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Vida Fodona #560: Novembro vai ser mais tranquilo

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Começando as comemorações dos 22 anos do Trabalho Sujo.

Flora Mattos – “Perdendo o Juízo”
Tommy James & The Shondells – “I Think We`re Alone Now”
Rakta – “Memória do Futuro”
Baco Exu do Blues – “Te Amo, Desgraça”
Letrux – “Coisa Banho de Mar”
Smith – “Baby It’s You”
Boogarins – “Camadas”
Tiê + Luan Santana – “Duvido”
Lorde – “In the Air”
Spoon – “WhisperI’lllistentohearit”
War on Drugs – “Strangest Thing”
Rimas + Melodias – “Origens”
Alexandre Basa + Lurdez da Luz – “Liri Sista”
A Tribe Called Quest – “We the People”
Tulipa Ruiz – “Game”
Beta Band – “Dry the Rain”
Ventures – “Walk Don’t Run”
Cream – “Lawdy Mama”

Tulipa Ruiz chega chegando

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Tulipa Ruiz foi pra Nova York e de lá voltou com um disco: Tu foi anunciado sem aviso e sai agora em novembro, antecipado pela faixa “Game”, que brinca com a sonoridade das palavras e seus sentidos. A música foi composta ao lado do parceiro de sempre, o irmão Gustavo Ruiz, e produzida por um novo integrante na trupe, o percussionista Stéphane San Juan, que, como Gustavo, toca e assina a produção da faixa, gravada no estúdio do produtor Scotty Hard, no Brooklyn nova-iorquino.

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A faixa segue a vibe astral de seu disco mais recente, Dancê, de 2015, mas há menos cores (como sugere a arte do single) e um tom mais sério, mesmo que de brincadeira.

Resta saber o que mais vem por aí…

Tudo Tanto #30: Lanny Total

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Outra coluna da Caros Amigos atualizada por aqui – esta da edição do mês de março, sobre o incrível show em homenagem ao mestre Lanny Gordin. Abaixo, os vídeos que fiz desse show:

Reverência ao mágico
Guilherme Held, Tulipa e Gustavo Ruiz reúnem ícones do pop brasileiro para saudar a importância do guitarrista Lanny Gordin

O que une “Chocolate” de Tim Maia a “Kabaluerê” de Antônio Carlos e Jocafi? Os discos Expresso 2222 de Gilberto Gil e o primeiro disco de Jards Macalé? “Atrás do Trio Elétrico” e “Não Identificado”? Além de ícones da música brasileira, todos eles contaram com o toque elétrico de um dos grandes instrumentistas brasileiros, o guitarrista Lanny Gordin. Comumente referido como “o Jimi Hendrix da Tropicália”, Lanny, felizmente, é muito mais do que isso. Mas, infelizmente, como a maioria dos músicos no Brasil, não tem o reconhecimento público de sua importância, o que inevitavelmente se traduz em condições financeiras. E a aposentadoria do músico – quando ela acontece – quase sempre é precária, devido a inúmeros percalços da prática que não se enquadram exatamente nas leis trabalhistas. Se o artista já anda na corda bamba entre o prazer e a remuneração, a arte e o comércio, o músico é quem mais sofre nesta dicotomia, quase sempre a linha de frente desta batalha.

Lanny não é reconhecido como compositor, mas por sua personalidade musical. O timbre elétrico rasgado até poderia ser característico dos grandes guitarristas de sua geração, mas Lanny o temperava com música brasileira, música erudita, free jazz e músicas do leste europeu, o que torna o título que o compara ao grande guitarrista da história do rock limitado. Enquanto Hendrix buscava as profundezas do blues de forma vertiginosa, Lanny ampliava o horizonte de sua paleta, mais próximo de um guitarrista de jazz do que de rock. Mais do que o timbre gritado ou os voos audazes que o músico fazia pelas cordas de seu instrumento, era o fraseado pontual, solos transformados em melodias (e vice-versa), riffs que praticamente abriam um diálogo com o resto da canção. Era uma voz presente que, uma vez percebida, torna-se uma das assinaturas musicais mais importantes daquele período, entre os anos 60 e 70, da música brasileira.

