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O Ecossistema da Música em 2017

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As transformações que estão acontecendo no mercado da música no início do século 21 são avassaladoras. Não só o Brasil chega a um nível de profissionalização na história de seu mercado como o panorama mundial da indústria fonográfica vem mudando radicalmente, além das mudanças nos hábitos de consumo de todos os ouvintes. Se antes a forma de chegar ao público pressupunha canções, lojas de discos, rádio e TV, hoje as inúmeras alternativas se desdobram exponencialmente entre aplicativos, streaming, webclipes, estratégias de lançamento, vídeos virais, gifs animados, álbuns em vinil, shows supresa, editais públicos, distribuição digital, gerenciamento de carreira, merchandising, sincronização, downloads, likes e views.

O ecossistema da música no século 21 está em plena transformação e é justamente este o foco do curso que proponho desde 2014 junto ao Espaço Cult, reunindo grandes nomes da cultura, do entretenimento e da mídia no Brasil para tentar definir horizontes de atuação para novos artistas, profissionais deste meio e ouvintes interessados nestas mudanças. Desta vez o curso acontece durante todas as terças-feiras dos meses de maio e junho deste ano, reunindo nomes como a cantora e compositora Tiê, o produtor Carlos Eduardo Miranda, o distribuidor Maurício Bussab, a assessora de imprensa Mariana “Piky” Candeias, a jornalista e apresentadora Roberta Martinelli, o empresário e artista Evandro Fióti e a empresária Heloisa Aidar. O curso começa dia 2 de maio, vai até o dia 27 de junho e as aulas podem ser adquiridas de forma avulsa (à exceção das aulas de abertura e de encerramento, que fazem parte apenas da versão completa do curso). As inscrições podem ser feitas no site do Espaço Cult.

Vida Móvel

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Finalmente recebi minha cópia do livro Vida Móvel, uma antologia de trabalhos relacionados à importância e ascensão da telefonia celular em nosso cotidiano, organizada pela Editora Bei. Além do artigo “A Maior das Ferramentas”, do escritor e pesquisador norte-americano Noah Arcenaux, da Universidade de San Diego (Estados Unidos), ensaios fotográficos de Eduardo Longman e Fernando Laszlo e de uma linha do tempo mostrando quais foram os principais aparelhos desde a invenção do telefone móvel, ainda há artigo “O nascimento de uma nação digital”, em que escrevi sobre o papel dos celulares na transformação digital do Brasil. Mais informações sobre o livro no site da editora.

Jornalismo Cultural na Web

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A revista Bravo está organizando, ao lado do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo, um curso sobre Jornalismo Cultural na Web e eu fui convidado para participar de uma das aulas, sobre jornalismo independente, ao lado do Bruno Torturra, da Helena Bagnoli (da própria Bravo) e Marina Amaral (diretora de redação da Agência Pública). Abaixo, o programa do curso, que já abriu inscrições:

No novo cenário, o jornalismo cultural se reinventa e aumenta suas possibilidades, os recursos multimídia disponíveis aproximam notícia e leitor e proporcionam experiências quase reais. Nunca houve tanto espaço para falar de livros, peças, discos, exposições, movimentos estéticos. Artistas se comunicam diretamente com fãs, opiniões pulverizadas tomam o lugar da crítica tradicional. Contar boas histórias, escrever bons textos, fazer conexões relevantes e colocar o leitor no centro de tudo, ainda continua sendo o caminho a perseguir.

Como então conciliar excelência editorial, com o gosto pela síntese, pela fragmentação e generalidade que povoam nossos tempos? Como manter o pensamento reflexivo nesse mundo apaixonado por opiniões consensuais e ainda sendo sustentável financeiramente?
Essas são as questões centrais que a Bravo! pretende discutir nestes encontros.

10/04 – Retrospectiva do jornalismo cultural
Dos clássicos cadernos de cultura ao impresso premium. Marcas amadas x um mercado arisco. Formatos consagrados x necessidade de reinvenção. Revista Bravo: a definição do novo formato
Com Helena Bagnoli.

