Stereolab, Yo La Tengo e Geordie Greep no Balaclava Fest 2025!

Agora é oficial: Stereolab no Brasil e no Balaclava Fest! O show da banda anglo-francesa acontece no encerramento da 15ª edição do festival do selo paulistano, que acontece no dia 9 de novembro no Tokio Marine Hall e ainda traz duas joias indies, os veteranos Yo La Tengo (sobre quem não é preciso falar nada!) e o novato Geordie Greep, que era da banda Black Midi e lançou o ótimo The New Sound no ano passado. Mas não é só: o festival ainda contará com shows dos nova-iorquinos Fcukers e dos brasileiros Jovens Ateus, Gab Ferreira e projeto Walfredo em Busca da Simbiose, os três do próprio elenco do selo. Que maravilha, hein. Os ingressos já estão à venda! Foda demais. E não é a única novidade do Stereolab hoje, se liga…

Feliz 2025 com o Yo La Tengo!

A tradição indie mais sólida de virada do ano aconteceu maravilhosamente mais uma vez em Nova York, quando o Yo La Tengo reuniu-se a amigos, ídolos e fãs para a celebração do Hanukkah em oito shows consecutivos no Bowery Ballroom, onde se reúnem desde 2017, para comemorar a data festiva em shows épicos que mudam todas as noites. Não foi diferente na virada deste ano, quando, a partir do dia 25 de dezembro, passaram a elencar camaradas em shows de mais de uma hora em que o grupo tocou suas próprias músicas, além de passar por clássicos do indie rock. Este ano, a primeira noite abriu com a já tradicional versão para “Rock and Roll All Nite” do Kiss (em que subvertem o refrão para “Rock and roll eight nights and party a week and a day) para receber Mac McCaughan do Superchunk no bis em versões para músicas dos Ramones, Angry Samoans, Circle Jerks, Fugs e o próprio Superchunk (o hino “Slack Motherfucker”). Na noite 2 o grupo recebeu o humorista Fred Arminsen, que tocou bateria num bis que teve músicas do Black Flag, Velvet Underground e Flo & Eddie. No dia 27, o tecladista do Wilco, Pat Sansone, juntou-se ao grupo por todo o show, que ainda teve um bis dedicado aos Modern Lovers, com a presença do baixista da banda, Ernie Brooks. No dia 28 foi a vez de reunir os Soft Boys de Robyn Hitchcock para um bis dedicado à banda (e versões de Beatles e Velvet). O dia 5 contou com Steve Shelley do Sonic Youth na bateria (e MJ Lenderman, que abriu a noite, tocando uma versão de Dylan), e integrantes do NRBQ para um bis dedicado ao grupo. No dia 30 se dedicaram a músicas menos tocadas de seu repertório e Mark Ribot e Alan Litch como convidados. Na véspera do ano novo foi a vez de convidar a Sun Ra Arkestra para uma celebração indie free jazz encerrando a festa no primeiro dia de 2025 com Kimberley Rew, autor do hit “Walking on Sunshine”, e a mãe do guitarrista Ira Kaplan, Marilyn, cantando “My Little Corner of the World”. Uma celebração e tanto que garante que 2025 começou bem! Veja alguns vídeos abaixo:  

E essa versão pra “Stockholm Syndrome” do Yo La Tengo?

“Stockholm Syndrome” é um dos pontos focais do mágico I Can Hear The Heart Beating As One, disco de 1997 do Yo La Tengo que é certamente o disco mais consensual do trio de Nova York – e sua beleza e simplicidade (temperada pelo solo noise de Ira Kaplan) estica o disco para o polo mais indie-pop e menos experimental do disco clássico. Não por acaso foi a escolha de Jessica Dobson, líder da veterana banda de Seattle Deep Sea Diver, para ser incluída na coletânea Every Possible Way, que o selo 3Sirens, de Nashville, nos EUA, organizou para levantar fundos para o Everytown For Gun Safety Support Fund, que tenta resolver o problemaço que os Estados Unidos têm com a facilidade de acesso a armas de fogo. A compilação reúne artistas revivendo sucessos dos anos 90 (como o White Denim tocando “Connection” do Elastica, Coco tocando “Holiday” do Weezer e os Grahams tocando “Waitin’ For A Superman” dos Flaming Lips) e lançará semanalmente cada uma das dez canções, até disponibilizar a íntegra do disco em dezembro. E a versão deste primeiro single ficou tão certinha quanto inquieta, como o original (mantendo inclusive o solo barulhento). Saca só:  

