Cronenberg! Landis! Carpenter! Juntos!

Que time!

Cronenberg (ídolo pessoal) estava às vésperas de lançar o épico Videodrome e Carpenter, seu remake para The Thing, o novo clássico O Enigma que Veio do Espaço, enquanto Landis havia acabado de lançar Um Lobisomem Americano em Londres. Os três se reuniram numa mesa redonda realizada pela produtora Universal para promover seus três filmes.

E os caras novaços. Que achado!

Pérola desenterrada pela Film Detail, dica preciosíssima da Jufa.

“Nem o bem que me fizeram”

Videodrome – A Síndrome do Vídeo

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Videodrome – A Síndrome do Vídeo (Videodrome, 1983, EUA). Dir: David Cronenberg. Elenco: James Woods, Deborah Harry. 89 min. Por que ver: Cronenberg não está para brincadeiras – e seu Mágico de Oz (adulto, gore e pessoal) inverte os papéis entre o Mágico e Dorothy. Max Renn (Woods, eficaz como qualquer alter-ego do diretor), player no novo nicho de mídia americano, a TV a cabo, teoricamente está no controle da situação, até que ele começa a captar intervenções de um programa pirata que aos poucos vão mexendo com sua mente. Videodrome é um programa de TV idealizado por um personagem chamado professor Brian O’Blivion, que só comparece a eventos através de sua imagem filmada. Envolvendo sexo, morte e violência, o programa começa a absorver Max de uma forma que ele perde a noção entre realidade e transmissão numa metáfora perfeita para a mídia de massa – e ainda mais eficaz nesta época de comunicação em tempo-real e vida virtual. Assim, Renn passa de manipulador de marionetes a manipulado – e é difícil saber quem está no comando. Fique atento: “Longa Vida à Nova Carne” é o slogan de um movimento de resistência midiático que surge à medida em que os grandes espetáculos visuais do filme começa – sexo oral via TV, o homem-videocassete… Surrealismo e tripas, sexo e máquinas – Cronenberg sempre pega na veia.