Evinha esplendorosa

, por Alexandre Matias

Que delícia poder ouvir Evinha anos depois de sua fase mais popular (nos anos 70) e perceber que, mesmo aos 74 anos, ela segue com a mesma voz angelical e igualmente esplendorosa, cheia de suíngue brasileiro, como podemos ver nas duas apresentações que ela fez dentro da programação do Sesc Jazz neste fim de semana. Vi o show que ela fez no domingo, quando, além de ter a participação já planejada de Marcos Valle, também pode contar com o mestre Dom Salvador no público, uma honra tanto para a dona da noite quanto para seu convidado. Acompanhada de uma banda composta por seu marido, o francês Gérard Gambus, nos teclados e vários sobrinhos tocando guitarra, baixo, violão e bateria, ela passeou por alguns de seus sucessos para aquecer a noite, abrindo com “Olha Eu Aqui” e “Ilha Deserta”, antes de cantar sua “Só Quero”, que foi sampleada pelo rapper carioca BK’ (transformando a canção em “Só Quero Ver”), quando ela lembrou como foi o convite para aparecer na música do então desconhecido (dela). Depois ela deslizou sua voz única por “Virou Lágrimas” e “Teletema”, antes de fazer uma dobradinha de Guilherme Arantes (“A Cidade e a Neblina” e “Deixa Chover”) e deixar o palco para um momento solo do convidado da noite. Marcos Valle, que tem 84 anos mas parece que é 20 anos mais novo, começou puxando “Água de Coco”, acompanhado apenas pelos sobrinhos de Evinha, uma vez que Gambus também deixou o palco (afinal, Marcos Valle é tecladista), e depois emendou suas “Mentira” e “Parabéns” para chamar a dona da noite de volta, quando cantaram dois números do próprio Valle (“Pigmalião” e “Que Bandeira”). Depois ele despediu-se do palco, Gambus reassumiu as teclas e finalizaram o show com a dobradinha “Casaco Marrom” e a imortal “Esperar Pra Ver”. Mas é claro que todos queriam bis e Marcos Valle voltou ao palco para juntos repetirem “Que Bandeira”. Foi lindaço.

#evinha #marcosvalle #sescjazz #sescpompeia #trabalhosujo2025shows 240

Tags: , , ,