Lulu Santos fez show em Floripa logo após sua passagem pelo Rock in Rio e uma repórter do Diário Catarinense ficou incumbida de entrevistá-lo por email. Qual foi sua surpresa ao receber a resposta que o cantor não apenas não responderia suas perguntas como enviaria respostas para outras perguntas, feitas por si mesmo. Como se não bastasse tudo isso, ele ainda respondeu tudo na primeira pessoa do plural, como se fossem várias pessoas. Seguem as perguntas que ele fez para si mesmo:
Como é trazer este show, com tantos sucessos, para Florianópolis, especialmente depois do show histórico do último sábado no Rock in Rio?
Além dos grandes hits, o que o público pode esperar do show ClubeLux?
A proposta de ClubeLux é exatamente essa: misturar hits com seus novos sucessos? Podemos dizer, então, que esse é um show com a “cara do Lulu”, já que mostra suas diversas facetas e estilos/momentos musicais?
Se alguém tiver curiosidade para saber o que ele respondeu, é só ir no site do DC. Que vergonha alheia desse ego todo…
Sim, o Bira é o baixista do Jô. Mas e “um” Bira, você sabe? Aprenda:
David Correy é um desses cantores de cover participa desses programas de calouros de hoje em dia, desses que o parâmetro de boa cantora é a Mariah Carey, e resolveu aproveitar-se da ascendência pernambucana (ele nasceu no Recife) para ganhar um troco traduzindo para o inglês o clássico “Maracatu Atômico” de Jorge Mautner, imortalizado por Chico Science. Nem preciso dizer o quanto ficou ridículo – basta ouvir:
E se você acha que não dá pra piorar, saca só abaixo a transcrição da letra pro inglês, uma versão que parece ter sido feita no tradutor do Google, de tão literal.
Não tenho palavras pra descrever isso:
Vai ser difícil alguém superar essa bobagem esse ano.
Desse jeito, até o Inri Christo parece sério. Veja abaixo:
É, o problema de ser “artista” é que seu passado tá sempre na reta: senhoras e senhores, Mark Pellegrino – er, o Jacob – numa Capricho americana da vida.
Vi aqui.
Aconteceu ontem, no Porão do Rock, em Brasília. Clique por sua própria conta e risco:
De repente, a volta dos Mutantes não parece ser o fundo do poço.
Ainda no departamento da vergonha alheia, que tal o Paulo Coelho massacrando o clássico farofa dos Scorpions? Detalhe que o guitarrista que o acompanha é o próprio Rudolf Schenker da banda alemã. Veja quantos minutos você consegue assistir…
Sim, essa é o resultado da decana banda paulistana com o produtor dos Mamonas Assassinas e do CPM 22. É triste ver esse que já foi um dos grupos mais importantes da história do rock brasileiro chafurdando-se na lama alheia com tanto gosto. Vai tocar no rádio? Claro, porque é música da novela. Os caras vão ganhar dinheiro? Sim, essa é a especialidade da música produzida por Bonadio (não todas, afinal seu toque de Midas – um toque de merda, na minha opinão – funciona na base de atirar pra todos os lados, vai que pega em algum alvo).
Fico pensando no trabalho psicológico que cada titã deve fazer individualmente para continuar tocando músicas desse naipe – algo que deve ter começado na época do deprimente Acústico (lançado há DOZE anos): “A música é uma merda, mas eu estou nessa desde o começo, sou um titã, esse é o meu trabalho, não posso largar isso agora”. E isso bem depois da banda ter lançado um documentário coberto de elogios e tom nostálgico, A Vida Até Parece uma Festa.
Acredito que os Titãs poderiam lançar um disco bom (embora irrelevante – e aí está a chave do problema), mesmo sem Arnaldo, Nando e Frommer – se não fossem tão inseguros como foram ao chamar o Jack Endino para fazer o “disco grunge” dos caras, Titanomaquia. Mas nenhuma música do disco de 93 consegue ser tão deprimente quanto essa música nova. Eles vivem um dilema entre ser uma banda conhecida, rentável, popular e adolescente ao mesmo tempo. Se optassem por um esquema lo-profile, poderiam até lançar algo que preste. Mas, desse jeito, segue a teoria do Vlad de que o Titãs é tipo aquele tio gordo que, nas festas de família, grita “ah, eu tou maluco” e canta “Robocop Gay” no karaokê. Uma espécie de Márcio Canuto do rock.
Vale aquele papo de que um dos problemas do Brasil é que as bandas não sabem a hora de acabar.
…quanto tempo você consegue assistir isso?
Alguém precisa dar um toque na menina, tem limite pra tudo…