Um de seus discípulos, o guitarrista Guilherme Held, resolveu mexer-se para consertar esta falha da história. Em vez de esperar o reconhecimento póstumo que é caracteristicamente reservado a grandes artistas que morrem no ostracismo, o jovem músico começou a pensar numa homenagem em vida ao músico com quem morou junto em dois endereços diferentes – na Vila Mariana e em Perdizes -, além de ter tido uma banda com o mestre, no início do século.

A homenagem contou com a adesão imediata de outro discípulo ferrenho, o também guitarrista Gustavo Ruiz, irmão da cantora Tulipa Ruiz, e responsável pela presença do próprio Lanny no disco mais recente da irmã, Dancê, de 2015, produzido por Gustavo. É de Lanny o solo de “Expirou”, registro mais recente do guitarrista até agora, que está impossibilitado de tocar devido a problemas de saúde. Gustavo chamou a irmã de bate-pronto e em menos de um mês, os três levantaram o show Lanny Total, a homenagem hiperbólica que o músico merecia.

A vida de Lanny Total começou em um show na antiga choperia do Sesc Pompeia – que agora chama-se de Comedoria – que aconteceu em duas noites. Só a banda base já era de arregalar os olhos: Guilherme e Gustavo cada um com uma guitarra, Fábio Sá no baixo, Sérgio Machado na guitarra, Pepe Cisneros nos teclados, José Aurélio (que foi da banda de Lanny e Held, Projeto Alfa, no início da década passada) e Maurício Badé na percussão, além dos metais que incluíam Thiago França (sax alto e barítono), Amilcar Rodrigues (trompete e flugel), Filipe Nader (sax alto e barítono) e Allan Abbadia (trombone). Além destes subiram no palco Chico César, Mariana Aydar, Negro Leo, Péricles Cavalcanti, Rômulo Fróes, o irmão de Lanny Tony Gordin e Tulipa Ruiz, acompanhados também por Arnaldo Antunes, o hermano Rodrigo Amarante e Edgard Scandurra no primeiro show – o que assisti – e Heraldo do Monte, Juçara Marçal e Kiko Dinucci, no segundo. A discotecagem de abertura ficou por conta do DJ Nuts, um dos maiores especialistas em música brasileira do país, e a apresentação da banda a cargo do apresentador Luiz Thunderbird, além de uma performance do artista Aguillar.

No repertório, uma aula de psicodelia brasileira: “Back in Bahia” de Gilberto Gil, “Eu Vou Me Salvar” de Rita Lee, a versão que Caetano fez de “Eu Quero Essa Mulher Assim Mesmo” de Monsueto em seu Araçá Azul e várias de Gal Costa, de quem Lanny era uma espécie de arma secreta durante sua fase de ouro – “Hotel das Estrelas”, “Não Identificado” e “Love ,Try and Die”, além de composições de Lanny com os novos músicos, como “O Peixinho Triste” com Rômulo Fróes, “Evaporar” com Rodrigo Amarante e a já citada “Expirou” de Tulipa Ruiz.

Mas a descrição do espetáculo não chega próximo da intensidade do sentimento. Mais do que celebrar a personalidade de um músico ímpar, o que acontecia naquele palco era uma conexão intensa com a música em si. Todos os envolvidos canalizados e conectados tanto com a musa – entidade maior que parece magnetizar músicos e espectadores – como entre si. A catarse mútua do rompante dionísico da canção de Monsueto transformava Scandurra, Arnaldo, Rômulo, Péricles e Amarante numa mesma voz. Tulipa e Mariana Aydar canalizavam a energia mais roqueira de Rita Lee e a mesma Tulipa hipnotizava o público num dueto jazzy com Negro Leo. O público se esbaldava extasiado com aquele delírio coletivo. A impressão que dava era que todo mundo ia sair se abraçando.

A última música – “Chocolate”, de Tim Maia – foi cantada por todos os convidados inclusive por um Criolo penetra, que não havia sido escalado oficialmente mas deixou-se levar pela força da música. Todos com seus maiores sorrisos, surfando na onda boa que o mestre guitarrista provocou há décadas. E agora o show pode ir para outros palcos e outras praças, tornando mais gente consciente da importância deste músico mágico.

