• Watchmen e a narrativa transmídia • Portabilidade numérica: como funciona? • Vida Digital: Danah Boyd • 2010: o ano em que nos recuperaremos da crise? • Saem hoje os finalistas da Orquestra do YouTube • Segue o julgamento do PirateBay •
Essa semana estréia Watchmen e aproveitei o gancho do filme para falarmos de narrativa transmídia…
***
Quando uma história é apenas o começo…
Com a cultura digital, surge uma nova modalidade de ficção: a ‘narrativa transmídia’
A carinha sorridente amarela respingada com uma gota de sangue é só o ponto de partida. A partir dela, descortina-se não só um universo de super-heróis decadentes e de superpoderes usados como armas militares, como uma série de pequenas histórias paralelas que acontecem independente umas das outras e em formatos diferentes. Juntas, todas essas narrativas contam uma história complexa e multifacetada, que dificilmente teria o mesmo impacto caso contada de forma linear.
Watchmen, a clássica série em quadrinhos cuja aguardada adaptação finalmente chega aos cinemas na próxima sexta-feira, é um dos muitos exemplos de um novo tipo de ficção – a narrativa transmídia. Nem tudo na história original de Alan Moore e Dave Gibbons era contado em forma de quadrinhos – cada episódio terminava com páginas que poderiam trazer um capítulo de um livro fictício, o prontuário médico de um dos personagens, recortes de páginas de jornal.
Mas com a internet e a digitalização das mídias, essa narrativa que acontece em diferentes plataformas aos poucos vem deixando nichos e tomando conta do mercado de entretenimento. Sites, celulares, redes sociais, games, aplicativos e blogs – peças-chave da cultura digital – são hoje responsáveis por expandir universos criados em livros, filmes, histórias em quadrinhos e programas de TV. Mas eles vão além de simplesmente levar uma grife de entretenimento para outras plataformas. Interligando-se com o produto principal, eles criam tramas paralelas e ações fora da internet que expandem ainda mais a história central. Assim, cria-se um novo vínculo com o antigo leitor/espectador/ouvinte, agora convidado a participar da narrativa.
Mas isso não pressupõe produção de conteúdo ou aquela interatividade em que pode-se mudar o rumo da trama principal. O elemento participativo da narrativa transmídia reside no fato de que a história original pode ser ampliada à medida em que a experiência da mesma possa ser provada em diferentes meios – e isso não quer dizer que esses enredos paralelos tenham que se encontrar num ponto final. “A convergência ocorre dentro dos cérebros de consumidores individuais e em suas interações com outros”, explica o teórico Henry Jenkins, criador do termo “narrativa transmídia” em seu livro Cultura da Convergência, lançado no Brasil. Nessa edição, nos aprofundamos no tema, a começar pela própria campanha de lançamento do filme Watchmen – transmídia por natureza.
***
E a matéria continua:
– Como atrair quem não conhece a HQ?
– Watchmen original
– Narrativa transmídia vai além da mera campanha
– J.J.Abrams conecta tudo que faz
– Indústria inclui fã como produtor de conteúdo
– Exemplos de narrativas transmídia
– ARGs em 2009
Quatro clipes curtos do filme mais aguardado do semestre:
Parece só um filme de super-herói, né… Com umas cenas de ação OK, nada demais. Eles tão guardando o filé, fica frio – ontem rolou a primeira cabine para a imprensa, no mundo todo, em Los Angeles.
• Leitura Aleatória mudou para o Twitter •
• Mashups de Pet Sounds com Sgt. Pepper’s, J-Dilla, Kanye West e Rubber Soul (quer dizer, esse último não é mashup) •
• Fellini recapitula a carreira, tá pra download e tem vídeo ao vivo no YouTube •
• Patrulha do Espaço, a banda de Arnaldo depois dos Mutantes (e a morte de um de seus integrantes) •
• Como era um show dos Mutantes (e um filme com eles) •
• Todos os palavrões dos Sopranos •
• Michael Phelps na High Times? •
• Henry Rollins lembra Lux Interior •
• Leia esse filme e jogue esse livro •
• Sete episódios para o fim de Battlestar Galactica •
• E o Paul McCartney fingindo que não fala inglês? •
• Dilma Roussef no carnaval? •
• Obama sobre maconha •
• Nova do Arctic Monkeys •
• Camelo viral •
• Rápido comentário sobre o terceiro episódio da quinta temporada de Lost •
• Globo OWNED •
• Fernando Naporano •
• A Coca-Cola do Justice •
• David Lynch cantando •
• A volta do Cara de Cavalo •
• Federico Fellini e o LSD •
• Um produto que vai revolucionar o mercado de tecnologia •
• A demo de “Live Forever” •
• O problema da Comic Sans •
• Transformers 2 •
• Battlestar LOLactica •
• Thee Butchers’ Orchestra sábado passado e há mais de cinco anos •
• Tarantino 2009 •
• Camisinha do Watchmen? •
• Comerciais feitos pelo público •
• Maconheiros boicotam Kellog’s •
• Radiohead no Grammy •
• David after divorce •
• Donnie Darko 2? •
• Pereio pergunta: sabe aquele homem? •
• Britney com Britney •
• Lost: The Little Prince deschavado •
• “Lucy in the Sky with Diamonds” no céu •
• Bloco do Bruno Aleixo •
• Comentando Lost: The Little Prince •
• Los Hermanos tocando Little Joy? •
• FHC quer legalizar a maconha •
• Cardoso no Twitter •
• Museu de super-heróis de brinquedo •
• O adeus do Little Joy •
• MP3 com o Trio Esmeril tocando os Afro-Sambas •
• Spot-Motion •
• Watchmen na capa da Mad •
• Beach Boys remixado •
• Roberto Carlos 2009 •
• Watchmen 8-bit •
• Um blog de comidas gigantes •
• Humanos entre nós •
• Carmen Miranda, 100 anos •
É isso aí: teaser do DVD com a história que, como diz o filminho, “completes de Watchmen experience”.
Inacreditável. Via @Latinoreview.
Mais um marketing esperto do filme, dessa vez um site em que dá pra jogar um game 8-bit tipo Double Dragon sobre os Minutemen, a equipe de super-heróis que antecedeu os Watchmen.
Capa da Mad americana do mês que vem. Via Slashfilm.
E Watchmen define seu pôster oficial.