Vida Fodona #648: Festa-Solo (8.6.2020)

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Segunda, às 21h, no twitch.tv/trabalhosujo – hoje tem mais!

Fall – “Cruiser’s Creek”
Velvet Underground – “Foggy Notion”
Serguei – “Ouriço”
Calvin Johnson – “When You Are Mine”
R.E.M. – “Orange Crush”
Jesus & Mary Chain – “Upside Down”
Sonic Youth – “Incinerate”
Jair Naves – “Veemente”
Kiko Dinucci – “Foi Batendo o Pé Na Terra”
Douglas Germano – “Valhacouto”
Jards Macalé + Tim Bernardes – “Buraco da Consolação”
Luiza Lian – “Santa Bárbara”
Luedji Luna + Zudzilla – “Banho de Folhas (Nyack Remix)”
Yo La Tengo – “Be Thankful For What You Got”
Fujiya & Miyagi – “Collarbone”
Hail Social – “Heaven (Designer Drugs Remix)”
Kaiser Chiefs – “Never Miss A Beat (Cut Copy Remix)”
Yelle – “Je Veux Te Voir (TEPR Remix)”
Chemical Brothers – “Hey Boy, Hey Girl (Soulwax Remix)”
Cansei de Ser Sexy – “Move (Cut Copy Remix)”
Brockhampton – “Sugar”
Frank Ocean – “Super Rich Kids”
Don L – “Eu Não Te Amo”
Nill – “Toys”
Doja Cat – “Say So”
David Bowie – “Young Americans”
Prince – “When Doves Cry”
Outkast – “Roses”
Of Montreal – “Rapture Rapes The Muses”
Tatá Aeroplano – “Step Psicodélico”
Letrux – “Coisa Banho de Mar”
Ava Rocha – “Transeunte Coração”
Paralamas do Sucesso – “Nebulosa do Amor”

Vida Fodona #644: Festa-Solo (25.5.2020)

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Toda segunda, às 21h, no twitch.tv/trabalhosujo

Velvet Underground – “Cool It Down”
Astrud Gilberto – “Beginnings”
Yo La Tengo – “Moby Octopad”
Gilberto Gil – “Indigo Blue”
Anelis Assumpção – “Chá de Jasmim”
Otto – “Soprei”
Metronomy – “She Wants”
Beatles – “Lovely Rita”
Rapture – “Miss You”
John Cale + Terry Riley – “The Protege”
Cocteau Twins – “Cherry-Coloured Funk”
Walter Franco – “Cena Maravilhosa”
Jim James – “We Aint Getting Any Younger Pt. 2”
Memory Tapes – “Green Knight”
Washed Out – “Feel It All Around”
Garotas Suecas – “Bucolismo”
Unknown Mortal Orchestra – “Swim And Sleep (Like A Shark)”
Doors – “My Wild Love”
Syd Barrett – “Baby Lemonade”
Siba – “O Inimigo Dorme”
Bill Withers – “Everybody’s Talkin'”
Van Morrison – “Astral Weeks”
Jupiter Apple – “Welcome to the Shade”
João Gilberto – “Undiú”
Letuce – “Animadinha”
Isaac Hayes – “Never Can Say Goodbye”
Bruno Schiavo – “Orégano”
Pelados – “O Fim”
Thiago França – “Dentro da Pedra”
Miles Davis – “So What”
Lambchop – “The Old Gold Shoe”
Nina Becker – “Toc Toc”
David Bowie – “Life on Mars?”
Fagner – “Traduzir-se”
Angel Olsen – “Sister”

 

Yolatengomania!

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Ainda abrindo um baú de 25 anos de idade, o grupo Yo La Tengo resgata o clássico clipe de “Tom Courtenay” como parte das comemorações do relançamento de seu disco de 1995, Electr-O-Pura, que volta em formato duplo em setembro deste ano. É a primeira vez que o clipe aparece oficialmente no YouTube, no lugar daquelas versões velhas em fitas de vídeo gravadas por indies da época. E a história de como o trio nova-iorquino poderia ter aberto o show de volta dos Beatles nos anos 90 segue intacta tanto como um causo da história do rock, uma piada interna indie e uma crítica bem humorada às estranhas manias dos fãs – especificamente dos fãs de Beatles – e ao mainstream da indústria fonográfica:

O grupo aproveitou a oportunidade para lembrar histórias do clipe ao lado do diretor Phil Morrison em uma videoconferência, aproveitando para contar quem eram todos os atores e figurantes do clipe e que o próprio Tom Courtnay foi consultado para atuar como o empresário dos Beatles, além de, como no clipe, quase receber a presença de um beatle…

Eles são a banda mais legal do mundo, diz aí.

