Eduardo Suplicy comenta Cores e Valores, dos Racionais MCs

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O Vírgula colocou uma das maiores autoridades em Racionais MCs no país – Eduardo Suplicy, quem mais? – para comentar o novo disco do grupo. Veja só:

Presidente Bill Murray

O velho Bill vai encarnar o Roosevelt no cinema e eis a primeira imagem que aparece do sujeito na pele do Franklin Delano…

Vi no Vírgula.

“Grunge brasileiro”

“Faltou qualidade. Se alguma banda tivesse potencial, teria vingado. Se não fez sucesso, é porque faltou carisma, faltou momento, faltou sorte, faltou alguma coisa. (…) Tivemos muitas bandas influenciadas pelo grunge, mas só com Tudo ao Mesmo Tempo Agora e Titanomaquia, tivemos uma banda grande soando daquela maneira”

Miranda explica, no Vírgula, porque os Titãs deram um upgrade no rock brasileiro dos anos 90.

Brasília, 50 anos

Hoje minha cidade querida completa meio século e o Camilo me convidou pra falar sobre o Legião Urbana no especial que ele organizou pro Vírgula.

Se o rock dos anos 80 foi a oxigenação atrasada que nosso pop pedia desde os tempos do tropicalismo, para Brasília – e graças ao Legião Urbana – foi o momento da criação. Antes do Legião não havia nada na capital, basicamente porque Renato Russo bolou toda a história de sua carreira calcado na mitologia clássica do rock. Foi a transformação do Legião Urbana em porta-voz de uma cidade que não era vista como uma cidade que fez com que Brasília nascesse culturalmente, tanto para o resto do Brasil quanto para si mesma.

E de uma hora pra outra bandas surgiram feito mato – no final dos anos 80 eram mais de duas centenas. O Legião foi a injeção de auto-estima que fez com gerações seguintes pudessem existir – dos contemporâneos (Capital Inicial, Plebe Rude, Finnis Africae, Detrito Federal, Arte no Escuro, 5 Generais, Beta Pictoris) à safra dos anos 90 (DFC, Raimundos, Low Dream, Little Quail, Oz, Câmbio Negro, Maskavo Roots) passando pela geração Senhor F / Porão do Rock (que inclui nomes tão diferentes quanto Natiruts, Prot(o) e Móveis Coloniais de Acaju), todos foram diretamente influenciados pelo indie popular do grupo de Renato Russo. De Gabriel Thomaz ao Nego Moçambique, ninguém saiu ileso.

E posso falar: nasci em Brasília, o primeiro show que fui na vida foi o lançamento do Dois no Ginásio Nilson Nelson, fui ao fatídico show no estádio Mané Garrincha e entrevistei Renato Russo no ano em que comecei no jornalismo. Vi tudo isso acontecendo na minha frente.