Vida Fodona #680: Festa-Solo (28.9.2020)

vf680

Começando outra semana, lembrando que toda segunda tem Vida Fodona ao vivo a partir das 21h no twitch.tv/trabalhosujo – este foi o da semana passada…

BaianaSystem + Curumin + Edgar – “Solar”
Rockers Control – “Soltinho Dub”
Anelis Assumpção + Liniker & Os Caramelows + Victor Hugo – “Paint My Dreams”
Céu – “Cangote”
Gilberto Gil – “Toda Menina Baiana”
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Tops – “Way to Be Loved”
Taylor Swift – “Blank Space”
Racionais MCs – “Você Me Deve”
Salt-N-Pepa – “Push It”
Run-D.M.C. – “It’s Tricky”
Beastie Boys – “No Sleep Till Brooklyn”
Planet Hemp – “12 Com Dezoito”
Usher + Ludacris + Lil’ Jon – “Yeah”
Missy Elliot + Gramatik – “Work It”
Justin Timberlake – “Rock Your Body”
Nelly Furtado + Timbaland – “Promiscuous”
Justice & Simian – “We Are Your Friends”
Technotronic – “Move This”
Skylar Spence – “Can’t You See”
Arctic Monkeys – “Fake Tales of San Francisco”
Radiohead – “Jigsaw Falling Into Place”
Cure – “Killing An Arab”
R.E.M. – “It’s The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)”
Billy Joel – “We Didn’t Start the Fire”
Fall – “Mr. Pharmacist”
Rádio Taxi – “Garota Dourada”
Queens of the Stone Age – “Make it Wit Chu”
Prince – “Raspberry Beret”
Guilherme Arantes – “Cheia de Charme (Extended Version)”
Marvin Gaye – “Mercy Mercy Me (The Ecology)”
Isaac Hayes – “Never Can Say Goodbye”
Dionne Warwick – “Walk on By”
Elis Regina – “As Curvas da Estrada de Santos”
David Bowie – “Changes”
Beatles – “I’ve Got a Feeling”
Beatles – “Old Brown Shoe”
Beatles – “The Ballad of John & Yoko”

Vida Fodona #652: Festa-Solo (22.6.2020)

vf652

Segunda-feira é dia de Vida Fodona ao vivo no twitch.tv/trabalhosujo, às 21h – este foi o programa da semana passada.

Feelies – “Everybody’s Got Something To Hide (Except Me And My Monkey)”
Thurston Moore – “Hashish”
Can – “Vitamin C”
Ultramagnetic MCs – “Give The Drummer Some”
Zapp & Roger – “More Bounce to the Ounce”
Dr. Dre + Snoop Dogg – “The Next Episode”
Usher + Ludacris + Lil’ Jon – “Yeah”
Christina Aguillera – “Genie in a Bottle”
Flight Facilities + Giselle- “Crave You”
Dexy’s Midnight Runners – “Come On Eileen”
Malu Maria – “Diamantes na Pista”
Bárbara Eugenia – “Perdi”
Chromeo – “6 Feet Away”
Angel Olsen – “New Love Cassette (Mark Ronson Remix)”
Beastie Boys – “Gratitude”
Cream – “Swlabr”
Mutantes – “Mágica”
Paul McCartney – “Check My Machine”
Erasmo Carlos – “Mané João”
Tim Maia – “O Caminho do Bem”
Bob Dylan – “False Prophet”
Neil Young – “Homegrown”
Norah Jones – “To Live”
The Band – “Orange Juice Blues (Blues For Breakfast)”
Supercordas – “6000 Folhas”
Boogarins + O Terno – “Saídas e Bandeiras No. 1”
Maria Bethania – “Estácio, Holy Estácio”
Paulinho da Viola – “Falso Moralista”
Gilberto Gil – “Back in Bahia”
Itamar Assumpção – “Prezadissimos Ouvintes”
Lô Borges – “Canção Postal”
Chico Buarque – “Caravanas”
Criolo + Milton Nascimento – “Cais”
Josyara – “Mansa Fúria”
Metá Metá – “Trovoa”

Vida Fodona #544: Detox

vf544

Purificando geral.

Vida Fodona #434: De Paraty

vf434

Uma semana de Vida Fodonas diários?

