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Fora da Casinha 2015

Fora da Casinha

Nem lembro há quanto tempo conheço o Mancha, mas lembro perfeitamente da minha felicidade quando ele aceitou dividir uma Noite Trabalho Sujo na Trackers na primeira vez que fizemos shows na festa (com Bonifrate e Soundscapes). A parceria seguiu logo depois quando o convidei para repetir a dose na festa de 18 anos do Trabalho Sujo (quando ele convocou o MZK e o Curumin) e saquei que havia uma preocupação: Mancha, que fez seu nome junto à cena independente brasileira ao transformar sua própria casa em um dos melhores (e menores) palcos da cidade, era refém de um local.

Havia uma preocupação de expandir os horizontes espaciais da Casa do Mancha para que seu trabalho não ficasse preso a uma coordenada geográfica e ele já tinha algumas ideias na manga. A primeira delas confirma-se hoje, quando ele chamou o Trabalho Sujo pra ser o veículo que anuncia o primeiro Fora da Casinha: um festival de música independente brasileira que acontece durante o primeiro domingo de outubro. São 10 bandas que já passaram pela Casinha se apresentando continuamente por honestos 60 reais (40 reais o primeiro lote, não dê mole) – talvez a melhor relação custo/benefício da noite paulistana. O festival acontece no Centro Cultural Rio Verde e reúne Holger, Gui Amabis, Mauricio Pereira, Twinpine(s), Stela Campos, O Terno, Carne Doce, Soundscapes, Supercordas e Boogarins. Eu, Danilo, Klaus, Luiz e Babee estaremos presentes recebendo o público com a tranquilésima volta das Tardes Trabalho Sujo – não, a Sussa não morreu.

“Faz uns anos que flerto com extrapolar o limite físico da casinha, não ficar refém de um modelo de trabalho singular”, me explica o Mancha. “Já temos essa preocupação de não estagnar numa situação confortável e nos últimos dois anos realizamos algumas produções fora com resultados muito bons. Conforme fomos amadurecendo ficou mais latente a relevância do que podemos apresentar, então fui moldando a idéia de um festival que mantivesse a narrativa que temos na Casa do Mancha só que numa proporção maior.”

Ele conta um pouco da história do lugar: “A Casa do Mancha surgiu de um estúdio caseiro na sala da casa onde eu morava. Basicamente minha intenção era gravar minhas idéias, músicas de amigos e eventualmente juntar todo mundo pra mostrar o que a gente tava fazendo. Aconteceu isso e muito mais. Aos poucos as gravações ganharam melhor qualidade, aprendemos a tirar um bom som da sala e as apresentações se tornaram mais frequentes, disputadas por um público que buscava conhecer novos artistas. Tive pessoas incríveis que passaram anos comigo ajudando a conduzir a casinha como o Tomaz Afs e o Rafael Crespo e isso me fez perceber que existia ali um potencial para ajudar a alicerçar uma fatia da produção musical independente.”

Ele reforça o acerto de opção: “Por estar numa posição privilegiada, em contato com muitos artistas constantemente, vejo coisas incríveis na produção atual. Não é a realidade do grande mercado pois esse ainda é pautado pela lógica do consumo fácil, sem muitas preocupações com referências ou evolução. Mas agora, passada a comoção do acesso à tecnologia que facilitou as gravações, voltamos ao ponto que o artista se destaca pelas apresentações. Isso necessariamente progride a música ao vivo, tanto pro lado dos artistas quanto dos locais de show.”

Pergunto se é uma só edição ou se teremos outros Fora da Casinha depois desse: “O festival nasce como comemoração dos 8 anos da casinha”, diz. “Minha maior preocupação foi costurar artistas que representam bem nosso trabalho durante esse tempo, todos tem um forte laço conosco, são parceiros de longa data e estão nesse festival muito mais pela relação que eles tem com a casa do que qualquer outro motivo. Então vai ser uma festa de aniversário com amigos. E aniversário a gente faz todo ano, se tivermos fôlego e amigos pra comemorar sempre… Por que não?”

Os ingressos começaram a ser vendidos hoje e o primeiro lote custa só R$ 40. Não dê mole.

Minha primeira vez no Super Júri do Prêmio Multishow

multishow2015

Depois de três anos prestando consultoria para o Prêmio Multishow, passei para a frente do Super Júri que ajudei a criar e participo da premiação ajudando a escolher os três principais prêmios da noite – melhor disco, melhor música e artista revelação – ao lado de bambas no assunto música brasileira. A premiação acontece no Multishow a partir das 22h e a discussão do Super Júri começa às 22h30 e pode ser acompanhada pelo canal Bis. Como aquecimento da premiação, participei do programa da Débora Pill, que também está no Super Júri, junto com a Renata Simões (outra integrante do time de jurados da noite), para falarmos de alguns dos nomes que estão concorrendo esta noite. Dá pra ouvir o programa aqui.

