Vladimir Cunha é o melhor narrador que você pode encontrar para o que acontece na principal capital do norte do Brasil. O jornalista e diretor paraense atravessou três décadas acompanhando de perto as transformações culturais de Belém, tanto como agente cultural como registrando tudo que acontecia – das aparelhagens à volta da guitarrada, do tecnobrega à criação de uma cena independente única no país. Além de fissurado por teorias da conspiração e pela cultura da internet, Vlad também é um grande broder e ótimo contador de causos, o que tornou esta a edição mais extensa do Bom Saber até hoje.
O Bom Saber é meu programa semanal de entrevistas que chega primeiro para quem colabora com meu trabalho, como uma das recompensas do Clube Trabalho Sujo. Além do Vlad, já conversei com Bruno Torturra, Dani Arrais, Negro Leo, Janara Lopes, Tatá Aeroplano, GG Albuquerque, Matias Maxx, Ana Frango Elétrico, João Paulo Cuenca, Eduf, Pena Schidmt, Roberta Martinelli, Dodô Azevedo, Larissa Conforto, Ian Black, Fernando Catatau, Pablo Miyazawa, Mancha, André Czarnobai e Alessandra Leão – todas as entrevistas podem ser assistidas aqui no Trabalho Sujo ou lá no meu canal no YouTube.
A relativização dos valores morais que está acontecendo no mundo hoje reflete-se inevitavelmente no cinema, quando assistimos a filmes – e também séries e games – que buscam entender as motivações do antagonista ao mesmo tempo em que busca falhas éticas no protagonista. Sem distinguir bem e mal, a produção cinematográfica recente parece dissipar estas fronteiras à medida em que personagens outrora vilanescos ganham contornos de herói. Eu e André Graciotti discutimos esta tendência e nos perguntamos sobre como isso se reflete de volta na sociedade como um todo.
A tristeza é inerente aos nossos dias ou ela nos foi imposta como uma grande mensagem subliminar nas últimas décadas? Na nova edição do Altos Massa, eu e Pablo mergulhamos na transformação das metas de nossas vidas, falando sobre como a felicidade deixou de ser um horizonte possível para abrir espaço para sua negação como regra e assim lembramos dos tempos da hiperinflação, falamos da diferença entre gerações, da descoberta da internet, da cultura do cancelamento e outros assuntos de alguma forma correlatos a essa sensação melancólica que atravessa nossos dias.
O papo sobre cinema adolescente do programa passado fez que eu e André Graciotti voltássemos para um novo clássico: Scott Pilgrim contra o Mundo, que Edgar Wright lançou há dez anos. Com um elenco irrepreensível, uma adaptação nada óbvia e uma direção a rédea curta, o filme inspirado no quadrinho do canadense Bryan Lee O’Malley é um filme que melhora a cada nova visita e motivo para nos empolgarmos para celebrar a obra-prima de seu diretor.
Partimos de um tema objetivo – as novas regras para concorrer ao Oscar do ano que vem – para aquela discussão aleatória que tanto apraz a mim e ao Dodô Azevedo, a deixa para falarmos sobre a publicidade como magia, Gramado decolonizada, a transformação do teatro no Rio de Janeiro, o melhor filme do Tim Burton, redes sociais, o fim do Vídeo Show, Picasso e a África, a liberdade de esquecer, o Dog Day Afternoon negro, como a geração anos 80 não se impôs, a terceira temporada do CliMatias, a garota do Tang, macropolítica e micropolítica, sem destilar ódio e sem milhões de views – tudo sem necessariamente sair do tema.
Mais do que cantora e compositora, Ava Rocha é uma artista completa. Seu olhar e sensibilidade vão para além da canção ou do palco e incluem outras disciplinas, fazendo que ela naturalmente ultrapasse barreiras artísticas e de linguagem sem que isso pareça um empecilho ou uma novidade. Convidei-a para a edição desta semana do Bom Saber para ouvi-la falar sobre como ela está atravessando este estranho 2020 e como isso está impactando em sua vida e, portanto, em sua arte. É o início de uma conversa sobre o papel da arte e do artista, redes sociais, mercado de entretenimento, vocação e expressão, novas tecnologias, preconceito artístico e hegemonia de padrões e, claro, sobre seus planos futuros, que incluem o lançamento do disco que gravou na temporada que passou na China.
