Maurício Tagliari solo mesmo
Se no ano passado Maurício Tagliari lançou o primeiro disco com seu nome em mais de três décadas de carreira (Maô: Contraponto e Fuga da Realidade, que foi a base para sua temporada no Centro da Terra), agora o músico, compositor e produtor paulistano lança um disco essencialmente sozinho, um sem colaboradores, o extremo oposto do disco de 2019. “Maô: Falta de Estudo #1 foi um disco pensado até antes de lançar o Contraponto e Fuga da Realidade”, ele me explica por email. “A ideia era fazer um trabalho espelho/oposto. Sem colaborações e com sonoridades mais estranhas”.
A quarentena acelerou este processo e ele montou um estúdio caseiro, debruçou-se na estrutura musical dos pigmeus, que deram origem a várias faixas diferentes, como se cada uma delas fosse um exercício específico. “‘Auto sample’ é auto explicativa. Me sampleei e incluí faixas inéditas, “Feedback & Distortion” é um teste de pedais novos, “Pigmeu Bate estaca’ é o som de um bate-estaca de uma obra infernal perto de casa, sampleado e reprocessado mil vezes, “Passageiro” é teste de microfonação para percussão e guitarras e por aí vai.” A gravação, a mixagem e até a capa levam o nome de Taliari. “Esse é solo de verdade, no outro eu estava muito protegido pelos amigos…”
Mas foi só um processo de quarentena (enquanto já vem cogitando um segundo volume), outros ainda incluem novidades do Tanino (grupo de improvisação ao lado de Guizado, Thomas Harres e Pedro Dantas), parcerias com Rodrigo Campos e Saulo Duarte, além de ter feito a trilha sonora para o reality show de zumbis (!) Reality Z.
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