Vida Fodona #541: Primavera fria

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Vamos esquentá-la.

“If you close the door the night would last forever…”

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Não tinha visto esse simpático clipe pra “Afterhours” do Velvet Underground que ganhou um concurso organizado pelo site australiano Genero.tv no início desse ano.

Uma caixa com os shows do Velvet Underground no Matrix

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O baú do Velvet Underground não tem fundo: tem mais uma caixa com quatro CDs de gravações ao vivo do grupo prestes a ser lançada, desta vez concentrada nas apresentações que a banda de Lou Reed fez em 1969, no Matrix, em São Francisco, nos EUA. O Velvet passou uma temporada na Califórnia quando se apresentou por 18 noites em duas casas da cidade, o Family Dog e o Matrix. Este último era uma antiga pizzaria que Marty Balin, do Jefferson Airplane, transformou em casa de shows. E a caixa The Velvet Underground: The Complete Matrix Tapes reúne 42 faixas gravadas em quatro canais com material de principalmente duas noites, 26 e 27 de novembro daquele ano. Boa parte do material já foi lançada: primeiro no disco 1969 The Velvet Underground Live (lançado em 1974) e depois nas caixas das Quine Tapes e na edição de luxo do terceiro disco, lançada no ano passado. Das 42 faixas, nove são inéditas. A caixa será lançada no final de novembro e eis uma amostra do que podemos esperar:

Capas de discos via Adventure Time

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Adventure Time talvez seja um dos grandes trunfos culturais dessa década, ainda crescendo lentamente rumo ao topo do pop. A popularização do desenho já está em estágio avançado de massificação e se você não sabe do que se trata, faça-se o favor de se informar e cair na melhor psicodelia do século até agora. Os personagens do programa do Cartoon Network aos poucos estão se embrenhando em nosso inconsciente e não duvide se 2015 assistir ao momento em que eles se tornarão mais populares que o Mickey, o Snoopy ou o Super Mario para todas as faixas etárias. Essa compilação de capas de discos clássicos mashupadas com o imaginário do título, reunida por este blog, já dá uma vaga noção de que o desenho não é mais um segredo entre crianças apaixonadas, pais vidrados e doidões deslumbrados:

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Lá no blog tem muito, muito mais.

Vida Fodona #475: Ainda temos algumas semanas de 2014 pela frente

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E ainda tem mais essa.

Who – “I Can’t Explain”
Fratellis – “Chelsea Dagger”
Dr. Dog – “Heart it Races”
Spoon – “Inside Out”
Alvvays – “Adult Diversion”
Giancarlo Ruffato – “Alfredo”
Bonifrate – “Aldebaran”
Beck – “Sunday Morning”
Christopher Owens – “Riviera Rock”
Erlend Øye – “Fence Me In”
Pretenders – “Brass in Pocket”
War on Drugs – “Red Eyes”
Foster the People – “Whodini”
Norman Greenbaum – “Spirit in the Sky”
Marilene – “Sinal Vermelho”
João Bosco – “Cobra Criada”
Tatá Aeroplano – “Na Loucura”

Colaê.

“Sweet Jane” de leve

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A caixa de seis discos que celebra o 45° aniversário do terceiro disco do Velvet Underground, batizado apenas com o nome da banda, aconteceu nesta semana e a gravadora Polydor descolou mais um aperitivo para atiçar a vontade dos fãs – depois da versão ao vivo em câmera lenta para “I’m Waiting for the Man”, gravada em 1969 no Matrix, em São Francisco. Desta vez é uma das primeiras versões para “Sweet Jane”, anunciada com um sussurro e tocada de mansinho no mesmo Matrix, ainda com a parte em que Lou Reed canta sobre “heavenly wine and roses”, que ficou de fora da primeira versão oficial da canção, gravada no disco Loaded, de 1970, mas que reapareceu continuamente em várias versões ao vivo, inclusive na carreira solo de Lou.

Velvet Underground: “I’m Waiting for the Man” ao vivo em 1969

Enquanto não surge nenhuma faixa da versão oficial do “disco perdido” do Velvet Underground, que será lançado junto com a caixa comemorativa de 45 anos do terceiro disco da banda, vamos nos contentando com os aperitivos que vão surgindo, com essa versão sossegada pra “I’m Waiting for the Man”, na já clássica versão gravada na residência que o grupo fez no minúsculo Matrix, em 1969, em San Francisco, já com Doug Yule no lugar de John Cale:

E a caixa tá ficando bonitona, olha:

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O disco perdido do Velvet Underground

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O processo de devassa nos arquivos do Velvet Underground nos tem garantido várias caixas de disco com material inédito além das quatro obras-primas que o grupo lançou em vida e dos vários discos ao vivo lançados posteriormente. O próximo álbum a entrar nessa brincadeira é o terceiro disco da banda, lançado em 1969 com apenas o nome do grupo de título. É o disco que marca a saída de John Cale da banda, trazendo o guitarrista e baixista Doug Yule para a formação, e deixando Lou Reed mais à vontade para compor canções em vez de tratados de estética ou afrontas pop art.

