Cine Doppelgänger: Realidade de Mentira

20 de outubro: Zelig (1983) e Verdades e Mentiras (1973)

Zelig (1983) e Verdades e Mentiras (1973)

Neste sábado temos a quarta sessão do Cine Doppelgänger, que faço junto com a Joyce Pais do Cinemascope, na Casa Guilherme de Almeida: uma sessão dupla de cinema de graça seguida de um debate sobre os pontos em comum entre os dois filmes. Desta vez reunimos os filmes Verdades e Mentiras, de Orson Welles (1973), e Zelig, de Woody Allen (1983), que escancaram a fábrica de ficções que é a sétima arte em duas obras seminais, que já lidavam com os conceitos de pós-verdade e fake news muito antes do século 21. O primeiro filme, Verdades e Mentiras, começa às 11h em ponto e o segundo, Zelig, às 14h, para que o debate comece perto das 15h30. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site da Casa Guilherme (e tem mais informações sobre a sessão aqui). Vamos lá?

Cine Doppelgänger

cine-doppelganger-2018

Vamos conversar sobre cinema? Finalmente materializo um velho projeto que venho acalentando há anos com a minha querida amiga Joyce Pais, do site Cinemascope, e juntos temos o prazer de apresentar a sessão de debates sobre cinema Cine Doppelgänger, que acontece mensalmente entre julho e dezembro, todo terceiro sábado do mês, na Sala Cinematographos, que fica no Museu Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1943 – Sumaré, São Paulo). A ideia é exibir sempre dois filmes – um escolhido por mim e outro pela Joy – e, no final da exibição, conversar sobre a relação entre os dois. A estreia do Cine Doppelgänger acontece neste sábado com a sessão Los Angeles, Cidade Permitida em que exibimos O Grande Lebowski (às 11h), dos irmãos Coen, e Cidade dos Sonhos (às 14h), de David Lynch, para depois conversar sobre pontos em comum e divergentes sobre a temática dos dois filmes. A inscrição é gratuita, basta entra no site da Casa Guilherme de Almeida.

Segue abaixo a programação completa do Cine Doppelgänger até o final do ano:

Dia 21 de julho: Los Angeles, Cidade Permitida

21 de julho: O Grande Lebowski (1998) e Cidade dos Sonhos (2001)

O Grande Lebowski (1998) e Cidade dos Sonhos (2001)

Os irmãos Coen e David Lynch comentam sobre o mundo de ilusões criado a partir de Hollywood em dois novos clássicos da virada do milênio. Enquanto Cidade dos sonhos mergulha na dicotomia entre a dura realidade e a sétima arte, borrando os limites entre estes dois universos, O grande Lebowski escancara a fábrica de mentiras do mundo do entretenimento da costa oeste norte-americana.

18 de agosto: A Paranoia por Dentro

18 de agosto: De Olhos Bem Fechados (1999) e Rede de Intrigas (1976)

De Olhos Bem Fechados (1999) e Rede de Intrigas (1976)

O último filme de Stanley Kubrick e a obra-prima de Sidney Lumet vão às entranhas das sociedades secretas e dos sistemas de poder para mostrar sua abrangência e escopo, contrapondo-se à pequenez da individualidade humana.

15 de setembro: O Diabo Mora ao Lado

15 de setembro: O Bebê de Rosemary (1968) e Corra! (2017)

O Bebê de Rosemary (1968) e Corra! (2017)

Dois filmes de terror que lidam com o aspecto corriqueiro da maldade, as obras de Polanski e Peele refletem a época de suas produções, levantando questionamentos sobre feminismo e racismo, além de aprofundarem-se no estudo da vileza humana.

20 de outubro: Realidade de Mentira

20 de outubro: Zelig (1983) e Verdades e Mentiras (1973)

Zelig (1983) e Verdades e Mentiras (1973)

Em dois documentários falsos, Woody Allen e Orson Welles escancaram a fábrica de ficções que é a sétima arte em duas obras seminais, que já lidavam com os conceitos de pós-verdade e fake news muito antes do século 21.

