Todas as frases de abertura de The Wire

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Cada episódio de The Wire, uma das melhores séries de todos os tempos, começava com uma frase escrita na tela, que sempre seria dita por um dos personagens durante aquele capítulo. Um feliz desocupado deu-se ao trabalho de editar todas as frases de abertura quando elas são ditas por seus autores em um único vídeo:

É o mesmo método que uso para dar título para todos os Vidas Fodonas – gravo a abertura e tiro uma frase do texto para batizar o podcast da vez. E, sim, eu sei que eu tô devendo atualizar os VFs…

E se você quiser matar saudade de The Wire, olha esse vídeo cheio de spoilers:

Que série!

A tautologia de The Wire

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Explica, Wikipedia:

A tautologia (do grego ταὐτολογία “dizer o mesmo”) é, na retórica, um termo ou texto que expressa a mesma ideia de formas diferentes. Como um vício de linguagem pode ser considerada um sinônimo de pleonasmo ou redundância. A origem do termo vem de do grego tautó, que significa “o mesmo”, mais logos, que significa “assunto”. Portanto, tautologia é dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes.

Em filosofia e outras áreas das ciências humanas, diz-se que um argumento é tautológico quando se explica por ele próprio, às vezes redundante ou falaciosamente. Por exemplo, dizer que “o mar é azul porque reflete a cor do céu e o céu é azul por causa do mar” é uma afirmativa tautológica. Um exemplo de dito popular tautológico é “tudo o que é demais sobra”. Da mesma forma, um sistema é caracterizado como tautológico quando não apresenta saídas à sua própria lógica interna.

Pois alguém reuniu todos os exemplos dessa figura de linguagem na melhor série de todos os tempos, a soberba The Wire:

The Wire e a volta da melhor série de todos os tempos

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“Omar is coming…” em HD. The Wire, também conhecida como a melhor série de todos os tempos, está vindo aí em alta definição. No início do mês o seguinte teaser apareceu na TV:

A HBO logo negou que o seriado iria ser reexibido a partir deste mês, mas confirmou que a série está passando por um processo de adaptação para o formato em alta definição (o que pode picotar em cima e embaixo a tela original da série, gravada no formato 4 x 3, para adaptar-se ao formato 16:9). A remasterização também deve estar sendo feita para uma nova caixa da série, desta vez em Blu-ray.

Oportunidade perfeita para entrar numa série difícil, mas irresistível. A complexa teia de ligações entre os personagens de The Wire aos poucos desenha todas as engrenagens de uma cidade de médio porte e como os homens da lei se misturam com os bandidos. É uma série sem protagonistas e as relações entre os personagens são mais importantes do que eles mesmos, peças num xadrez violento, quase surreal. É uma reunião de personalidades incríveis, desde o núcleo policial (reunindo mestres como Jimmy McNulty, Kima Greggs, Bunk Moreland e Lester Freamon, entre outros) ao núcleo dos traficantes e justiceiros (Omar Little, Bubbles, Stringer Bell e companhia), passando por políticos impagáveis (Tommy Carcetti, Clay Davis – “sheeeeeeeit!”) e outros ratos e cidadãos de péssima índole que fazem a cidade de Baltimore funcionar de fato. Perto de The Wire, Sopranos é uma série sobre uma família que vive uma vida dupla entre os cidadãos de bem e o crime organizado, simples assim.

E funcionar como uma complexa metáfora para todo o sistema ocidental, de armas, política, cadeias, drogas, imprensa, sexo, violência, álcool e joguetes de poder. Uma aula de política disfarçada de seriado policial, The Wire está para os Estados Unidos como a trilogia Cidade de Deus e os dois Tropas de Elite está para o Brasil – só que com sutilezas e brutalidades muito mais tensas e específicas daquela país.

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E se The Wire fosse um RPG dos anos 80?

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Mais um curta do College Humor:

E você ainda não assistiu The Wire? “Sheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeit…”

4:20

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“It’s All in the Game”: o Banco Imobiliário de The Wire

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Em 2010, a revista inglesa Poke propôs, de brincadeira, uma variação do clássico jogo de tabuleiro Banco Imobiliário para que ele se acomodasse ao universo da série The Wire.

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O designer Neale Irwin, da Machromatics, levou a tarefa a um outro patamar e criou o jogo de fato.

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Embaixo seguem mais imagens do jogo, que ainda é só um protótipo:

 

Todos os personagens de The Wire

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O ilustrador Dennis Culver colocou todos os personagens de The Wire num cartaz e colocou-o à venda em seu site. Abaixo, alguns personagens vistos com mais detalhes:

 

Family Guy e as duas séries que importam

Breaking Bad e The Wire… Repita comigo: Breaking Bad e The Wire.

Retrospectiva OEsquema 2012: Televisão às tijoladas

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Com terças e sextas comprometidas com saídas de casa semanais, 2012 acabou, por outro lado, sendo um ano bem indoor, em que além de organizar as coisas em casa, consegui dar cabo em várias pendências televisivas que não consegui acompanhar em tempo real. Matei séries inteiras que acabaram faz tempo (My Name is Earl, Arrested Development, Freaks & Geeks, o longo débito com The Wire) e consegui acompanhar hits atuais para acompanhar em tempo real (Sherlock, Parks & Recreation, Homeland, Modern Family, Mad Men, Louie, Ancient Aliens, Breaking Bad, Dexter, Newsroom) – que passaram a acompanhar a única série atual que sigo desde o início, Fringe. Com esse intensivão, comecei a encarar as séries como encaro sagas em quadrinhos – e em vez de acompanhá-las semanalmente, prefiro digeri-las às temporadas (no caso dos quadrinhos, aos volumes dos TPBs). Já havia feito isso em anos passados, assistindo Sopranos, A Sete Palmos e Battlestar Galactica às tijoladas enquanto criava um ranking interior, mas 2012 me ensinou que esteve talvez seja o melhor jeito de consumir estes seriados, que devem estar entre as principais obras de arte pop da atualidade (mesmo que eu não tenha nem conseguido começar a acompanhar coisas como Games of Thrones ou Walking Dead). O que também dá uma sensação ímpar ao final de qualquer série – o ar de dever cumprido e o astral de ser uma pessoa melhor, como Earl ao final de cada episódio em que riscava um item de sua lista.