12/04 – Novo jornalismo e as mídias sociais
Como trabalhar com redes sociais. A presença nas redes sociais – como existir. O desafio de ser lido. O jogo do vídeo para cada plataforma, uma narrativa
Com Guilherme Werneck.

17/04 – Como sobreviver além da publicidade
Projetos on demand. Patrocínio x publicidade. Como ser mais do que apenas mídia. Oportunidades de negócio cultural. Cultura colaborativa. Movimento makers.
Com Paulo Carmossa, Manoel Brasil e Helena Bagnoli.

19/04 – Curadoria: Como fazer uma seleção que empolgue as redes?
O que é relevante? Relevância x alcance. Ferramentas de curadoria online. Curadoria cultural versus curadoria do conhecimento
Com Dante Felgueiras, Pedro Dória e Guilherme Werneck.

24/04 – A leitura em profundidade está em desuso?
O cenário mundial do jornalismo de leitura longa. Reportagem multimídia, casos e prática. Conteúdo não-perecível. Novas abordagens narrativas.
Com Armando Antenore e Guilherme Werneck.

26/04 – O papel da crítica de arte
Por onde começar. Crítica acadêmica x crítica jornalística. Qual a importância? Existe uma boa crítica?
Com Almir Freitas.

03/05 – Jornalismo independente
Do fanzine às plataformas digitais. Tipos diferentes de independência. Financiamento coletivo. Como ser viável financeiramente.
Com Marina Amaral, Alexandre Matias, Bruno Torturra e Helena Bagnoli.

08/05 – Jornalismo cultural na prática
Como escrever um bom texto?
Com Ronaldo Bressane.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

A imagem que ilustra este post é uma foto de Henk Nieman da obra Ttéia1C, de Lygia Pape.

Noites Trabalho Sujo | 18.3.2017

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Em tempos de aquecimento global, vamos evitar o esfriamento espiritual. Enquanto a pele e a superfície do planeta vão esquentando e suando às bicas, almas, mentes e corações vão tornando-se mais frios, distantes e vazios, em busca de um sentido para a própria existência e dos seres em que habitam. A uniformidade inóqua e a polarização cinzenta de um pensamento robótico e maquíneo avesso à natureza animal do ser humano aos poucos calcificam emoções, sentimentos e sensações, mesmo que a temperatura exterior amoleça moleiras e moléstias. Mais do que nunca, às vésperas de mais uma mudança de estação, é preciso aprofundar-se na infinitude do eu em busca da chama da vida, o sol interior que propulsiona a translação e a rotação da consciência de cada indivíduo e que conecta-o com seus pares em um transe psicoativo febril. Por isso, horas antes da entrada no outono do hemisfério sul, mais uma celebração em laboratório acontece no pilar de paredes de concreto localizado em uma esquina da Avenida São João da grande megalópole do sul latino, rede de neurônios que habita o períneo entre os baixos instintos e as altas aspirações. Em um dos auditórios, o psicoexplorador Alexandre Matias, o pesquisador sócio-quântico Luiz Pattoli e o acelerador de partículas Danilo Cabral se reúnem numa discussão que levanta registros sonoros de épocas e locais diferentes, contrapondo narrativas para extrair o êxtase coletivo em mais uma apresentação da comitiva científica Noites Trabalho Sujo. No outro lado do mesmo andar, a dupla de colisores de prótons Roots Rock Revolution, formada pelo maximizador de efeitos Mexicano e o antropólogo psíquico Fabio Smieli, cruzam frequências e ondas sônicas em explosões de libido e catarse. O trânsito entre estes dois ambientes requer o envio do nome do voluntário – e seus possíveis convidados – para o endereço eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com até às 18h do dia do experimento. E tenho dito.

Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sabado, 18 de março de 2017
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias, Luiz Pattoli e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo); Mexicano e Fabio Smieli (Roots Rock Revolution)
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 35 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Os cem primeiros a chegar pagam apenas R$ 25. O preço da entrada deve ser pago em dinheiro, toda a consumação na casa é feita com cartões. Chegue cedo para evitar filas.