Feminística

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Iara Rennó estava procurando um lugar para experimentar um novo projeto e conseguimos o Centro da Terra para ela lançar o conceito de seu Feminística, um espetáculo multimídia para sublinhar a importância e a pluralidade da produção artística feminina atual. Neste take zero, que acontece na próxima segunda, dia 29 de maio, no Centro da Terra, ela convida Tulipa Ruiz, a poeta Mel Duarte, Juliana Perdigão e a dupla Lambe Buceta para uma apresentação inicial, que Iara quer continuar num futuro próximo, como comentou no papo que tivemos abaixo. Os ingressos para o show estão sendo vendidos neste link e na página do evento no Facebook há mais informações sobre a noite.

Conta a história do Feminística.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/iara-renno-2017-conta-a-historia-do-feministica

Existe uma criação artística feminina?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/iara-renno-2017-existe-uma-criacao-artistica-feminina

Como o Feminística conversa com essa onda feminina que vem acontecendo de uns anos para cá.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/iara-renno-2017-como-o-show-conversa-com-essa-atual-onda-feminina

Qual vai ser a dinâmica do espetáculo?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/iara-renno-2017-qual-vai-ser-a-dinamica-do-espetaculo

Fale sobre as convidadas deste take 0.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/iara-renno-2017-fale-sobre-as-convidadas-deste-take-0

A ideia é ter uma continuidade?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/iara-renno-2017-a-ideia-e-ter-uma-continuidade

Qual a expectativa para esta primeira apresentação?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/iara-renno-2017-qual-a-expectativa-para-esta-primeira-apresentacao

Tudo Tanto #018: Nova música brasileira, fase 2

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Mais uma coluna para a Caros Amigos do começo do ano ressuscitada aqui, esta sobre o show que Jeneci e Tulipa fizeram juntos em janeiro. Abaixo, os vídeos que fiz no show. A foto acima, de divulgação, é da Beatriz Besseler,

A maturidade de uma geração
Reencontro no palco de Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci consagra o início de uma nova fase da atual cara da música brasileira

2016 começou com um show duplo apaixonado, quando as carreiras de Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci se reencontraram mais uma vez em uma pequena turnê realizada no início de janeiro. Os dois cantores e compositores começaram suas carreiras meio que ao mesmo tempo, no final da década passada. Se embrenharam na picada aberta por Céu alguns anos antes e começaram a pavimentar o terreno e começar a erguer os alicerces para uma nova geração de artistas brasileiros, que a preguiçosa crítica musical da época ainda se referia como “nova MPB”.

Suas primeiras temporadas de show aconteceram no pequeno Grazie a Dio, casa de shows na Vila Madalena, em São Paulo, que viu aparecer toda esta geração que hoje toma conta do cenário musical brasileiro. Os dois revezavam shows naquele palco pelos idos de 2009, bem antes de lançarem seus respectivos discos de estreia – o Efêmera de Tulipa aparece no meio de 2010, o Feito Pra Acabar de Jeneci do mesmo ano. E consagraram a infância de suas carreiras com um show conjunto, em que apresentaram uma canção feita a dois – “Dia a Dia, Lado a Lado”.

Lançaram seus discos, trilharam seus rumos e ergueram suas próprias carreiras separados um do outro. Nos últimos cinco anos, firmaram suas discografias – Tulipa lançou o terceiro disco no ano passado, Jeneci está rascunhando seu terceiro disco neste semestre – e se estabeleceram como dois dos principais nomes da música brasileira desta década. Mas pairava sobre eles a expectativa não apenas pelo reencontro nos palcos mas também da oficialização da parceria de 2009, registrada apenas em vídeos no YouTube feitos por fãs.

A hora aconteceu no final de 2015. Os dois artistas se reuniram para finalmente registrar a versão da música e anunciar uma pequena turnê juntos. Passaram por Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, quando tocaram três vezes no Sesc Pompeia. Pude assistir à noite de estreia do espetáculo no Teatro do Sesc.

Mais do que um simples reencontro das duas carreiras, o show também serviu de balanço para os dois artistas. Cada um trouxe uma dezena de canções de seu próprio repertório para o show, que foi encadeado de forma que as músicas mais simples se encontrassem mais próximas entre si enquanto os momentos mais arrebatadores foram deixados para o fim do espetáculo. Assim “Efêmera” e “Felicidade” abriram a noite que foi chegando para o final juntando “Nada a Ver” com “Like This” e “É” com “Sorriso Madeira”.

