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Um pulo no Página Não Encontrada

E já que estou ressuscitando participações em podcasts alheios, desta vez puxo aqui minha participação no Página Não Encontrada, programa que o Pablo Miyazawa toca com o Pedro Só e com o Marcelo Ferla, em que fui convidado para falar do trabalho que fizemos conjuntamente na edição impressa mais recente da revista Rolling Stone, quando nós quatro dissecamos a discografia de quatro ícones da música brasileira que completaram 80 anos em 2022: Ferla foi de Caetano, Pablo foi de Milton, Pedro de Paulinho e eu fui de Gil. E conversamos sobre a vida e obra destes quatro pensadores brasileiros enquanto falamos sobre o processo de realizar esta edição.

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Altos Massa: Envelhecer é mais fácil do que parece

Com o fim do Carnaval, podemos finalmente comemorar o início de 2023, mas a cada ano que se passa o “adeus ano velho” também é um “olá você velho” e no segundo programa do ano, eu e Pablo Miyazawa nos dispusemos a falar sobre envelhecer no século 21 – e o quanto que este paradigma vem sendo quebrado à medida em que o tempo passa, tornando os velhos menos velhos com o passar do tempo e fazendo a gente repensar os limites da adolescência, da vida adulta e da dita melhor idade. Aproveitamos para falar sobre o Carnaval deste ano e do próprio Altos Massa (sempre assim), além de falar dos primeiros shows que vamos fazer com a nossa banda (como assim???? Pois é).

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Falando sobre Crumb

Esqueci de linkar aqui no Trabalho Sujo um papo que tive com o pessoal do Lasercast sobre o senhor Robert Crumb, ainda no ano passado. Os compadres do podcast do site Raio Laser, ótima iniciativa brasiliense de acompanhar as transformações do quadrinho mundial, Ciro Marcondes, Marcio Jr. e Lima Neto me chamaram para falar sobre um dos principais nomes da história do quadrinho mundial dentro da seção Quadrinistas Além pois traduzi alguns livros deste mestre no início do século. Um papo excelente que inevitavelmente falou sobre a influência do sujeito inclusive no quadrinho nacional.

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História Crítica da Música Brasileira

A partir da próxima quarta-feira começo mais um curso sobre música brasileira, desta vez em parceria com o Sesc Av. Paulista. Durante seis aulas, História Crítica da Música Brasileira repassa nosso consagrado cânone questionando escalões, hierarquias, apagamentos e sumidades ao comparar a história desta manifestação cultural e como ela passa para a posteridade. Em três semanas, sempre às quartas e sextas, das 19h às 21h30, repasso como essa transformação acaba moldando nosso entendimento do que é bom e o que é ruim, o que é representativo ou não e até mesmo o que seria essencialmente brasileiro dentro deste novo contexto. Para isso, convoquei os pensadores e agitadores culturais Rodrigo Faour, Pérola Mathias, Bernardo Oliveira e Rodrigo Caçapa, cada um deles especializado em um aspecto específico desta trajetória, para discutir como parâmetros como classe social, raça, gênero, orientação sexual e distâncias geográficas acabam determinando não apenas o sucesso comercial de cenas inteiras como sua posterior classificação – ou desclassificação – histórica. As inscrições para o curso já estavam abertas para quem tinha a credencial plena do Sesc e agora as vagas estão abertas para todos neste link – por isso, quem chegar primeiro leva. Abaixo, a ementa do curso e a divisão sobre quem fala sobre o que em casa uma das aulas.  

Aparelho: Pela volta da música lenta

Começamos o ano de fato nessa estranha coincidência entre o fim do carnaval e Twin Peaks e comentamos as inúmeras tentativas de abordagem românticas, desde as contemporâneas do mundo digital (como usar o Letterboxd como uma nova versão do clássico “venha conhecer minha biblioteca”) até as decadentes, como a hora da música lenta, que clamamos pela volta – sem contar as mais esdrúxulas – e nichadas – como levar um livro do Thomas Pynchon debaixo do braço. E que tal um programa de rádio tipo correio elegante chamado New Romantic com “Stairway to Heaven” como música de abertura? E no meio disso tudo falamos de carros que saíram de moda, de uma importante agente cultural e política brasileira, a sobreposição entre as danças do TikTok, a Macarena e É o Tchan e a rede social do Aparelho. E nos perguntamos sobre a volta do horário de verão!

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“O que vocês fariam pra sair desta maré?”