Unknown Mortal Orchestra – “One at a Time”
Spoon – “Rent I Pay”
Jungle – “Busy Earnin'”
Foster the People – “Whodini”
Dexy’s Midnight Runners – “Come On Eileen”
O Terno – “Tic Tac”
Blur – “Trimm Trabb”
Carly Simon – “You’re So Vain”
Ney Matogrosso – “Freguês da Meia-Noite”
Lana Del Rey – “Florida Kilos”
Os Anjos – “Avante Juventude”
Os Gatunos – “Aquela”
Classixx – “Holding On”
Usher + Nicki Minaj – “She Came to Give it to You”
Saint Pepsi – “Fiona Coyne”
De La Soul + Chaka Khan – “All Good”
Dolly Parton – “9 to 5”
Alan Parsons Project – “Time”

Vem cá.

Usher 2014: com Nicki Minaj e Pharrell e remixado pelo Disclosure

usher

Muito hit essa música nova do Usher e não é por pouco – além de ter o vocal da explosiva Nicki Minaj, “She Came to Give It to You” ainda foi suavizada pelo toque fino do Pharrell. Sente só:

Não bastasse essa, sua nova “Good Kisser” também recebeu um belo tratamento nas mãos da dupla Disclosure, olhaê:

O disco novo, que ainda não tem título, promete.

Usher x Foster the People

Eitaporra, olha isso que a Tati me mandou:

E o pior é que não ficou ruim… Strange times, eu curto.

On the run 86: The Hood Internet Mixtape Volume 5

Indie + hip hop = The Hood Internet. A equação já é um clássico nas mãos da dupla Derek Becker e Steven Matrick – e eis mais uma mixtape dos caras, que pode ser baixada aqui.


The Hood Internet Mixtape Volume 5 (MP3)

Intro [R. Kelly x Drake x Ally Sheedy x Tim Blaney]
Bars In The AM [Ninjasonik x !!!]
L is For Love Junkie [Donwill x Harlems Cash x Peter Hadar x El Perro Del Mar x Caribou]
Hot Tub Freaks Like You [Slug x MURS x Tobacco]
Rude Baptism [Rihanna x Crystal Castles]
Ariel Pink’s Haunted Grafitti – Round And Round (The Hood Internet remix)
Moar Doo Wop N Whatever [Lauryn Hill x Deadmau5]
Show Me Red Lights [Robin S. x Holy Fuck]
Psycho Break [Talking Heads x Ellen Allien & Apparat]
Show Me The O.N.E [Yeasayer x Jump Jump Dance Dance x Grum]
Back You [Cee-Lo Green x Sir Mix-a-Lot]
Freeze, Barbra! [Young Dro x Gucci Mane x Duck Sauce]
Blowin’ Money At The Deli [Drake x Birdman x Delorean]
It’s Front Row Love [Metric x Treasure Fingers]
Giving Up The Sunshowers [M.I.A. x Vampire Weekend]
Ignition (Keep It Remixing Louder) [R. Kelly x Major Lazer]
Chi Citizens [BBU x Broken Bells]
How Purple Can You Go [Ludacris x Joker & Ginz]
Swag Boost [Soulja Boy x Rusko]
Lorem Ipsum Dolor Sit Amet [Waka Flocka Flame x Flock Of Seagulls]
Cards And Quarters And Green Lights [Local Natives x John Legend x Andre 3000]
Oh My Kids [Usher x Sleigh Bells]
Virginia Is For Cameras [Clipse x Matt & Kim]
Dougie Vision [Cali Swag District x Toro Y Moi]
This Shit Was (All I Know) [Drake x Free Energy]
Brigade & Yellow [Wiz Khalifa x The Go! Team]
Shutterbugg In Miami [Big Boi x Foals]
Nuthin’ But A Journal Thang [Dr. Dre x Snoop Dogg x Class Actress]
The XX Gon Give It To Ya [DMX x The XX]
Outro [John Barry x Faith No More x Larry David x Robin Bartlett]

Preguiça de Grammy

A marginal Tietê no horizonte foi um programa mais interessante

Não costumo ver o Grammy: acho chato e sem graça, como qualquer premiação de qualquer indústria. “E o prêmio de melhor radiologista do ano vai para…”. Poizé, bem nessas. Mas, depois de todo alarido sobre a edição deste ano (fãs do Arcade Fire em puro delírio Double Rainbow, que porra), me deparei com a reprise da premiação ontem à noite e, de vacilo, assisti. E nem precisava ter visto para saber que era uma premiação da indústria chata e sem graça como sempre. Lady Gaga agradecendo Whitney Houston? Cee-Lo Bornay com o hit da autocensura, Muppets e a mulher do Coldplay querendo abrir uma carreira de cantora? Norah Jones é um remédio pra dormir? E a Rihanna com o Eminem (zero química, música insuportável)? Katy Perry é tipo Hole disfarçado de pop. Mick Jagger soulman depois de velho? Nem Bob Dylan depois da tosse conseguiu segurar cantando sua própria “Maggie’s Farm” com os Avett Brothers e os Mumford & Sons (estes, vale frisar, fizeram bonito em seu momento). Não é nem que tudo estivesse errado – e esse era o problema -, tudo estava certo DEMAIS.