25 anos de Electr-O-Pura

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Electr-O-Pura não é o clássico do Yo La Tengo que os fãs respondem imediatamente quando perguntados qual o melhor disco da banda nova-iorquina – normalmente a resposta varia entre o disco que a banda lançou antes (o Painful, de 1993) ou o que lançou depois (I Can Hear the Heart Beating as One, de 1997) -, mas é o meu disco favorito do trio. Pode ser por motivos sentimentais (foi o primeiro disco do grupo que escutei) e emotivos (“Blue Line Swinger”, a faixa de nove minutos que encerra o disco, é uma das minhas músicas favoritas – e não só entre as deles), mas é bom vê-lo ganhando o verniz histórico necessário quando a gravadora Matador o incluiu como o novo item de sua série Revisionist History.

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A nova edição, que já está em pré-venda e sai apenas em setembro, no entanto, não traz nenhum extra, apenas prensa o disco em vinil duplo, como deveria ter sido anteriormente, com capa gatefold (a versão original do vinil deste disco era simples e a capa não abria), garantindo melhor qualidade sonora para as músicas. Como parte das comemorações do lançamento – o disco fez aniversário no último dia 2 -, a gravadora convidou uma de suas novas artistas, Lucy Dacus, para gravar uma versão para “Tom Courtenay”, ela que também o considera seu disco favorito.

Como se não bastasse, ela nasceu no mesmo dia em que o disco foi lançado e aproveitou para escrever sobre ele, num texto que foi traduzido pelo Marcelo, no Scream & Yell. Um trecho da tradução:

O que me fez voltar ao Yo La Tengo foi a compreensão deles sobre o humor. Ouvi bandas que exprimiam raiva, bandas que exprimiam tristeza, mas não conhecia outras bandas que pudessem expressar uma gama completa de sentimentos da maneira como o Yo La Tengo pode. De música para música, ela podia ser ansiosa, celebratória, triste, contente, confusa, etc. E mesmo quando ficavam barulhentas ou dissonantes, nunca pareciam hostis. Os sons podiam ser severos, até feios, mas eram alegres. Algumas músicas poderiam me fazer chorar, mas eram divertidas e não agressivas. Eu estava assimilando o gosto de outra pessoa e, no processo, descobrindo o meu.

“Tom Courtenay” foi a primeira música do Yo La Tengo que aprendi na guitarra. Eu não sabia o que significava, mas sabia quem Julie Christie era e amava os versos: “As the music swells somehow stronger from adversity / our hero finds his inner peace.” Não sabia o significado, mas não conseguia parar de pensar nisso. Era como qualquer bom poema, deixando um espaço para mim, entre imagens. Agora, acho que a música pode ser sobre obsessão com a mídia, equiparando aos filmes e estrelas de cinema à dependência de drogas. Bom, quem sabe, essa é apenas a minha opinião.

Eventualmente, quando a Matador me convidou para entrar no selo, o fato do Yo La Tengo estar na lista deles foi um componente importante da minha decisão. Eles lançam ótimos álbuns a cada dois anos há mais de três décadas, experimentando e explorando o que parece ser uma criatividade despretensiosa. Vale a pena comemorar, especialmente agora, quando qualquer oportunidade de celebração é uma bênção. Feliz aniversário de 25 anos para o “Electr-o-pura” e obrigado pela música, Yo La Tengo.

Eu também agradeço.

https://www.youtube.com/watch?v=_wRB4l2kVrQ&list=OLAK5uy_lB0mugAGuiMo5uOM6hnP_apo3VqZx_vlQ

Vida Fodona #636: Um experimento aqui

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Gravado ao vivo – e com direito a pedidos!

Nick Cave – “Cosmic Dancer”
Raul Seixas – “A Maçã”
Yo La Tengo – “Tom Courtenay”
Fiona Apple – “Shameika”
Curumin – “Solidão Gasolina”
Thundercat – “Friend Zone”
Dr. Dre – “Let Me Ride”
D’Angelo – “Brown Sugar”
Milton Nascimento + Lô Borges – “Trem Azul”
Police – “Spirits in a Material World”
Kinks – “People Take Pictures of Each Other”
Pato Fu – “Meu Coração é Uma Privada”
Siouxsie and the Banshees – “Happy House”
Joelho de Porco – “Boeing 723897”
Juper – “Essa Tal Criatura”
Pulp – “Disco 2000”
Beastie Boys – “Finger Lickin’ Good”

Vida Fodona #625: Às vésperas de uma pandemia

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Um sexto do ano que se foi.