Sussurrando na maioria das música, Reed buscava uma qualidade musical que soasse muito mais íntima que as canções dos anos 60, “como se o disco estivesse sentado contigo em uma mesa”, como disse certa vez. E mesmo que traga arroubos artsy como “The Murder Mystery” e desfile de guitarras em “Beginning to See the Light” e “What Goes On”, o disco de 1969 soa doce e delicado, com faixas como “Candy Says”, “Pale Blue Eyes”, “That’s the Story of My Life” e “After Hours”, esta última a primeira vez que a baterista Mo Tucker assume os vocais. O crítico norte-americano Lester Bangs, um dos primeiros fãs da banda, notou a mudança radical de rumo do grupo ao questionar “como se define um grupo desses, que vai de ‘Heroin’ a ‘Jesus’ em menos de dois anos?”

A gravadora inglesa Polydor irá lançar a caixa The Velvet Underground 45th Anniversary Super Deluxe Edition (já em pré-venda online), com seis CDs que dissecam diversos aspectos do disco. Os três primeiros CDs são variações do mesmo tema: o primeiro traz o disco de 1969 remasterizado pelo técnico da MGM Luis Pastor “Val” Valentin, o segundo traz o mesmo disco no chamado “closet mix” (que soa como se fosse gravado num armário e antecipa em três décadas a estética lo-fi) e o mix promocional em mono (mais as versões mono do single “What Goes On” e “Jesus”) é o terceiro CD.

O filé da caixa, no entanto, é seu quarto disco. Ele é o mais próximo do que poderia ter sido o quarto disco do Velvet Underground caso eles continuassem na MGM. São 14 faixas gravadas no estúdio Record Plant e que veriam a luz do dia em discos seguintes, como o quarto e último disco do Velvet Underground, o Loaded (lançado pela Atlantic) e o disco Transformer de Lou Reed, além de aparecerem remasterizadas em duas coletâneas nos anos 80, V.U. e Another V.U. O disco é tido como um álbum perdido pelos fãs da banda também por não haver consenso histórico sobre se aquele disco teria sido lançado de fato ou não – uns lembram ser apenas demos gravadas mais profissionalmente, outros (Lou Reed, entre eles) falam que de fato havia planos de se lançar esse disco. Muitas das versões originais dessas gravações apareceram também em discos piratas, o que motivou muitos fãs a tentar reconstruir um disco que não tinha nome, capa nem ordem das músicas definidas (como a imagem que ilustra esse post, saído do blog Albums That Never Were.

A ordem definitiva do tal “disco perdido” ficou assim na nova caixa:

“Foggy Notion (original 1969 mix, unreleased)”
“One of These Days (new 2014 mix, unreleased)”
“Lisa Says (new 2014 mix, unreleased)”
“I’m Sticking With You (original 1969 mix, unreleased)”
“Andy’s Chest (original 1969 mix, unreleased)”
“Coney’s Island Steeplechase (new 2014 mix, unreleased)”
“Ocean (original 1969 mix)”
“I Can’t Stand It (new 2014 mix, unreleased)”
“She’s My Best Friend (original 1969 mix, unreleased)”
“We’re Gonna Have a Real Good Time Together (new 2014 mix, unreleased)”
“I’m Gonna Move Right In (original 1969 mix)”
“Ferryboat Bill (original 1969 mix)”
“Rock & Roll (original 1969 mix)”
“Ride Into the Sun (new 2014 mix, unreleased)”

Os discos 5 e 6 que completam a caixa trazem dois shows que a banda fez na casa The Matrix, em San Francisco, nos dias 26 e 27 de novembro daquele ano, que foram remixadas a partir das fitas originais do dono do estabelecimento, Peter Abram. Há, inclusive, uma versão de 37 minutos para “Sister Ray”.

Ótima notícia!

Vida Fodona #440: Às vésperas da época mais fria do ano

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Prepare-se, o frio vem aí.

Hail Social – “Anna Belle”
Angel Olsen – “Dance Slow Decades”
O Terno – “O Cinza”
Boogarins – “Doce”
Velvet Underground – “Ocean”
Procol Harum – “A Whiter Shade Of Pale”
Ty Segall – “Goodbye Bread”
Lana Del Rey – “Sad Girl”
Secos e Molhados – “Amor”
João Bosco – “Cobra Criada”
Marcos Valle – “Os Ossos do Barão”
Of Montreal – “Amphibian Days”
Pavement – “We Are Underused”
Fleetwood Mac – “Walk a Thin Line”
Courtney Barnett – “Lance Jr”
Rolling Stones – “Coming Down Again”

Esquenta aqui.

Vida Fodona #435: Mais música velha

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Olha aí, o segundo na sequência.

Brenda Lee – “Sweet Nothing”
Hall & Oates – “You Make My Dreams Come True”
Chromeo – “Frequent Flyer”
Elis Regina – “Cobra Criada”
Lulu Santos – “De Repente, Califórnia”
Velvet Underground – “Coney Island Steeplechase”
Joe Jackson – “Steppin’ Out”
Syd Arthur – “Hometown Blues (Psychemagik Remix)”
Looper – “Burning Flies”
Lewis – “So Be In Love With Me”
Sheena Easton – “Modern Girl”
Broken Bells – “The Changing Lights”
Diana – “Perpetual Surrender”
Paralamas do Sucesso – “Na Nossa Casa”
Lykke Li – “No Rest for the Wicked”
Sia – “Soon We’ll Be Found”

Saca só.