18 de 2018: Paula Santisteban

, por Alexandre Matias

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Paula Santisteban foi um presente que o Miranda deixou para me ajudar a reinventar meu futuro profissional. Último disco produzido por ele, o disco de estreia de Paula me foi passado pelo mestre para que eu ajudasse em seu lançamento, que aconteceu em setembro deste ano. Foi um dos assuntos que conversamos em nosso último telefonema e semanas depois estava à frente dela e de seu marido, guitarrista e diretor musical Edu Bologna, para pensarmos em como poderíamos trabalhar juntos. Paula queria uma consultoria, mas a descrição do trabalho que ela me passou ia muito além de um mero diagnóstico seguido de metas a serem atingidas, exigia um envolvimento criativo, que ela depois batizou de “direção artística”. Não me senti à vontade, uma vez que este também tinha sido o trabalho de Miranda ao produzir o disco e ela me esclareceu: “O Miranda dirigiu o disco, você vai dirigir o lançamento”. Conversamos sobre o conceito por trás do disco, qual tema que poderia permear esta estratégia, como ela conversava com as letras e músicas que eles tinham composto ao mesmo tempo em que apresentava o trabalho para pessoas que teriam interesse em seu trabalho. Durante o segundo semestre deste ano, ela fez a capa do disco com Bob Wolfenson, fechou contrato com a gravadora Warner, lançou o disco no Auditório Ibirapuera além de apresentar-se na Unibes Cultural e no Blue Note do Rio, com participações de nomes como Tiê, Nina Becker e Kassin. Dito assim parece que foi um processo simples, mas foram horas de discussão e longas reuniões, que se misturavam com papos sobre técnicas de gravação, feras do jazz, São Paulo, discos de vinil, entre cafés, bolos sem glúten e sorvetes. Questionamos padrões do mercado, conhecemos bambas de diferentes áreas, lançamentos o disco do jeito que ele merecia ser lançado e agora partimos para um 2019 que reforça as sementes plantadas durante este ano. Tudo sem pressa, bem feito, no seu tempo…

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