Tika vai pra cima

Em sua apresentação no Centro da Terra nesta terça, a cantora de Rio Claro Tika chamou instrumentistas conterrâneas para acompanhá-la em Marca de Nascença, versão ao vivo do que será seu próximo disco. Produzido por Jonas Sá e Rovilson (ambos na plateia), as canções do disco ainda sem nome mostra uma Tika mais firme e à vontade que em seu disco de estreia, que trará duas versões que ela já vinha fazendo nos shows e que entraram no novo álbum, “Na Boca do Sol”, o hit do maestro Arthur Verocai, e “Natureza”, linda parceria de Leci Brandão com Rosinha de Valença.

Assista aqui:  

Tika: Marca de Nascença

A cantora e compositora paulista Tika passou o período pandêmico burilando as canções que se tornarão seu segundo álbum e começa a mostrar os dentes deste seu novo repertório. Para isso, montou uma banda só com outras mulheres para apresentar uma primeira versão nesta terça-feira, no Centro da Terra. Ao lado de Lilian Cueto (teclados), Beatriz Lima (baixo), Caroline Calê (bateria) e Skylar VJ (luz e projeções), ela apresenta o espetáculo Marca de Nascença que, aos poucos, apresenta esta nova fase de sua carreira. A apresentação começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.

Centro da Terra: Junho de 2023

Estamos entrando na terceira parte do mês de maio, então é hora de anunciar as atrações do mês de junho no Centro da Terra. A temporada das segundas-feiras fica na mão de duas produtoras, compositoras e multiinstrumentistas que cogitei reunir pensando nos pontos em comuns de seus trabalhos e Sue e Desirée Marantes me apresentaram uma proposta incrível chamada Mil Fitas, em que reúnem-se com diferentes artistas para criar paisagens sonoras em camadas. Na primeira segunda, dia 5, elas recebem as artistas Dharma Jhaz e Carol Costa. No dia 12, é a vez de tocarem ao lado do duo Carabobina (composto por Alejandra Luciani e Rafael Vaz) e de Fer Koppe. Na outra segunda, elas reúnem uma cabeçada: Kiko Dinucci, Ricardo Pereira, Romulo Alexis, Guilherme Peluci, Paola Ribeiro, Sarine, Gylez, Bernardo Pacheco, Natasha Xavier e outros nomes a confirmar, encerrando a temporada dia 26, quando reúnem a banda Ema Stoned, a produtora Saskia e o boogarinho Dinho Almeida. As terças de junho começam com uma minitemporada, Notas e Sílabas, em que o trio instrumental Atønito se aventura pelo mundo das palavras, com um novo convidado a cada apresentação – no dia 6 eles recebem o guitarrista Lucio Maia e no dia 13 a cantora e compositora Luiza Lian. As outras terças trazem dois shows solos de dois artistas distintos iniciando novas fases em suas carreiras: no dia dia 20 a cantora e instrumentista paulista Tika apresenta Marca de Nascença, quando toca ao lado de uma banda composta só por mulheres e antecipa seu próximo trabalho, enquanto no dia 27 o paulistano Bruno Bruni começa a encerrar sua trilogia de jazz funk Broovin’ apresentando as faixas do próximo disco em primeira mão no palco do Centro da Terra. Como junho é o mês do festival In Edit, nossa parceria traz o documentário Manguebit, dirigido por Jura Capela no ano passado, ma primeira quarta-feira do mês, dia 7, antes da programação oficial do evento, que terá atividades no Centro da Terra, anunciadas em breve. Os espetáculos começam sempre às 20h e os ingressos podem ser comprados antecipadamente neste link.