Quando dois Teenage Fanclub sobem no palco do Yo La Tengo…

Imagine que você está em Glasgow, na Escócia, curtindo o show foda de praxe do Yo La Tengo quando dois dos principais representantes da música local sobem ao palco para dividir uma música, transformando o trio em quinteto. Foi isso que aconteceu nesta terça-feira, quando, no meio do show que o grupo nova-iorquino fazia na casa de shows SWG3, os dois guitarristas fundadores do Teenage Fanclub, Norman Blake e Raymond McGinley se juntaram ao guitarrista Ira Kaplan, à baterista Georgia Hubley e ao baixista James McNew para tocar uma versão fabulosa da clássica “I Heard You Looking”, um dos momentos mais transcendentais do show do Yo La Tengo. Por sorte tínhamos uma heroína na plateia que registrou esse acontecimento, confira abaixo:  

Todo o show: Yo La Tengo ao vivo na Sala Apolo, maio de 2024

Sempre chega essa época do ano e dá aquela saudade de Barcelona, quando o festival catalão Primavera reúne artistas de diferentes vertentes numa mesma semana realizando sonhos ininterruptos. E por mais que a escalação desse ano não tivesse ninguém que tivesse feito brilhar meus olhos (grandes shows, mas nada que me fizesse sair de São Paulo), confesso ter sofrido um pouco ao ver que o querido trio Yo La Tengo dedicou um show inteirinho na sala Apolo às canções de seus ídolos nessa terça passada, misturando Velvet Underground com Sun Ra, Temptations com Neil Young, Bob Dylan com Daniel Johnston, Kinks com Black Flag, Who com Jackson Browne, Dream Syndicate com Sandy Denny. E felizmente não tínhamos apenas um, mas dois heróis em ângulos diferentes, apontando suas câmeras para o palco e registrando esse momento único para posteridade. Os vídeos seguem abaixo, bem como o repertório.

Assista abaixo:  

Vida Fodona #811: Um Vida Fodona dedicado à Fernanda Azevedo

Um beijo, mulher.

Ouça abaixo:  

Vida Fodona #808: 13 anos de Vida Fodona

Comemorando atrasado.

Justice + Tame Impala – “Neverender”
David Bowie – “Stay”
Happy Mondays – “Bob’s Yer Uncle”
Itamar Assumpção – “Fico Louco”
Jorge Ben – “Cinco Minutos”
Sade – “No Ordinary Love”
Massive Attack – “Black Milk”
Curumin – “Vem Menina”
Yo La Tengo – “Well You Better”
Yumi Zouma – “Catastrophe”
Tops – “Change of Heart”
Yma – “Vampiro”
Erasmo Carlos – “Sorriso Dela”
Ava Rocha – “Beijo no Asfalto”
João Gilberto – “É Preciso Perdoar”

Ouça abaixo:  

Que tal um EPzinho do Yo La Tengo?

O Yo La Tengo despede-se de 2023 em um EP ao vivo batizado de The Bunker Sessions, que reúne quatro músicas do disco que lançou no início do ano ao gravá-las, como o título entrega, como um show no estúdio Bunker, que fica no Brooklyn, em sua cidade-natal. Foi um ano agitado para nosso trio nova-iorquino favorito, que lançou o elogiado This Stupid World em fevereiro e passou o resto do ano para cima e para baixo em shows pelos Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão = e eles bem que podiam dar um pulo aqui no Brasil, né? Além das faixas do novo disco, o EP lançado nesta terça ainda traz uma bela versão para o clássico “Stockholm Syndrome”, gravado em uma das obras-primas do grupo, I Can Hear The Heart Beating As One, lançado há 25 anos. Dá pra assistir à sessão inteira que gerou o EP abaixo:  

Capas de discos clássicos de indie rock expandidas por inteligência artificial

O Marko segue expandindo capas de discos por inteligência artificial e eu dei um toque nele pra fazer alguns clássicos do indie rock.

Tem mais aí embaixo:  

Vida Fodona #780: Mais um domingo frio

Outono chegou chegando…

Ouça aqui.