
Festa boa que Valetim Frateschi fez no Centro da Terra nesta terça-feira quando aproveitou a véspera do lançamento de seu primeiro disco solo, batizado, como o espetáculo, de Estreito, e seu próprio aniversário para reunir todos que quisessem ver ao vivo o álbum que nem havia sido lançado. Ao cercar-se de uma banda absurdamente boa – Amanda Camargo na guitarra e teclados, Thiago Pucci no baixo, Nina Maia no teclado e vocais e Quico Dramma (da dupla Kim e Dramma) na bateria -, ele não contentou-se apenas em mostrar as músicas de seu novo disco, como trouxe músicas ainda mais novas e abriu espaço para seus companheiros de palco (além de si mesmo, que alternava entre a guitarra e o baixo synth) soltarem-se musicalmente em improvisos, o que reforçou ainda mais a maestria absurda de Amanda e o maravilhoso vocal de Nina Maia em vocalises encantadores, abrindo uma porta para o lado instrumental e para a dança que o disco em si parece só acenar, mas que no palco torna-se intensamente irresistível. Showzaço.
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Um dos músicos mais ativos da nova cena paulista mostra seu primeiro espetáculo autoral nesta terça-feira no Centro da Terra, quando o baixista Valentim Frateschi apresenta seu primeiro disco solo, Estreito, antes do lançamento do álbum, que acontece nesta semana. No disco e no show ele assume a guitarra como seu instrumento e vem acompanhado de músicos com quem vem tocando há um tempo, como a cantora Nina Maia e o baterista Quico Dramma (da dupla Kim e Drama), além de contar com Amanda Camargo e Thiago Pucci no baixo. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.
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Uma noite mágica. Assim foi a apresentação que Francisca Barreto fez no Sesc Belenzinho neste domingo, quando conseguiu afiar ainda mais o espetáculo que organizou no final do ano passado e vem lapidando desde então. Com uma banda enorme entregue à sua sensibilidade, ela conseguiu sintetizar os sentimentos que queria passar para o público ao mesmo tempo em que mostrou que está pronta para assumir uma nova fase, em que deixa de ser apenas instrumentista e intérprete para assumir-se como compositora, vocalista e autora. O ponto-chave da noite passado aconteceu em sua composição “Bico da Proa” (que batizou seu primeiro espetáculo, no ano passado), quando o crescendo da canção a fez ergue-se da cadeira sem estar tocando nenhum instrumento, deixando corpo e voz tomarem conta do teatro, linha que seguiu em sua já clássica versão para “Teardrop”, do grupo Massive Attack. Contando com uma banda tão firme quanto próxima dela mesma (a baterista Bianca Godoi, o baixista Valentim Frateschi, o guitarrista Vitor Kroner – que produziu seu único single lançado até agora, “Habana” -, o violista Thales Hashi e o trumpetista Menifona, único novato no show), ela sublimou as inseguranças e hesitações das primeiras apresentações e cresceu artística e emocionalmente em frente aos olhos do público. A apresentação ainda contou com a presença de sua irmã de palco Nina Maia – que tornou-se apenas instrumentista ao tocar algumas canções no teclado antes de dividir vocais em seus dois duetos, as complementares “Amargo” e “Gosto Meio Doce” – e do produtor-executivo Yann Dardene, que assumiu o violão em três canções, além da moldura desenhada pelo véu central no palco e pelas luzes da dupla Retrato (Ana Zumpano e Beeau Gomez, cada vez mais autorais em suas luzes e cenografia). Para alguém que há pouco mais de dois anos não se assumia artista (apenas musicista), a apresentação de domingo foi mais do que um salto no escuro – foi o começo de um voo. Voa, Chica!
