Sim, dois eventos da minha semana passada colidiram na quinta-feira, quando o homem-Neutral Milk Hotel tocou no meio dos manifestantes do Zuccotti Park.
De chorar.
Stevie Wonder
Fiz um exercício de eliminar o Rock in Rio da minha vida e me senti como se não acompanhasse uma novela, um reality show, um campeonato de futebol – e olhando assim à distância é fácil perceber, pela escalação e natureza do evento, o quanto que o mainstream do pop caminha sozinho, na inércia, feito um zumbi – e carrega massas de zumbificados no embalo. Separei uma lista enorme de shows inteiros colocados no YouTube (essa moda nova), mas repare na natureza descartável e supérflua das bandas listadas, algumas jogando reputações inteiras na vala do “show pras multidões”. Separo o Stevie Wonder e Elton John como mestres desse mesmo mercado, idealizado entre os anos 70 e os 80 (não por acaso a época em que os dois artistas se consolidaram como hitmakers), mas repare como é possível viver completamente alheio a esse tipo de música. Isso porque eu não precisei listar Ivete Sangallo, Sepultura, Angra ou Capital Inicial, só pra ficar nuns exemplos mais óbvios.
Elton John
Bom, pra desintoxicar disso tudo, vai um Beastie Boys cinco estrelas, após o lançamento do Hello Nasty, dica do Danilo.
E como parte da campanha de lançamento da série de reedições Why Pink Floyd?, o grupo inglês está transmitindo, de hora em hora em seu canal do YouTube, a íntegra do show que fez no estádio de Wembley, em Londres, quando tocaram todo o Dark Side of the Moon, em 1974. Dica do P2P.
E o Glauber filmou todo o show do Primal Scream no sábado, bota fé?
E que show foi esse…
Quebra tudo!
Eu não vi, mas quem viu disse que foi um bom show. É que eu não tenho mais idade pra isso…
E por falar em Wilco, olha a íntegra do show que eles fizeram no programa do David Letterman na quarta-feira, que a própria CBS liberou online:
Também conhecido como “o melhor disco de todos os tempos”, mas a voz do velho Moraes não tá lá essas coisas… Será que a gente vai ver esse clássico tocado ao vivo com seus próprios protagonistas?
Cortesia do Instituto Moreira Salles.
“Alexandre, como é que o profissional…” no final de “National Anthem” – que noite foi aquela!