Trocando cores de marcas concorrentes

E se o Yahoo usasse as cores do Google? Se o Mastercard tivesse as cores do Visa? Ou o McDonald’s tivesse as cores do Subway? Eis o interessante experimento iniciado pela designer catalã Paula Rúpolo em 2013, que acaba de ser revisitado. Separei algumas trocas de cores de marcas abaixo.

E tem outras lá no site dela.

Soft Cell via Twitter

tainted-love

Uma ideia idiota, muito tempo sobrando e um vídeo de “Tainted Love” cantado por nomes de usuários do Twitter – assista, é melhor do que essa descrição parece indicar.

Meu primeiro tweet

O meu primeiro foi esse:

first-tweet

E o seu?

Link – 12 de outubro de 2011

Sem quererMeme acidentalHomem-Objeto (Camilo Rocha): Maior, mais leve e quase igual • Entre boatos e a verdade • E o vencedor das eleições nos EUA foi o TwitterImpressão Digital (Alexandre Matias): Jornalismo, tecnologia, web e o que eu tenho a ver com isso • Marco Civil: Em busca de consenso • No Arranque (Filipe Serrano): Os novos programas de escritório na era da mobilidade • O fim do Messenger e o início do Instagram na web

Link – 5 de novembro de 2012

Games sociais: Na entressafraA Zynga faz mal para o Vale do SilícioVida Digital: Giancarlo RuffatoImpressão Digital (Alexandre Matias): A geração digital quer apenas fazer – e está fazendoHomem-Objeto (Camilo Rocha): Samsung Galaxy Note – Feito para desenharCombo NexusPara gostar de ler • No Youtube, usuários dão dicas de livros#HashtagÉArte‘Tenho um mau pressentimento sobre isso’Servidor

ROBERTA MIRANDA NÃO ESTÁ GRITANDO!

É que ela não lia direito, como disse nesse tweet de 2010

Como são loucas as aventuras nesse mundo da internet.

Link – 24 de setembro de 2012

Reddit: Banal, caótico e influenteTerritório aberto a todosMarco Civil emperradoA rede em jogo • Impressão digital (Alexandre Matias): As três décadas dos emoticons mudaram nossa linguagem • Homem-objeto (Camilo Rocha): DesorientadoP2P (Tatiana de Mello Dias): Por que a internet se preocupa tanto com as decisões do MinC?Motorola: Sem fila de espera • Vida digital: O jurídico do TwitterLink @ App Date, iPhone 5, o universo HD, Google x China e “Gangnam Style”

Link – 10 de setembro de 2012

Em fase de migraçãoEscritório abertoIFA 2012: Classificação livreHomem-objeto (Camilo Rocha): Sucesso quase garantido • Impressão digital (Alexandre Matias): Como computadores, tempo e dinheiro moldam nosso futuro • Uma maratona para espalhar a cultura hackerP2P (Tatiana de Mello Dias): Bibliotecas virtuais não podem ser passadas de pai para filho • A segunda geração de tablets da Amazon • Os piratas sempre vencem

#Instagramporescrito: viral sem querer e o 360º da ironia

A redescoberta da ingenuidade

Começou ainda no Alberta. Tentei postar uma foto tirada da cabine da pista da Noite Trabalho Sujo (a foto da Bárbara tirando fotos da cabine acima), como faço toda madrugada de sexta pra sábado e o Instagram não respondia. Pensei que fosse o sinal de Wi-Fi da casa, mas saí pra pegar ar e sinal de telefone – e o 3G também não dava sinal de vida no aplicativo. Desisti, voltei pra festa e quando acordei horas depois, retomei o ritual depois de fotografar o céu (“#CliMatias”, diz o Bruno). E nada. Pensei que o problema fosse só comigo, mas bastou abrir qualquer rede social para perceber que um certo volume considerável de pessoas resmungando sobre o fato. O Twitter do Instagram avisava que uma “tempestade elétrica” tinha tirado os servidores do ar. A mesma tempestade atingiu Netflix e Pinterest, que voltaram a funcionar aos poucos. Mas nada do Instagram. Como tinha um programa pré-almoço na agenda saturnina e não queria perder meu registro diário. Fui para o Twitter e twittei um instagram por escrito:

Em questão de segundos, minha fiel colaboradora do Sujo Gi Ruaro, lá de Londres (que recém casou, podem dar os parabéns), pegou carona na minha idéia e a expandiu em uma hashtag:

Como o meu tweet anterior já havia sido replicado algumas vezes, resolvi aproveitar carona na hashtag da Gi e tuitei meu instagram por escrito de fato:

Quando cheguei no Parque do Ibirapuera, onde iria me encontrar com um casal de amigos em um piquenique, o instinto me levou a procurar algum sinal de vida na rede social do aplicativo de fotos com filtro, ainda sem sucesso. Mas bastou passar pelo Twitter para ver que…

A hashtag havia colado. Tanto de maneira sincera – gente tuitando o que deveria estar postando no Instagram – quanto, principalmente, irônica – gente ridicularizando fotos e atitudes na rede social:

Até O Globo

…e a Fernanda Paes Leme entraram na onda:

A avalanche de tweets colocou a hashtag no topo dos trending topics no Brasil (meta pra muito xoxomidia tupiniquim) e explicitou três aspectos que já venho percebendo há algum tempo – dois óbvios, um nem tanto. Os dois primeiros beiram o ridículo da evidência: o Instagram popularizou-se de vez no Brasil a ponto de sua linguagem ter sido completamente assimilada pelo menos por quem está online (o que não é pouca gente) e que os trending topics do Twitter já não são o que foram um dia; medem o pulso de uma rede social específica, não mais o de toda comunidade online.

A terceira constatação é bem interessante e diz respeito à utilização da ironia. Diferente de uma forma de humor (como pensa a maioria dos que se acham irônicos), ironia é uma figura de linguagem que quer dizer justamente o contrário do que está sendo exposto. A frase “só uma pessoa muito inteligente para perceber isso”, por exemplo, é irônica ao sutilmente xingar de burra a pessoa em questão.

O problema é que a ironia funciona melhor em doses homeopáticas. Muita ironia cria a síndrome do menino que gritava lobo – e não é mais possível perceber se o que está sendo escrito ou dito é de verdade ou é só uma sacada esperta. Muitos tweets com a hashtag Instagramporescrito caminhavam nesse fio da navalha. Eram tão irônicos que poderiam ser de verdade. Não dava pra saber se o autor estava brincando ou sendo brincado. E assim completavam o loop da ironia – se a ironia é uma volta de 180 graus, a ironia da ironia é a volta completa para continuar no mesmo lugar.

E isso não era exclusividade da hashtag do sábado passado. O humor na internet quase sempre esbarra nesse duplo sentido e o que parece idiota para alguns, para outros é brilhante (exemplos abundam: Cersibon, o humor involuntário do Yahoo Respostas, Homem Aranha Anos 60), pulverizando assim o tal “bom gosto” do fazer rir ao tornar ainda mais tênue a distinção entre a grosseria e o humor politicamente incorreto ao mesmo tempo em que transforma qualquer grosseiro em novo “gênio do humor”.

Essas fórmulas estão se desgastando e o humor como provocação vai perdendo espaço para outro tipo de reação – que não necessariamente parte do humorismo – que também é típica da internet: o nonsense total, o esvaziamento do excesso de referências do século 21. Talvez seja uma redescoberta da ingenuidade ou só uma forma de exorcizar esse loop de significado protagonizado pela ironia da ironia. Não deixa de ser uma boa notícia.

Link – 28 de maio de 2012

• Facebook contra todosInternet paralela#Ativismo • O que há entre você e o seu AndroidHomem-Objeto (Camilo Rocha): Entre 1 e 2 cm • Para diretor, surgirão híbridos de ultrabook e tablet • Impressão Digital (Alexandre Matias): Um oásis de quietude dentro do oba-oba das redes sociais • No Arranque (Filipe Serrano): A grande inovação tecnológica criada pelo FacebookInternet das coisas e o padrão dos padrões • A era dos sistemas inteligentesServidor