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Baixista dos Fonsecas, Valentim Frateschi vem crescendo como músico das bandas de vários nomes em ascensão da atual cena paulistana (tocando com Nina Maia, Kim e Dramma, o projeto Maria Esmeralda, Monch Monch e Francisca Barreto, entre outros), ele aos poucos vem acalentando uma carreira solo que começou com o single “Falando Nisso”, em 2023 (com a participação da Nina), e revelou-se neste mês, quando anunciou o lançamento do álbum Estreito no próximo mês ao lançar um segundo single, a faixa que abre e batiza o disco e que conta também com Nina, desta vez fazendo coro. Além dela, também participam do disco, que será lançado dia 3 de setembro, outros colaboradores de Tim em outros projetos, como Caio Colasante, Thales Hashi, Amanda Camargo, Antônio Neves, Otto Dardenne, Gael Sonkin, Thalin, Quico Dramma, Francisca Barreto, entre vários outros, além de Sophia Chablau, com quem ele divide vocais no blues torto “Mau Contato”, que ele antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo. “Conheci a Sophia nas reuniões do Grêmio da escola, quando eu tava no sexto e ela no nono ano”, lembra o baixista. “Ela já tocava, compunha, bem na fase que eu tava descobrindo que eu também queria fazer isso e desde aí eu sou fã. Quando compus ‘Mau Contato’, em 2022, eu brincava de ficar cantando a melodia dela uma oitava acima, bem agudo, de onde veio a ideia de que precisava ter uma voz junto com a minha. Fiquei cozinhando a ideia de quem seria – eu já pensava muito nela – e em 2023, quando estava gravando as bases do álbum, ela respondeu algum stories que eu postei no estúdio e na hora tive certeza que era pra chamar ela pra dividir a faixa comigo. Gravamos os takes dela um ano depois, e além da interpretação da canção, aquela melodia linda e cheia de fuzz no final da música é a voz dela – uma linha dela ali, na hora”, conclui, reforçando que após essa gravação que ele descobriu que o que vinha gravando não era um EP e sim um álbum propriamente dito. Muito bem…

Chegando ao final de agosto, é hora de anunciarmos as atrações musicais que subirão ao palco do Centro da Terra nas segundas e terças-feiras de setembro. A temporada do mês fica por conta do saxofonista e arranjador João Barisbe, que aproveita as quatro primeiras segundas-feiras do mês para desenhar uma mesma obra dividida em quatro versões. Turismo Inventado terá diferentes convidados a cada primeiro dia da semana. Na primeira terça do mês (dia 2), o baixista Valentim Frateschi comemora seu aniversário no palco do teatro, antecipando o lançamento de seu primeiro disco solo, Estreito, numa apresentação com vários convidados. Na semana seguinte (dia 9), é a vez do baterista Theo Ceccato mostrar uma versão de câmara de seu projeto impetuoso chamado Pah!, em que divide a noite com o xará Téo Serson num espetáculo batizado de Competição De Cuspe A Distância. Na terceira terça do mês (dia 16), é a vez do homem violeta de outono Fabio Golfetti mostrar todo seu ar ambient e progressivo em uma apresentação solo chamada de Música Planante. Na quarta terça-feira do mês (dia 23), a artesã sonora Lea Taragona apresenta a nova fase de seu projeto Dibuk no espetáculo Uivo. Encerrando o mês, na última segunda de setembro (dia 29), a dupla Luli Mello e Leo Bergamini mostram o trabalho que vêm desenvolvendo a dois no espetáculo Planeta Antiguinho e o mês termina na última terça (dia 30), quando o quarteto catarinense Tutu Naná antecipa mais um disco que lançam esse ano, chamado de Masculine Assemblage. Os espetáculos começam pontualmente sempre às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.
#centrodaterra2025

Ao transformar seu disco No Ombro dos Outros num espetáculo cênico batizado de N.O.D.O. – Dramaturgia, a dupla Kim e Dramma ampliou a narrativa do disco ao incluir pessoalmente dois personagens que os atenta – um demônio sem nome que os atiça entre o drama de fazer arte e a tentação de fazer sucesso (vivido por Gabriel Frossard) e a musa inspiradora que, ao mesmo tempo que arrebata os traumatiza (batizada de Jade e vivida por Isabella Sabino). Acompanhados como sempre do trio formado por Caio Colasanti, Valentim Frateschi e Eduardo Barco, eles domaram a fúria de seus shows vigorosos, apontando toda a intensidade para o lado dramático da história.