Kika no Centro Cultural São Paulo

Conheço Kika há mais de dez anos, quando ela me cutucou para apresentar seu primeiro disco, o delicioso Pra Viagem, quando eu ainda fazia a curadoria do Prata da Casa no Sesc Pompéia, em mil novecentos e guaraná de rolha, e desde então sigo em sua cola, acompanhando o que ela tem feito nesses últimos anos, seja em carreira solo, na dupla que criou com a eterna parceira Tika ou na homenagem que fez ao Passarim de Tom Jobim. No meio do ano ela me chamou pra conversar porque queria fazer um show celebrando os dez anos de aniversário daquele primeiro disco, mas no meio do papo percebi que ela queria voltar a tocar com a banda que montou naquela época e passear por músicas de seu repertório que puxavam para o acento do reggae, gênero que sempre a acompanhou. E assim ela me chamou para dirigir esse show que fazemos nessa última quinta-feira de setembro na mágica Sala Adoniran Barbosa do nosso querido Centro Cultural São Paulo. A banda é pesadíssima: Loco Sosa na bateria, Victor Rice no baixo, Guilherme Held na guitarra, Cuca Ferreira no sax e flauta e a própria Kika tocando guitarra e teclados, passando pelas músicas mais jamaicanas de seu repertório, com direito a versões maravilhosas no percurso – e é claro que a Tika também não ia ficar de fora e foi convidada para fazer uma participação especial. O CCSP fica na Rua Vergueiro 1000 (na estação Vergueiro do metrô), o show começa pontualmente às 19h e é de graça! Mais informações aqui.

Celebração da força feminina da música brasileira

Foi bonito o espetáculo que Laya, Malu Maria e Tika fizeram nesta terça-feira no Centro da Terra. Ondas Sísmicas, por Gabriel Bernini, é uma celebração da força feminina da música brasileira e as três fizeram valer a premissa desta ode.

Assista aqui.  

Tika + Malu Maria + Laya: Ondas Sísmicas

Maior prazer receber nesta terça-feira, no Centro da Terra, mais uma versão do espetáculo Ondas Sísmicas, idealizado pelo publicitário e pesquisador Gabriel Bernini, a partir do livro de mesmo nome, em que celebra a presença feminina na música brasileira. No palco, o espetáculo fica na mão de Laya (percussão), Malu Maria (percussão e flauta) e Tika (violão e guitarra) que revezam suas próprias composições acompanhando-as umas às outras. A apresentação desta noite fica por conta da vocalista do grupo Teto Preto, Laura Diaz, o espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.

Centro da Terra: Julho de 2022

O mês de julho já começou mas a temporada deste mês no Centro da Terra começa só nesta terça-feira por motivos de logísticas. Propus uma temporada com vários artistas para as segundas-feiras, mas a Jadsa só conseguia chegar na terça, por isso a temporada Choque Térmico começa neste dia 5 de julho. A proposta é reunir artistas que misturem as linguagens eletrônica e analógica sem pensar nos limites entre ambas. A primeira noite acontece com o Taxidermia, que Jadsa faz com João Millet Meirelles, e a dupla recebe o músico Pedro Bienemann. Na próxima segunda, dia 11, é a vez de Bernardo Pacheco provocar mais uma apresentação de seu projeto Formação, quando chama Juçara Marçal, Rayani Sinara, Yusef Saif e Mau Schramm para uma noite de improviso livre. No dia 18, a guitarrista Sue, da banda Ozu, apresenta seu trabalho solo ao lado de Eddu Ferreira e Paula Rebellato. E fechando a temporada, dia 25, a multiinstrumentista Theo Charbel convida Guilherme D’Almeida e Vinícius Rodrigues para mostrar suas canções. E isso é só uma temporada. Na próxima terça, dia 12, é a vez de Experimentos n°1, projeto que a artista russa Lena Kilina apresenta com o artista multimídia Dudu Tsuda. Depois, na terça dia 19, Malu Maria, Tika e Laya apresentam o projeto Ondas Sísmicas, concebido pelo pesquisador Gabriel Bernini para celebrar a presença da mulher na música brasileira e o show terá apresentação da Laura Diaz, do grupo Teto Preto. Encerrando o mês a banda paulista Bike sobe pela primeira vez no palco do Centro da Terra para mostrar as músicas de seu próximo LP com a presença do produtor do disco, o guitarrista Guilherme Held. As apresentações começam sempre às 20h e os ingressos podem ser comprados aqui.

