É uma jornada. Sempre reservo o penúltimo mês do ano para celebrar mais uma volta ao redor do sol de meu projeto pessoal, um evento que agora comemora 22 anos chamado Trabalho Sujo. E como todo mês de novembro, transformo nossa catarse mensal em um grande encontro de ícones da cultura deste século em prol das boas vibrações e do alto astral. Ao meu lado, como sempre, o cientista comportamental Danilo Cabral, ajuda a manter as condições perfeitas de temperatura e pressão no auditório azul, conduzindo a espaçonave para outras dimensões. No auditório preto, duas masterclasses apresentadas por duas duplas célebres: a psicóloga de zeitgeist Vera Egito e a fotopesquisadora Camila Cornelsen deixam o audiovisual em segundo plano para mergulhar num mundo sonoro dos sonhos em quem ninguém fica parado. Logo após sua apresentação, o mentor underground Mancha e seu pupilo JP sintonizam frequências de outras esferas para melhorar ainda mais o astral da madrugada. O frio e a chuva fora de época parecem lutar contra a congregação harmônica desta noite, mas quem já foi sabe que a temperatura externa é algo que conseguimos manter fora de nossa celebração. E só pode entrar no recinto os convivas que se anteciparem e mandarem seus nomes pelo endereço eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com até o dia do evento.
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sabado, 11 de novembro de 2017
22 anos de Trabalho Sujo
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias, Danilo Cabral, Vera Egito, Camila Cornelsen, Mancha e JP.
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 40, só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Aniversariantes da semana não pagam para entrar (avise quando enviar o nome no email, por favor). Os cem primeiros a chegar pagam R$ 25.
Começa então a época do ano em que a inclinação do eixo do planeta nos torna mais próximos do sol e as ondas magnéticas de calor ajudam a tornar nosso experimento mensal de energia orgônico-psíquica ainda mais intenso. É a metade do ano iniciada em novembro, que enfileira comemorações em relação à chegada do verão, à do novo ano, ao aniversário da própria celebração e as folias mominas. A primeira destas datas especiais é a maioridade moral do brainstorm individualista que originou esta própria celebração, quando o Trabalho Sujo, projeto-objeto do ciberasociólogo Alexandre Matias, completa 21 primaveras. O aniversário é celebrado ao lado de seus velhos cúmplices de expedições intracerebrais, o mestre da magia Danilo Cabral e o antropófilo Luiz Pattoli, que se reúnem mais uma vez num culto às graves frequências que conduzem quadris ao chão. Antes desta apresentação, os pesquisadores pernambucanos Jarmeson de Lima e Marcio Padrão repetem a participação recente que fizeram em nosso colóquio expondo os ouvintes a excertos de cultura musical de todas as partes do planeta. No auditório preto, temos a estreia de duas Camilas em uma apresentação, as dras. Proença e Duarte, que prometem tocar a alma dos presentes ao varias referências deste e do século passado num fluxo contínuo de boas vibrações, em homenagem também ao aniversário da primeira. Os cineastas Ricardo Spencer e Vera Egito entram em seguida traçando paralelos entre a new wave e o indie rock, o punk clássico e a psicodelia em uma narrativa sonora envolvente. E ao final da apresentação, o cronista do apocalipse João Paulo Cuenca submete os presentes a uma sessão de descarrego de discomacumba. O seminário acontece mais uma vez no quarto andar de uma construção localizada entre o Largo do Payssandu e a Galeria Olido e só é concedida a presença aos que enviarem os próprios nomes para o endereço eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com até às 23h45 deste sábado 12 de novembro de 2016. Estejam avisados. E aqui segue uma playlist para entrar no clima da festa.
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sábado, 12 de novembro de 2016
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias, Luiz Pattoli e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo), Marcio Padrão e Jarmeson Lima, Camila Proença e Camila Duarte, JP Cuenca, Ricardo Spencer e Vera Egito
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. O preço da entrada deve ser pago em dinheiro, toda a consumação na casa é feita com cartões. E chegue cedo.
Conversei, lá no meu blog no UOL, com a Vera Egito sobre seu primeiro longa metragem, Amores Urbanos, que, em tempos conservadores, tornou-se um manifesto sobre as relações neste início de século.
Uma das últimas coisas que fiz na revista Galileu foi coordenar a parceria da revista com a Campus Party 2014, na semana passada, quando integrantes da redação participaram de atividades no evento. A primeira dessas foi um debate que propus entre a modelo Michi Provensi, o escritor André “Cardoso” Czarnobai e a diretora Vera Egito (o rapper Emicida também foi chamado para o bate-papo, mas não pode comparecer por motivos de saúde) sobre os limites da produção artística e o papel do artista frente a diferentes formatos e rótulos. Abaixo, a íntegra da conversa:
Participo mais uma vez da Campus Party nesta terça-feira, às 15h45, quando medio uma mesa sobre como a internet ampliou os horizontes da arte e da cultura, no palco Michelangelo, com a participação do escritor André “Cardoso” Czarnobai, da diretora Vera Egito e da modelo Michi Provensi. A mesa – que faz parte do conteúdo oferecido pela Galileu ao evento, consolidando mais um ano de parceria – teria a participação do Emicida, mas ele teve problemas de saúde e não poderá participar.
Thiago Pethit está de volta – e Estrela Decadente, seu segundo disco, é um largo passo em relação ao tímido-quase-indie Berlim, Texas, seu disco de estréia. O segundo movimento de sua carreira começa com o clipe de “Pas de Deux”, em que repete a parceria com a Chebel e a Vera Egito e troca de protagonista, colocando Laura Neiva no holofote de um palco musical.
O disco segue a linha cinematográfica do primeiro, e quando tentar ser mais grandiloquente cai prum lado de teatro italiano, entre o circo e a ópera, mas sem tirar o pé do Bowie, que é o prumo escolhido por Thiago. E quando acerta (“Moon”, na faixa-título, em “Pas De Deux”, “So Long New Love” e até na parceria com Mallu, “Perto do Fim”), acerta bem. Dá pra ouvi-lo na íntegra abaixo.
Bem legal esse novo clipe do Thiago Petit. Mas você consegue reconhecer quem está na figuração? Uma dica: duas das meninas na ficha técnica desse clipe estarão discotecando na festa de quinze anos do Trabalho Sujo. Outros tantos devem estar no público… Alice Braga? Quem dera… Convidaê, Petit!