No ano passado fui convidado para participar do livro De Tudo Se Faz Canção – 50 anos do Clube da Esquina que comemorava meio século desta obra ímpar de Milton Nascimento e Lô Borges que colocou no mapa da música brasileira toda uma nova cena e novos temperos musicais que mudaram a cara de nossa música. Concebido e organizado pela Chris Fuscaldo, através de sua editora Garota FM, ao lado de um dos patronos desta cena, o próprio Marcio Borges, letrista do grupo e irmão de Lô. O livro conta esta saga do ponto de vista de seus protagonistas, com depoimentops de Ronaldo Bastos, Beto Guedes, Fernando Brant, Wagner Tiso, Toninho Horta, Alaíde Costa e muitos outros que participaram do disco, além de seus próprios autores, Milton e Lô e um extenso faixa a faixa em que vários pesquisadores, críticos e jornalistas, como Leonardo Lichote, Kamille Viola, Marcelo Costa, Ana Maria Bahiana, Charles Gavin, Carlos Eduardo Lima, Patrícia Palumbo e Ricardo Schott, entre outros, atravessam as clássicas canções deste disco histórico. É nessa seção que faço minha participação, dissecando as duas versões de “Saídas e Bandeiras” e mostrando como a força destas duas pequenas canções atravessou décadas para ressurgir numa apresentação que vi duas bandas contemporâneas em 2015, quando O Terno e os Boogarins celebravam a importância do disco a partir de uma transformação conjunta desta microcanção no bis de seu show conjunto no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, tornando-se um épico de mais de doze minutos com duas baterias, dois baixos e três guitarras. De Tudo Se Faz Canção ainda fala de outros grandes nomes ligados ao disco (como Eumir Deodato, Paulo Moura e o fotógrafo Cafi), cita as comemorações do cinquentenário do disco no ano passado, incluindo a turnê de despedida de Milton Nascimento, e reúne fotos raras com um acabamento gráfico de primeira. O livro pode ser comprado no site da Garota.fm e aproveitei para falar do livro nesta sexta-feira em que os Boogarins tocam na íntegra o Clube da Esquina no teatro do Sesc Pompeia, a partir das 21h. Os ingressos para o show já estão esgotados, mas vai que aparece alguém vendendo algum que sobrou na hora…

Tudo Tanto #146: Lucas Santtana

Retomo os trabalhos do meu programa sobre música brasileira conversando com o baiano Lucas Santtana, que durante a pandemia estreitou seus laços com o velho continente mudando-se para uma pequena cidade no interior da França, onde reside atualmente. Neste processo, começou a compor seu novo disco a partir do contato com uma série de autores (como a cientista Lynn Margulis, objeto do documentário Symbiotic Earth: How Lynn Margulis Rocked the Boat and Started a Scientific Revolution), que pensam o lugar da raça humana no planeta Terra, levando em conta principalmente a crise climática que já estamos atravessando – e que foi responsável também pelo surgimento deste trágico capítulo em nossas vidas. O Paraíso, lançado no inicio do ano, foi gravado com músicos franceses e conta com versões de músicas dos Beatles e Jorge Ben.

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DM: Vamos festejar!

Mais um DM pré-Carnaval e Dodô já começa desconfiado com uma falta de politização nesta primeira folia sem Bolsonaro, o que bate com uma sensação que vinha sentindo sobre um individualismo extremo na festa deste ano. E aproveitamos para falar do exato oposto disso, trazido à tona pelo excelente documentário Andança, sobre Beth Carvalho, que coloca arte e cidadania no mesmo balaio, sem distinção. E damos nossas dicas de Carnaval – e deixo o link pra quem quiser aparecer na sexta-feira no Cineclube Cortina para festejar em mais um Baile à Fantasia Noites Trabalho Sujo com a Charanga do França. Vai ser bonito!

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Cine Ensaio: Filmes e séries favoritos de 2022

Eu e André Graciotti retomamos o Cine Ensaio em 2023 repassando os filmes e séries que mais gostamos no ano passado. Um ano fraco do ponto de vista audiovisual, em que alguns filmes e autores se destacaram por tentar sair da mesmice dos últimos anos, mesmo que estas experiências não tragam filmes memoráveis, mas ensine o público a fugir da forma como o cinema comercial vinha tratando a audiência na última década. Mesmo assim, destacamos filmes e séries que nos surpreenderam – entre azarões e obras-primas – mostrando que há um luz no horizonte blockbuster que parecia tornar tudo previsível.

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Carnaval 2023: Baile à fantasia Noites Trabalho Sujo com a Charanga do França

O Carnaval 2023 já está na rua, mas ele começa oficialmente na próxima sexta-feira, quando abro mais uma folia ao lado dos bambas da Espetacular Charanga do França. Desta vez nosso ponto de partida é no Cine Cortina, quando começo a discotecar no começo da noite, abrindo alas para a essência do Carnaval de nossos tempos encarnada na já clássica trupe liderada pelo doutor França. Aí tome mais de duas horas de folia até que volto na finaleira da noite pra não deixar ninguém parado. Os ingressos já estão à venda: e você sabe como eles vão embora rápido, então corre.