O grande momento da noite foi a apresentação de Justin Bieber e Usher, a própria indústria lustrando suas engrenagens e colocando dois jovens talentos do showbusiness pra exibir seus dance moves. É o momento Off the Wall/Thriller de Justin Bieber sendo preparado a fogo brando, mas se o moleque tem carisma o suficiente para sobreviver à sua falta de talento (Bieber é, basicamente, ensaio, ensaio e ensaio), ele devia não assumir o paralelo tão evidente com Michael Jackson, imitando vários de seus trejeitos no palco. Tudo bem que Michael ajudou a inventar este gênero, afinal toda coreografia teen pós-Take That é descendente direta do livro escrito por Michael, Prince e Madonna nos anos 80, mas é só ver Usher (ou lembrar de outro Justin – Timberlake), para lembrar que não é preciso citar o rei do pop para reverenciá-lo. Bieber ainda serviu de escada pro Jaden Smith, o filho do Will, brilhar. Enquanto preparam a maturação de Bieber, que aos poucos, er, “engrossa” a voz, esquentam a chegada desse mini Will Smith, que é um geninho do showbusiness. Sério, quando chegar a vez dele, aí sim temos um candidato ao trono de MJ em ação.

E entre estes medalhões e sumidades, um monte de prêmios sem graça pra artistas sem graça que só dizem respeito ao mercado norte-americano. Nesse sentido, o grande vencedor da noite não foi o Arcade Fire e sim o tal Lady Antebellum (quem?) e a dualidade entre artistas tão diferentes (quem porra é esse tal de Arcade Fire?, perguntam-se ouvintes por todos os EUA) mostra o verdadeiro tom da premiação. Desculpem-me os fãs, mas Arcade Fire é tão mingau de música quanto o Lady Antebellum ou qualquer outra cantora country desconhecida que subiu para receber seus prêmios. Não é à toa que ganhou o prêmio de álbum do ano.

Não me impressiona, porém, o fato de a decadente indústria da música recorrer ao indie rock para tentar preservar alguns de seus valores, muitos celebrados na festa de domingo. Na verdade, estão mordendo a própria língua. Afinal, o rock alternativo só começou a existir enquanto gênero e indústria depois que as grandes gravadoras se voltaram para um formato mais palatável e massificado para a música que merecia ser vendida, deixando para trás referências como autoria, arranjo, letras, personalidade e sensibilidade (qualidades que tiveram que fugir para um mercado menos competitivo para sobreviver). Começou com a disco music, teve o auge com Michael Jackson e Madonna nos anos 80, colidiu com o grunge (motivo da existência de nulidades como Nickelback e Creed) e depois misturou tudo com o caldo do hip hop.

No topo do pop, a música é cada vez menos personalizada e mais genérica, reduzindo-se a um meio-termo entre o ringtone, o jingle e o grito de torcida. Basta um refrão insistente com uma frase idiota repetida mil vezes sobre uma batida reta e coberta de efeitos especiais e, pronto, eis um hit, um popstar, um fenômeno, uma carreira, uma discografia. “Baby Baby”, de Justin Bieber, é o melhor exemplo do fundo do poço autoral em que se encontra a indústria musical. Então o jeito é apelar pros indies, para não ter que prever um futuro em que os principais hits da semana serão “ÔÔÔÔÔÔ”, o nome de um refrigerante repetido mil vezes e a regravação daquela música que já foi regravada tantas vezes que você nem mais lembra de quem era.

E, no meio da reprise do Grammy, lembrei que perdi o programa ao vivo porque estava na estrada, voltando da praia. Me pareceu um programa mais interessante – a Carvalho Pinto de noite, aquele monte de pedágios, a marginal surgindo no horizonte – e não tive dúvida: mudei de canal pra assistir o Land of the Dead, que também estava passando na TV. Show de horror por show de horror…

O melhor mashup de todos os tempos?

Usher e uma cabra. Mas tem que clicar no YouTubeDoubler pra ver do jeito certo.