Vital Farias (1943-2025)
Morreu nesta quinta-feira um dos principais nomes da leva de artistas nordestinos que conseguiu despontar para o sucesso nacional entre os anos 70 e 80. Vital Farias tornou-se mais conhecido ao fazer parte do espetáculo Cantoria – que o reuniu a outros três grandes nomes da canção tradicional nordestina, Geraldo Azevedo, Xangai e Elomar -, que começou como uma temporada de shows em 1984 no Teatro Castro Alves em Salvador e tornou-se uma turnê nacional que rendeu dois álbuns (batizados de Cantoria, de 1984, e Cantoria 2, de 1987, e lançados pela emblemática Kuarup Discos), confirmando sua ascendência como um dos principais compositores, violeiros e trovadores de sua geração. Mas apesar de não ser um nome facilmente reconhecido do grande público, o mesmo não pode ser dito sobre suas canções, como “Veja (Margarida)”, eternizadda por Geraldo Azevedo, “Canção em dois tempos (Era casa era jardim)”, mais conhecida na voz de Fagner, e “Ai Que Saudade D’Ocê”, consagrada por Elba Ramalho e regravada por dezenas de artistas. Nascido em Taperoá, no Cariri paraibano, ele veio para o Rio de Janeiro para fazer a trilha sonora da peça Lampião no Inferno e também colaborou com Chico Buarque em sua peça Gota D’Água. Tradicionalmente ligado à esquerda, deu uma virada para a política e para a direita na última década de sua vida, quando tentou candidatar-se a cargos legislativos e foi apoiador do ex-presidente de extrema-direita.
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