Vida Fodona #672: Festa-Solo (31.8.2020)

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O último Festa-Solo de agosto está aqui  – e nesta segunda rola o primeiro de setembro lá no twitch.tv/trabalhosujo, a partir das às 21h.

Stranglers – “Golden Brown”
Washed Out – “Too Late”
Boogarins – “Água”
Cut Copy – “Like Breaking Glass”
Ladyhawke – “Paris is Burning”
Kaytranada + Kali Uchis – “10%”
Prince – “1999”
LCD Soundsystem – “One Touch”
Knife – “We Share Our Mother’s Health”
Tame Impala – “Nothing That Has Happened So Far Has Been Anything We Could Control”
Doors – “Horse Latitudes” / “Moonlight Drive”
Mutantes – “Caminhante Noturno”
Sérgio Sampaio – “Não Tenha Medo Não (Rua Moreira 64)”
Ana Frango Elétrico – “Promessas e Previsões”
Negro Leo – “Eu Lacrei”
Billie Eilish – “My Future”
Daft Punk – “Giorgio by Moroder”
Evinha – “Esperar pra Ver (Poolside & Fatnotronic Edit)”
Can – “Vitamin C”
Stereolab – “Metronomic Underground”
Kavinsky + Lovefoxxx – “Nightcall”
Mahmundi – “Nova TV”
Pelados – “O Fim”
Pedro Pastoriz – “Janela”
Tatá Aeroplano – “Deusa de 67”
Tika + Kika + João Leão + Igor Caracas – “Astronauta”
Bob Dylan – “Black Rider”
Jenny Lee – “I’m So Tired”
Michael Stipe + Big Red Machine – “No Time For Love Like Now”
Whitest Boy Alive – “Serious”
Michael Jackson – “Rock With You”
Madonna – “Lucky Star”
Marcos Valle – “Estelar”
Marina Lima – “Fullgás”
Lana Del Rey – “Blues Jeans (Penguin Prison Remix)”
Lipps Inc. – “Funkytown”
Lincoln Olivetti & Robson Jorge – “Eva”
Autoramas – “Garotos II”
Sharon Van Etten + Josh Homme – “(Whats So Funny Bout) Peace, Love and Understanding”

Vida Fodona #649: Arqueologia recente

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Previously, on Trabalho Sujo

PJ Harvey – “Sheela-Na-Gig (Demo)”
Burt Bacharach + Daniel Tashian – “Bells of St. Augustine”
Crime Caqui – “Your Forehead”
Sharon Van Etten + Josh Homme – “(What’s So Funny Bout) Peace, Love and Understanding”
Michael Stipe + Big Red Machine – “No Time For Love Like Now”
Jarv Is – “Save the Whale”
Àiyé – “Pulmão”
Jair Naves – “Irrompe (é quase um milagre que você exista)”
Gang of Four – “Forever Starts Now”
Flaming Lips – “Flowers of Neptune 6”
Tika + Kika + João Leão + Igor Caracas – “Astronauta”
Zé Manoel – “História Antiga”
Cat Power – “Toop Toop (A Tribute to Zdar)”
Mano Mago – “Estrelas Mortas”
Angel Olsen – “New Love Cassette (Mark Ronson Remix)”
Chromeo – “6 Feet Away”
Poolside -“Around The Sun (Body Music Remix)”
Kassin – “Relax (DJ Memê Remix)”
Guilherme Held + Letieres Leite – “Sorongo”
Hatchie + The Pains of Being Pure at Heart – “Sometimes Always”
Elvis Costello – “No Flag”
Bob Mould – “American Crisis”
Black Pantera – “I Can’t Breathe”
Stooges – “T.V. Eye (Radio Edit)”