O Bom Saber é meu programa semanal de entrevistas que chega primeiro para quem colabora com meu trabalho, como uma das recompensas do Clube Trabalho Sujo. Além da Ava, já conversei com Bruno Torturra, Dani Arrais, Negro Leo, Janara Lopes, Tatá Aeroplano, Ana Frango Elétrico, João Paulo Cuenca, Eduf, Pena Schidmt, Roberta Martinelli, Dodô Azevedo, Matias Maxx, Larissa Conforto, Ian Black, Fernando Catatau, Pablo Miyazawa, Mancha, André Czarnobai e Alessandra Leão – todas as entrevistas podem ser assistidas aqui no Trabalho Sujo – ou no meu canal no YouTube, assina lá.
A adolescência transformou-se à medida que começou a ser representada no cinema e a partir de filmes de diferentes épocas – e tantas outras séries de TV -, eu e André Graciotti entramos de cabeça num cânone que inclui Rebelde Sem Causa, os filmes dos Beatles, Nos Tempos da Brilhantina, Picardias Estudantis, Skins, Porky’s, os filmes de John Hughes, a Revolta dos Nerds, A Culpa é das Estrelas, Freaks & Geeks, Vidas Sem Rumo, Mean Girls, Malhação, 13 Reasons Why, Barrados no Baile, Superbad, Confissões de Adolescente, That 70s Show, Juno, Sex Education… Cada uma destas obras retratando um momento diferente da sociedade e como a adolescência retrata essas transformações.
Tínhamos outra pauta, mas eu e Dodô preferimos deixar rolar a conversa e passamos pela encenação da dor, Battlestar Galactica, sertanejo com música gaúcha e axé music, Roger Ebert sobre Spike Lee, a linguagem da imagem, mito x palavra, imperialismo maia, I May Destroy You, “Parque Industrial” do Tom Zé e a travessia do Mar Vermelho em mais uma edição desenfreada do DM em que discutimos tudo isso que está aí.
Um dos principais repórteres do Brasil atualmente, Matias Maxx é também um dínamo de produção contracultural e um ímã de malucos e histórias hilárias. Encerrando um ciclo com a quarentena, quando fechou as portas da lendária La Cucaracha, a primeira head shop do Rio de Janeiro, ele refaz sua trajetória desde os primórdios da web no século passado, passando pelo seu apreço pela América Latina, suas conexões com o submundo do quadrinho brasileiro e suas coberturas de guerrilha dos protestos da década passada – entre várias reflexões sobre jornalismo, cultura e seus próximos projetos.
O Bom Saber é meu programa semanal de entrevistas que chega primeiro para quem colabora com meu trabalho, como uma das recompensas do Clube Trabalho Sujo. Além do Matias, já conversei com Bruno Torturra, Dani Arrais, Negro Leo, Janara Lopes, Tatá Aeroplano, Ana Frango Elétrico, João Paulo Cuenca, Eduf, Pena Schidmt, Roberta Martinelli, Dodô Azevedo, Larissa Conforto, Ian Black, Fernando Catatau, Pablo Miyazawa, Mancha, André Czarnobai e Alessandra Leão – todas as entrevistas podem ser assistidas aqui no Trabalho Sujo – ou no meu canal no YouTube, assina lá.
O papo com o Pablo na semana passada inspirou um novo programa, em que discutimos o conceito de cultura para além dos produtos que consumimos analógica ou digitalmente, numa longa reflexão que passa por Guerra nas Estrelas, Matrix, Sopranos, Dom Quixote, redes sociais, Batman, o espectador cínico, a onipresença da cultura, Marvel, cabines de cinema, Sherlock Holmes, o fim da passividade consumista, quando concluímos que a cultura pop está chegando ao fim.