A banda de apoio – “banda híbrida”, brincou Tulipa – reunia dois músicos de cada banda, além de ter Jeneci como instrumentista, indo dos teclas do acordeão às dos teclados elétricos. E o show teve dois momentos em que a dupla visitou a canção que deu origem ao encontro: uma primeira versão tímida e distante, quase teatral, com os dois cantando alternando o cantar de frente e de costas um para o outro. E uma última, final, no bis, quando improvisaram um mergulho em separado no público. Logo que a música começou Tulipa e Jeneci se separaram no palco e cada um foi para um dos lados do anfiteatro duplo imaginado por Lina Bo Bardi. Cada embrenhou-se em uma dos lados da plateia dupla e atravessou as galerias laterais para descer na plateia oposta e se reencontrar novamente no palco, dando ao público a oportunidade de ver seus ídolos bem de perto. Num bis emocionante.

E embora o show fosse um longo dueto, cada um deles pisava um pouco atrás para deixar o dono de cada canção brilhar. Uma bela dança em que os dois se alternavam entre os papéis de protagonista e coadjuvante para realçar a primazia de cada composição, ocasionalmente dividindo refrões e cantos livres. Jeneci até pode apresentar uma música inédita – “Rei do Tempo”, em que Tulipa recolheu-se backing vocal -, mostrando que ambos sabiam que o show não era só um encontro, mas um reconhecimento mútuo da importância dos dois.

E um sinal de maturidade de toda uma geração. E não apenas nos dois protagonistas da noite. A tal banda híbrida é outro sintoma perfeito deste momento. Um dos guitarrista é Gustavo Ruiz, irmão de Tulipa e diretor artístico de seus trabalhos, além de seu principal parceiro, e sua trajetória antecede à da irmã, quando ele tocava no DonaZica, que tinha Anelis Assumpção, Iara Rennó e Andreia Dias (hoje todas em carreiras solo estabelecidas). O outro guitarrista, Regis Damasceno, toca com Jeneci além de ser um dos fundadores do grupo cearense Cidadão Instigado e parceiro do compositor Pélico. O baterista de Jeneci, Samuel Fraga, também toca com Regis em projetos como Lamber Vision e Catatau e o Instrumental, além de tocar com Marcia Castro. O baixista de Tulipa, Marcio Arantes, é produtor do excelente Ná e Zé, disco que reuniu Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik no ano passado.

Não é só Tulipa e Jeneci, mas toda uma geração. Os dois são apenas os nomes mais conhecidos de uma safra de músicos que inclui nomes como Emicida, Karina Buhr, Siba, Mariana Aydar, Apanhador Só, Tiê, entre outros, e que já pode ser considerada a atual cara da música brasileira. Uma geração que já está consolidada e que está prestes a compor seus primeiros clássicos.

O reencontro de Tulipa com Jeneci é claramente isso. Eles já têm a consciência que não sao mais novidades, não são mais apostas. Percebem cada vez mais como desequilibraram a história da música brasileira com o início de suas carreiras – e não se intimidam. É o início de uma nova fase, o fim da adolescência e o começo da maturidade artística de toda essa geração.

Tulipita

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Tulipa surfa na onda levantada pelo Grammy que ganhou no ano passado e aproveita uma miniturnê pela América Latina para lançar um single “en español”.

A tour começa neste sábado em Quito, no Equador, e segue para o México, com shows dia 25 em Guadalajara, dia 28 em Puebla e dia 1° de junho na capital daquele país.

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E, pensando bem, dá pra fazer uma bela coletânea dela a partir dos seus três discos pra mostrar para os hermanos, não?

