good”
Amy Winehouse – “Some Unholy War (Down Tempo)”
Amy Winehouse – “Will You Still Love Tomorrow?”
Amy Winehouse – “Tears Dry on Their Own”
Amy Winehouse – “Hey Little Rich Girl”
Amy Winehouse – “Love is a Losing Game”
A Frá discotecou no show da Amy no Brasil e deu um depoimento sobre a experiência para o G1.
O clima era o mais tranquilo possível. Vi o show de Amy ao lado dos músicos da Janelle Monáe e de Mayer Hawthorne, todos encantados por estarem ali. Se não fosse Amy e o resgate do soul old school originado por ela e Mark Ronson dificilmente eles teriam surgido no mapa musical (nem Adele, nem Duffy etc etc). Hawthorne chegou a tuitar: “Back to Black’ é uma das melhores músicas de nossa geração”. Quem ousa discordar?
Encontrei nos bastidores o Pinguim (Djamir), brasileiro que é roadie do CSS (Cansei de Ser Sexy), foi morar na Inglaterra e estava na equipe de Amy. Falou que ela é uma das artistas mais doces e generosas com quem ele havia trabalhado e que tratava com os músicos e equipe diretamente, não através de um produtor e empresário. Disse que construiu uma guitarra especialmente para ela e que ela ficou extremamente feliz. E que ela não era tudo aquilo de ruim que a imprensa pintava, que havia muito exagero.
Confira a íntegra no site.