Yo La Tengo – “Blue Line Swinger”
Bruno Bruni – “Space Time”
Alceu Valença – “Extra II (O Rock Do Segurança)”
Céu – “Baile da Ilusão”
Otto – “Soprei”
Destroyer – “Kaputt”
Led Zeppelin – “Ten Years Gone”
Angel Olsen – “New Love Cassette”
Lulina – “Banheiros Produtivos”
Radiohead – “Treefingers (Extended Version)”
Milton Nascimento – “Nuvem Cigana”
Pedro Pastoriz – “0800 Previsões”
Itamar Assumpção – “Prezadíssimos Ouvintes”
Sexy-Fi – “Plano”
Huey Lewis & the News – “Heart and Soul”

Vida Fodona #603: Essa vibe de épico de ficção científica

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“Que roupa é essa, menino?”

Sérgio Ricardo – “Bichos da Noite”
Spandau Ballet – “True”
Gal Costa – “Não Identificado”
David Bowie – “Life on Mars”
Gilberto Gil – “Futurível”
Tim Maia – “Sentimental”
Massive Attack – “Blue Lines”
Racionais MCs – “Capítulo 4, Versículo 3”
Beastie Boys – “Root Down”
Yo La Tengo – “Moby Octopad”
Warpaint – “Heads Up”
Cure – “Lovesong”
Cidadão Instigado – “Como as Luzes”
Gabriel Muzak – “Estética Terceiro Mundo”
Ana Frango Elétrico – “Tem Certeza?”
Siba – “Caracará de Gaiola”

Vida Fodona #597: Surrupiado pelo David Lynch

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Retomando o prumo.

Karina Buhr – “Sangue Frio”
Booker T & The MGs – “Green Onions”
Virgínia Rodrigues – “Asas”
Chico Bernardes – “Distante”
Fujiya + Miyagi – “Collarbone”
Chaz Bundick Meets The Mattson 2 – “Star Stuff”
Kinks – “Picture Book”
Beth Carvalho – “Salve a Preguica, meu Pai”
Curumin – “Sertão Urbana”
Yo La Tengo – “Blue Line Swinger”
Pavement – “The Hexx”
Supercordas – “Sobre o Frio”
Mopho – “Já Não é Mais”
Avalanches – “Electricity”
Poolside – “Harvest Moon”

Todo o show: Yo La Tengo no Sesc Pompeia, 2001

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Que momento! No início do século estávamos aprendendo a receber artistas internacionais de pequeno e médio porte no Brasil ao mesmo tempo em que aprenndíamos como funcionavam as cenas independentes fora do país exatamente no momento em que a internet tornava-se uma chave importante para quem trabalha com música por aqui. Neste sentido, os shows que o Yo La Tengo fez no Sesc Pompeia em 2001 (bem como vários outros realizados pela lendária produtora mineira Motor Music), foi um dos marcos mais importantes para quem frequentava São Paulo. O grupo estava lançando seu hoje clássico And Then Nothing Turned Itself Inside-Out e emendou versões de músicas dos Seeds, do Velvet Underground, do Jackson Browne e seu costumeiro rosário de hits. Eu estava começando a cogitar a possibilidade de me mudar para cá e este show (que o blog Pequenos Clássicos Perdidos disponibilizou na íntegra no início do ano) foi um dos momentos cruciais deste período. Que noite!

“Green Arrow”
“Everyday”
“Sugarcube”
“Drug Test”
“Tears Are in Your Eyes”
“From Black to Blue”
“Shaker”
“Cherry Chapstick”
“Saturday”
“You Can Have It All”
“Sudden Organ”
“Deeper Into Movies”
“Tom Courtenay”
“Back in Context”
“Can’t Seem to Make You Mine”
“I Found a Reason”
“Double Dare”
“Somebody’s Baby”
“The Summer”
“Our Way to Fall”

Os 75 melhores discos de 2018: 26) Yo La Tengo – There’s a Riot Going On

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“If I could protect you, whenever you expect me to for you whenever there’s hurting things are uncertain”

Mais aqui.