Grimes resolveu começar seu 2015 expurgando um disco que poderia ser lançado em 2013 mas que foi engavetado. “Essa música nunca foi terminada”, explicou ao compartilhar o vídeo da faixa “REALiTi”. É uma demo do ~álbum perdido~ gravado no início de 2013. Perdi o arquivo do Ableton, por isso ela não está mixada nem masterizada. Tentei mexer no MP3 pra deixá-la num estágio audível, mas como ela foi gravada toscamente em primeiro lugar e nunca foi gravada pra ser ouvida por ninguém, então está meio que uma bagunça haha”.
Bagunça com a Grimes só pode ser coisa boa, então lá vai:
E teoricamente sai disco dela esse ano. No ano passado, ela disse na BBC que o disco talvez seria duplo. E ainda teve tempo pra tirar um sarro do Pitchfork, que dizia saber do status de seu novo álbum:
Pitchfork sucks. I scrapped that album like 7 months ago lol. "music journalism" smdh … haha
— pixel dust (grimes) (@Grimezsz) September 12, 2014
A placidez sossegada dessa faixa bônus da versão japonesa do EP que o Teen Daze lançou no início do ano talvez pudesse ter o verão como inspiração (vide seu título “Lights In The Palm Trees”), mas está descendo redondo nesse sábado de chuva…
Uma das bandas de rock mais prolíficas na atualidade, o Thee Oh Sees acaba de anunciar novo disco, batizado Mutilator Defeated At Last, e liberou a faixa de abertura, “Web”, como degustação:
Psicodelia guitarreira daquelas! Se liga agora nessa mesma música ao vivo.
Taí uma banda que tá demorando pra vir pro Brasil… O disco novo sai em maio.
M.I.A. lançou sua primeira música nova desde seu disco de 2013 (o ótimo Matangi) e além de mostrar “Can See Can Do” online ainda avisou que tem mais músicas vindo aí.
As Haim não param e se chamarem elas topam. Vide essa parceria com o produtor José Gonzalez – o nosso querido M83 – feita pra segunda parte da trilogia adolescente Divergente. A música tem as características típicas dos dois artistas – os vocais implacáveis das três irmãs e os timbres sintéticos e épicos do produtor – mas não acrescenta nada à discografia de ambos. A não ser, claro, a possibilidade de serem descobertos por um público completamente diferente do que eles já têm.
Mais uma música nova da banda principal de Johnny Jewel, “I Can Never Be Myself with You Around” mantém o clima existencialista supercine desenvolvido no já clássico disco Kill for Love. Aqui o clima é mais tenso que apaixonado, mas isso é só o trailer, o filme sonoro Dear Tommy vai chegar em breve.
Dono do melhor disco brasileiro de 2015 até agora, o jovem Strausz começa a decifrá-lo faixa a faixa. E começa com a faixa que mais destoa de todo álbum, a quase formal “Right Hand of Love”, cantada pelo inglês Jacob Perlmutter, com cello do americano Brent Arnold, ilustrada como uma psicodelia preto e branco que vai de uma rígida ordem concêntrica à pura abstração, dirigida por Mariane Paoletti.
O Violent Femmes voltou à ativa em 2013 e gostou de reencontrar os palcos, mesmo não causando grande repercussão. A banda liderada por Gordon Gano segue fazendo shows ao redor de seus hits do passado mas começa a arriscar músicas novas, como é o caso desta “Love Love Love Love Love” que será lançada oficialmente com um EP chamado Happy New Year, gravado no ano novo.
Taí o clipe de “Ciúme”, a primeira faixa do disco novo do Rafael Castro – Um Chopp E Um Sundae, bancado via crowdfunding -, que já está pra download em seu site. Pega lá!
Vacila quem desmerece por “chato” o disco novo de Bob Dylan, Shadows in the Night. O álbum faz parte da longa retrospectiva do século 20 que o mestre iniciou ainda nos anos 90, mas longe dos campos de algodão, dos pântanos do sul norte-americano ou das minúsculas cidadelas quase medievais do meio oeste dos EUA em que buscou inspiração no passado. Desde seu Modern Times, Dylan vem se aproximando da cidade grande, do ápice do século americano entre a Segunda Guerra Mundial e os anos 60. Shadows in the Night, ao escolher Sinatra como ícone, celebra este período e as canções que o emolduram, além de ser o disco em que Dylan está com a voz mais cristalina nas últimas décadas. O clipe de “The Night We Call it A Day”, clássico, noir, P&B, cheio de closes, é outra tradução deste mesmo sentimento.
E o Daniel Lanois, que produziu o disco, disse que eles gravaram músicas pra garantir um segundo volume.