Passarim fora de órbita

passarim30

Quando Tika, Kika, João Leão e Igor Caracas se juntaram para homenagear o disco que Tom Jobim lançou em 1987, mal sabiam o quanto esta união iria durar. “Estamos há três anos tocando o projeto que criamos sobre o álbum Passarim e nesse projeto reduzimos os arranjos de um disco gravado com orquestrações e coro para nossa formação de quatro integrantes – quatro vozes, bateria, piano, guitarra e sintetizador”, Kika relembra o início de Passarim30. “Fizemos uma pesquisa de timbres, escolhemos as frases mais marcantes do disco, tiramos as linhas vocais com fidelidade e gostamos do resultado, da sonoridade que alcançamos”. Agora o quarteto começa a gravitar em direção a outro mestre da música brasileira, João Gilberto, ídolo dos quatro, que é revisitado através de sua versão para “O Astronauta”, de Carlos Pingarrilho e Marcos Vasconcellos, lançada em primeira mão aqui no Trabalho Sujo no dia do primeiro aniversário sem sua presença entre nós, já que João morreu no ano passado.

“João Gilberto é uma grande referência pra nós, todos temos uma ligação muito forte com a obra dele. Quem lembrou de ‘Astronauta’ foi a Tika, que estava tirando essa harmonia no violão”, Kika continua. “Pensamos que a letra tinha um subtexto de despedida, ficamos imaginando o João Gilberto como sujeito da canção – ele agora mora só no pensamento ou então no firmamento… – e então decidimos que seria um presente pra ele, que se despediu ano passado quase em silêncio, sem muitas homenagens, sem uma nota oficial sequer. Concordamos que ele foi o maior artista brasileiro de todos os tempos, quisemos fazer nossa interpretação para ficar mais perto dele, como uma maneira de dizer que temos saudade e que sabemos o valor de tudo que ele deixou pra nós. O clipe é assinado por Guilherme ‘Guime’ Destro, que recolheu imagens do recôncavo baiano, filmadas numa vila de pescadores chamada Santiago do Iguape em Cachoeira, na Bahia, imagens que remetem às origens da nossa cultura e diversidade artística, além de já ser uma homenagem ao nosso homenageado, que é também baiano.”

O resultado, produzido por Victor Rice, é o primeiro registro fonográfico do grupo, que só havia se apresentado ao vivo, e traz o imaginário musical de João numa bossa nova setentista que acena para os timbres elétricos do soul e o jazz, mas sem perder o minimalismo e as harmonias ousadas do mestre baiano. “A mágica do João Gilberto está na interação da voz dele com o violão, na escolha dos acordes e tempos”, Kika continua falando sobre a versão. “Procuramos preservar ao máximo a harmonia dele e certas jogadas de tempo que ele faz. A maior dificuldade é a mesma de revisitar qualquer música da bossa nova, recriar algo que muitos julgam intocável, por isso temos um cuidado com a escolha do repertório, em não trazer temas que já foram exaustivamente revisitados.”

O registro faz com que o grupo pense para além da homenagem que vinha fazendo. “Há um tempo estamos trabalhando essa ideia de expansão do Passarim30”, continua a cantora. “Nós vemos um potencial enorme em um grupo formado por instrumentistas que são também compositores, produtores, cantores e têm o seu trabalho solo. Praticamente desde o início do projeto nós sempre demos um jeito de incluir alguma música autoral em nossos shows. Procuramos compor em parceria também, o que pode gerar um trabalho completamente autoral no futuro, mas esse primeiro passeio do grupo fora da obra do Tom com João Gilberto é uma consequência natural dessa nossa busca.” Além de “Astronauta”, o grupo também gravou “Borzeguim”, do Tom Jobim, que será lançada em breve.