A Invasão Brasileira no SXSW 2017 começa pelo CCSP

invasão sxsw

Mais uma novidade da minha curadoria de música no Centro Cultural São Paulo: o minifestival Invasão Brasileira SXSW 2017, que acontece neste fim de semana e conta com shows dos Autoramas, Max de Castro, FingerFingerrr, Capela, Lista de Lily, Maglore e Liniker e os Caramelows, as sete bandas que irão representar o Brasil na edição deste ano do SXSW. Além dos shows, haverá duas atrações gratuitas: um debate sobre a importância do festival para bandas brasileiras no sábado (com o Ricardo Rodrigues, que cuida da carreira da Liniker; a Amanda Souza, que trabalha com o Maglore e o Leandro Ribeiro da Silva, da BM&A) e um papo com o Gabriel Thomaz, dos Autoramas, sobre mitos e verdades sobre tocar fora do Brasil, em que faço a mediação, no domingo. Os dois debates acontecem a partir das 14h – mais informações sobre o evento aqui.

Noites Trabalho Sujo | 28.2.2017 | Baile de Carnaval

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Todo ano fazemos questão de encerrar as folias mominas com nosso já tradicional encontro dançante mascarado realizado na antena de concreto armada em frente ao Largo do Paysandú, no coração da maior cidade da América do Sul. A quantidade de energias positivas que exalam das pessoas nestes no mínimo quatro dias de celebração permite que nosso experimento de catalização de energias orgônicas antija picos de carga elétricas que fluem de sonoridades essencialmente acústicas a extremos intrinsincamente sintéticos. Entre o natural e o artificial criamos a já conhecida argumentação dialética bipolar entre os dois núcleos de pesquisa auditiva – o laboratório Noites Trabalho Sujo e o conservatório Veneno Soundsystem – que permite que nossos pesquisadores possam se aprofundar na dicotomia de pesos e de realidades adversas – o plano e o curvo, o reto e o torto, o equilibrado e o desequilibrado. De um lado o pesquisador-sênior Alexandre Matias, o explorador-chefe Danilo Cabral e o físico-navegador Luiz Pattoli movem átomos através de cliques, ondas térmicas com vibrações plásticas, cérebros e quadris à base da repetição, enquanto do outro o maestro Maurício Fleury, o produtor Ronaldo Evangelista e o selecta Peba Tropikal cultuam sulcos, riscos, o tato, o toque e o calor vintage para chacoalhar auras e decifrar intimidades. O auditório azul conta com a presença da celebrada expert Giuliana Viscardi, que abre a apresentação dissecando sentimentos com precisão cirúrgica. A presença nesta celebração bíblica pressupõe o uso de trajes carnavalescos e a sua metamorfose em outra persona. Outra obrigatoriedade é o envio de nomes para o endereço eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com – caso contrário não há como garantir a entrada para assistir ao fim do carnaval de 2017 da melhor maneira. Essa é a vibração…

Noites Trabalho Sujo @ TrackersBaile de Carnaval à Fantasia
Terça, 28 de fevereiro de 2017
A partir das 23h45
No som: Alexandre, Danilo Cabral e Luiz Pattoli (Noites Trabalho Sujo), Maurício Fleury, Peba Tropikal e Ronaldo Evangelista (Veneno Soundsystem) e Giuliana Viscardi.
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 35 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Os cem primeiros a chegar pagam apenas R$ 25. O preço da entrada deve ser pago em dinheiro, toda a consumação na casa é feita com cartões. Chegue cedo para evitar filas.

Esquenta do Grammy 2017

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Eu, Tiê, Rico Dalasam e Maria Gadu fomos convidados para participar da transmissão ao vivo pelo Facebook que a TNT Brasil fez em sua página pouco antes da hora do Grammy 2017. Na transmissão conversamos sobre os indicados da edição do ano, além de particularidades sobre o mundo da música pop neste início deano.