O Sherlock Holmes de Robert Downey Jr.
…é o Tony Stark! Ele pode ser excêntrico, fumar o cachimbo e morar no número 221-B da Baker Street, mas o personagem do novo filme de Guy Ritchie passa longe do Sherlock Holmes clássico. O filme é bem bom, mais por méritos do diretor e do roteiro (Jude Law também está bem bom, rejuvenescendo o pacato Watson sem tirar a identidade do personagem). E Downey Jr. também funciona, mas esse personagem não é o melhor detetive de todos os tempos antes da aparição do Batman. Aliás, quase não dá pra reconhecer o ar britânico no personagem, fora o sotaque. Cadê a austeridade? Cadê a fleuma? A sutileza? Nem tou reclamando da agilidade da história, do Sherlock correr mais em um filme do que em todos os livros do Conan Doyle juntos e nem da cena (desnecessária, mas bem resolvida) da luta livre. Mas esperava um pouquinho mais de wit e menos tiração de onda. Quem sabe, no segundo (afinal, é óbvio que o filme inaugura – mais – uma série).
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