Noites Trabalho Sujo em Brasília!

noites26agosto2015

Finalmente faço uma Noite Trabalho Sujo aqui em Brasília, minha terra natal, e não podia escolher ponto melhor pra fazer a cidade se acabar do que a clássica festa Moranga, que acontece ali no Outro Calaf, no Setor Comercial Sul (as informações estão todas na página do evento do Facebook). Eu e Danilo nos juntamos aos residentes Ivan Bicudo e Bílis Negra pra mexer mentes e quadris rumo ao ápice do alto astral. Se você está em Brasília sugira uma música pra ouvir hoje à noite aí nos comentários que eu posso colocar dois pares de VIPs na festa. Até às 18h eu dou notícias! Boraê?

Noites Trabalho Sujo no Rio de Janeiro

noites15agosto2015

A primeira edição das Noites Trabalho Sujo após a saída do Alberta #3 não acontece em São Paulo e sim no Rio de Janeiro, quando eu, Danilo e Pattoli tocamos em uma festa fechada em Ipanema. Se você estiver no Rio neste sábado 15 de agosto, diga nos comentários abaixo qual música que não pode faltar na edição carioca das Noites Trabalho Sujo que até o fim da tarde de sexta eu aviso quem ganhou – e não esqueça de colocar seu email pra que eu possa entrar em contato.

Ecossistema Singles e o Novo Mercado da Música

ecossistema-2015-agosto

Eis mais uma aula com um assunto, um professor e um tema que sai da da grade do Ecossistema da Música no Século 21 para ganhar vida própria: desta vez é João Marcello Bôscoli, da Trama, que conta a transição do analógico para o digital do ponto de vista das gravadoras, que perderam o fio da meada para deixar isso na mão da internet. A aula “O novo mercado da música” acontece no próximo dia 20 de junho no Espaço Cult, em São Paulo, e vai tratar do seguinte:

Como a queda da indústria do disco e a ascensão da internet renovou o interesse do público.

A digitalização da música nos anos 80 aumentou a massificação dos lucros das gravadoras, que perderam o vínculo afetivo com o público e passaram a tratá-lo como mero consumidor. Quando a internet renovou o interesse emocional pela música, surgiram brechas para novas iniciativas musicais que retomaram a paixão pela música como algo que faz parte da vida das pessoas e não mera trilha sonora.

– O que eram as gravadoras

– O que aconteceu com as gravadoras nos anos 80

– A invenção do CD, a maximização dos lucros e o início da pirataria física

– As majors: o auge da indústria fonográfica

– A invenção do MP3 e a chegada do Napster

– A popularização massiva da web e o download ilegal

– O papel da Apple e o iPod

– As redes socias

– A invenção do YouTube

– Os aplicativos de streaming

Participo da aula apresentando e mediando a conversa, cujas inscrições podem ser feitas aqui.

Rumo a Salvador

radioca-2015

Embarco neste sábado mais uma vez rumo à capital baiana para conferir de perto o festival que o compadre Luciano Matos comanda a partir do certeiro programa de rádio que toca há anos em Salvador ao lado dos feras Beto Barreto e Ronei Jorge. Voltado para a música independente brasileira, o Radioca virou um festival que vai reunir bambas como Siba, Cidadão Instigado, Mulheres Q Dizem Sim, Anelis Assumpção e Apanhador Só a nomes locais em ascensão, como Pitombeira, Oquadro e Ifá. Participo também de uma mesa sobre a cultura independente brasileira neste domingo ao lado de bambas como Bruno Nogueira, Marcelo Costa, Marcelo Monteiro (do Amplificador) e o trio do Radioca. A programação completa do festival pode ser conferida lá no site deles.

A última Noite Trabalho Sujo no Alberta #3

noites31julho2015

Acabou-se o que era doce, mas novidades virão. Por enquanto, vamos celebrar o fim de mais uma fase. Se você quiser concorrer a ingressos VIPs para essa última festa, sugira músicas nos comentários que até a sexta-feira eu escolho cinco ganhadores.

A última Noite Trabalho Sujo no Alberta #3
com Luiz Pattoli, Danilo Cabral e Alexandre Matias
Sexta-feira, 31 de julho de 2015
Alberta #3. Avenida São Luís, 272. Centro.
A partir das 22h.
R$ 35 / R$ 25 (com nome na lista pelo noitestrabalhosujo@gmail.com)

A tecnologia como aliada

vamosviverjuntos

O projeto Família + Ativa da Nestlé visa tornar os parentes mais próximos em diferentes atividades e eles me chamaram para falar sobre a importância da tecnologia nesta hora.