Nina Camillo encerra seu 2024 fechando um ciclo aberto há mais de dez anos, finalmente colocando no mundo o registro da primeira fase de sua carreira. A cantora sul-mato-grossense lança seu primeiro registro oficial, o EP Nascente, título que também batizou o espetáculo que fez esse ano no Centro da Terra, nesta sexta-feira e antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo. O disco reúne os singles que ela lançou nesta etapa, que começou antes da pandemia, e inclui outras músicas que terminou há pouco tempo. “Foi uma novela”, explica ao reforçar a importância do produtor Tiago Frúgoli neste processo. “As músicas que eu fiz para esse disco todas vieram após eu ter aulas de piano com ele, o que me abriu uma porta de expressão absurda”, continua. “Componho desde criança, mas no violão e com o tempo fui perdendo esse amor, enquanto no piano, sinto que me encontrei, ainda mais que tinha recém-descoberto todos os artistas que considero grandes influências hoje”. Ela cita nomes como Erykah Badu e Hiatus Kaiyote e a influência do jazz brasileiro, no que chama de um processo longo de experimentação e produção. O EP surge como uma forma de unir os singles que já havia lançado com a inclusão de duas composições anteriores, incitada por Frúgoli. “Estas foram gravadas esse ano, são mais introspectivas e pessoais que os singles e falam da minha relação com a música. Cada vez mais familiarizada com o estúdio e com tocar com uma banda, ela lança Nascente para o mundo como uma forma de antecipar a próxima fase. “Gravei antes de ter experiência de palco e de sons ao vivo, então nesse sentido, acho que as próximas coisas que vão vir, virão um pouquinho diferentes.”

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