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Corri pro Bona e consegui pegar mais um show da querida Francisca Barreto, que segue sua ascensão nos palcos trazendo sua desconcertante delicadeza sempre para um novo patamar. Mantendo o mesmo show base que tem feito nos últimos meses (acompanhada de Vitor Kroner na guitarra, Thales Hash na viola, Valentim Frateschi no baixo e Bianca Godoi na bateria), ela afia ainda mais sua presença de palco seja no violoncelo ou no violão, mostrando músicas inéditas, além das versões que já faz normalmente para Milton Nascimento (“Ponta de Areia”), Massive Attack (“Teardrop”) e Yaniel Matos (“Habana”, que ela lançou com seu primeiro single). Ela contou com duas participações especiais, primeiro de Alicii, que abriu seu show, e depois, mais uma vez ela, a velha comadre Nina Maia, com quem dividiu o palco primeiro na música “Amargo” (quando o produtor Yann Dardenne subiu no palco para acompanhá-las ao violão) e depois no bis, quando voltou a pedidos de Chica para cantar o primeiro single que lançaram, ainda como dupla, “Gosto Meio Doce”, que ela tocou depois que mostrou mais uma inédita, sua versão para a bela “I Remember”, do primeiro disco do irlandês Damien Rice, com quem tem trabalhado nos últimos anos, prometendo que irá trazê-lo ao Brasil. Vai Chica!
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Soberba a apresentação de estreia que Nina Maia fez de seu recém-lançado disco Inteira no Sesc Avenida Paulista, quando trouxe uma versão de gala do formato que vem mostrando desde o início do ano: além de seu teclado teve um piano de cauda, além da viola de Thales Hashiguti, contou com a voz e o violoncelo da amiga e parceira Francisca Barreto e aproveitou ter a cozinha do grupo Os Fonsecas – Valentim Frateschi no baixo e Thalin na bateria – para trazer uma das canções deste último para o palco. Ela foi mostrando o disco lentamente, primeiro sozinha em primeiro plano acompanhada apenas de efeitos sonoros, depois tocando o teclado no centro do palco enquanto os outros músicos faziam suas entradas, deixando suas canções, que soam clássicas e modernas ao mesmo tempo, com um peso físico que no disco é filtrado por timbres eletrônicos. Com vídeos em P&B em alto contraste no telão pilotado por Danilo Sansão e com as luzes finas tocadas pela dupla Retrato (Ana Zumpano e Beeau Gomez), o show teve seu ponto alto quando Nina emendou sua épica “Salto de Fé” com “Todo Tempo do Mundo” do disco Maria Esmeralda, quando o baterusta autor da canção original soltou sua voz na frente do palco para cantar uma versão inacreditável do hit. Uma estreia de tirar o fôlego.

Saldei uma dívida deste ano: não tinha visto ao vivo ainda a dupla Kim e Dramma, formada pelo vocalista Kim Cortada e pelo baterista Quico Dramma, que lançaram um bom disco de estreia (No Ombro dos Outros) e consegui resolver isso nesta sexta-feira, no Porta Maldita, quando fizeram o segundo show desde o lançamento do álbum – e que bela surpresa. Não bastasse a ferocidade vocal e presença de palco do vocalista e os tempos quebrados e pulso firme do batera, eles ainda contam com um trio de músicos conhecido da noite paulistana que ajudaram a encorpar ainda mais o som da dupla – metade d’Os Fonsecas – o baixista Valentim Frateschi e o guitarrista Caio Colasante – e o tecladista Eduardo Barco, que dão ainda mais força pro som da dupla, levando-os para outra dimensão ao vivo. Muito bom.