The Copan Connection: Bixiga 70 inna dub style

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Em comemoração ao Record Store Day, o grupo Bixiga 70 entregou algumas faixas de seu terceiro disco, lançado no ano passado, ao produtor Victor Rice para que ele desse aquele tratamento especial característicos de seus dubs. O resultado é o disco The Copan Connection, que será lançado neste sábado, na loja Patuá Discos, em tiragem limitada em vinil. A capa foi feita pelO MZK, que assina todas as capas do grupo, e que também estará discotecando no lançamento, que começa às 15h e vai até à noite. Além do Zk, também discotecam Magrão, Ramiro Z (da Patuá), Peba Tropikal e Maurício Fleury (do Veneno Soundsystem – e Maurício é tecladista e guitarrista do Bixiga). O evento é de graça e a Patuá fica na Rua Fidalga, 516, Vila Madalena (mais infos no 11-2306-1647). Ouça abaixo a versão que Rice fez para a faixa “Machado”.

E aproveito pra linkar os vídeos que fiz do Baile do Bixiga, no final do mês passado, quando o grupo apresentou-se do lado da Tulipa Ruiz e de seu irmão Gustavo. Foi quente!

Vida Fodona #522: Recomeçando (de novo)

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Supergrass – “Moving”
Pink Floyd – “Dogs”
Bárbara Eugenia – “Recomeçar”
Tulipa Ruiz – “Jogo do Contente”
Céu – “Varanda Suspensa”
BaianaSystem – “Lucro:Descomprimindo”
João Donato – “The Frog”
Banda Black Rio – “Na Baixa do Sapateiro”
Bixiga 70 – “Machado”
Apples – “Killing”

Este é o link desta playlist e neste link você me segue no Spotify. Lembrando que todas as playlists novas entram na enorme playlist (ainda em construção) com a maioria das músicas que toquei nestes dez anos de Vida Fodona (que dá pra seguir por aqui).

Todo o Disco: Tulipa Ruiz fala sobre Dancê

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Dou início hoje à segunda temporada do curso Todo o Disco, no Espaço Cult, e para começar os trabalhos a estreia é com ninguém menos que Tulipa Ruiz, que conta a história por trás de seu Dancê – da concepção ao lançamento, além de comentá-lo faixa a faixa. As inscrições podem ser feitas no site do Cult e quem quiser comprar para assistir a todas as aulas do curso (que ainda contam com Ava Rocha, Mariana Aydar, Rodrigo Ogi e Instituto, veja abaixo) tem direito a desconto.

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Uma das principais cantoras da atual música brasileira, Tulipa Ruiz chegou ao terceiro disco disfarçando-se de pop, mas levando armas secretas em seu irresistível Dancê – um disco que remete ao pop brasileiro da virada dos anos 70 para os anos 80, levando nomes como Metá Metá, João Donato, Kassin, Manoel Cordeiro e Lanny Gordon. Produzido por seu irmão e parceiro Gustavo Ruiz, Dancê ganhou o prêmio de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro no Grammy Latino de 2015. É a grande estreia da nova temporada do curso Todo o Disco, em que artistas conversam com o jornalista Alexandre Matias sobre os processos de composição, gravação e produção de um único álbum, além de comentá-lo faixa a faixa.

Vagas limitadas, garanta a sua no site do Espaço Cult

Todo o Disco – Segunda Temporada

Nunca se produziu tanto, nunca tantos artistas brasileiros lançaram tantos discos bons em tão pouco tempo mas ao mesmo tempo nunca se discutiu tão pouco sobre música. A overdose de informação e a concorrência por atenção apenas trata discos como notícias e mesmo com a amplitude da internet, estes discos não são tratados como obras importantes na carreira do artista e sim como mero gancho para notícias.

A partir desta constatação, o jornalista Alexandre Matias, do site Trabalho Sujo, junto com o Espaço Cult, propõe uma investigação musical ao lado dos autores de importantes discos lançados recentemente. A série Todo o Disco foi iniciada em novembro do ano passado com encontros com o grupo Cidadão Instigado, o músico Siba, o rapper Emicida e a cantora Karina Buhr. Em março, a segunda temporada do curso reúne nomes como Mariana Aydar, Ava Rocha, Tulipa Ruiz, Rodrigo Ogi e Instituto todas as terças-feiras de março, do dia primeiro ao dia 29, sempre a partir das 20h.

01/03 – Tulipa Ruiz fala sobre Dancê

08/03 – Instituto fala sobre Violar

15/03 – Rodrigo Ogi fala sobre Rá!

22/03 – Ava Rocha fala sobre Ava Pátrya Yndia Yracema

29/03 – Mariana Aydar fala sobre Pedaço Duma Asa