17 de novembro: Autoria em Xeque

17 de novembro: 8 ½ (1963) e Adaptação (2002)

8 ½ (1963) e Adaptação (2002)

Dois cineastas confrontados por suas obras começam a colocar em questão suas próprias existências como autores. O mitológico 8 e 1/2 de Fellini e o complexo Adaptação de Spike Jonze contrapõem duas crises criativas inversas – a primeira, as motivações por trás do início da criação artística; a segunda, o dilema autoral de trazer uma obra alheia para seu próprio reino criativo.

15 de dezembro: Brasil aos Pedaços

15 de dezembro: O Som ao Redor (2012) e Trabalhar Cansa (2011)

O Som ao Redor (2012) e Trabalhar Cansa (2011)

Dois filmes nacionais contemporâneos jogam luzes sinistras sobre este país dividido que nos acostumamos a se referir como um só. Enquanto o primeiro longa de ficção de Kleber Mendonça Filho, O Som ao Redor, espatifa a noção de normalidade ao revelar a rotina complexa e movida pela culpa de um bairro rico no Recife, o primeiro longa da dupla Juliana Rojas e Marco Dutra, Trabalhar Cansa, entra em um microcosmo profissional para se aprofundar nas entranhas de um Brasil farsesco – de modo apavorante.

Woody Allen na televisão

woody-allen

Esta segunda década do século está assistindo a uma mudança drástica na abordagem digital da Amazon, que começa a investir pesado em conteúdo. Depois de ganhar Globos de Ouro com o seriado Transparent, do ano passado, a loja digital segue apostando em suas próprias produções e anunciou que contratou Woody Allen para desenvolver um seriado. “Eu não sei como me meti nessa. Eu não tenho idéias nem sei por onde começar”, disse o diretor em uma declaração à imprensa.

A notícia pode parecer inusitada mas faz todo sentido. Woody Allen passa por altos e baixos justamente por ser um autor prolífico, que não consegue ficar sem filmar por muito tempo (ele dirige praticamente um filme por ano). Ao deixar a telona por uma temporada, ele pode desenvolver uma de suas deliciosas histórias com vários personagens com mais profundidade, misturando tanto o ar fugaz e informal de grande parte de sua obra com o tom mais sério e existencialista de seus filmes consagrados. Ele pode não apenas se dar bem com o novo formato (bem provável) como aspirar mergulhos artísticos ainda mais ousados (coisa que ele já não faz há uns bons… vinte anos?).

Sem contar que é mais um passo rumo à abolição das diferenças as telas em que assistimos essas histórias audiovisuais – afinal, o que impediria a Amazon de passar a primeira temporada de um seriado de Woody Allen… no cinema?

Woody Allen antes do cinema

woodyallen-standup

Hoje Woody Allen é considerado um dos grandes cineastas americanos, mas seu habitat sempre foi o humor. E antes de atuar ou dirigir, ele foi um astro do humor de palco – que chegou inclusive a lançar discos (três!) de comédia nos anos 60. Os três discos serão relançados em janeiro de 2015 na caixa The Stand-Up Years 1964 – 1968 (já em pré-venda), que ainda traz trechos do filme Woody Allen – A Documentary, em que o humorista comenta seus anos na ribalta, como no vídeo abaixo:

4:20

theneed

Todas as vezes que Woody Allen vacilou

woody

Alguém reuniu num único vídeo todas as vezes que Woody Allen gaguejou em seus filmes. Deu quase 45 minutos!

Vi lá no Bruno.

4:20

woody-fodase

O novo filme de Woody Allen

E aí, quem assistiu ao filme novo do Woody Allen? Não tinha visto essa paródia do Funny or Die abaixo, mas estou com essa impressão desde o filme de Barcelona…

New Woody Allen Trailer from Tess Kartel

Sem desmerecer a genialidade de Woody, mas parece que rola uma preguiça de assunto…

A primeira vez

Via Flavorwire.

Os clássicos de nosso tempo

Esse Midnight Marauder recria pôsteres de filmes como se eles fossem relançamentos da Criterion. Tem muito mais remixes de cartazes aí embaixo e outros tantos lá no site original.