Em 2014, o grupo sueco The Knife fez a trilha sonora para o espetáculo de dança Europa Europa, apresentado pelo conterrâneo grupo FUL, um protesto grandioso contra as políticas antiimigração e contra a xenofobia que, se já era uma realidade no velho continente há seis anos, estão ainda mais presentes neste tenso 2020. Justamente por isso, o grupo resolveu abrir as fronteiras digitais do clipe da canção “För Alla Namn Vi Inte Får Använda” (que pode ser traduzido livremente como “Pelos nomes que não podemos usar”), que estava antes restrito ao YouTube sueco. Cantada no idioma do grupo, é mais uma bordoada ao mesmo tempo pop e estranha, como é característico da dupla dos irmãos Karin e Olof Dreijer.
Os irmãos Karin Dreijer Andersson e Olof Dreijer explicam (dublados por atores, bem ao seu estilo) o que querem com seu novo disco – o cada vez mais surpreendente Shaking the Habitual – e abordam pontos como seu processo de composição e gravação, suas buscas estéticas, uma identidade original, a função política e o papel da música de protesto hoje além do questionamento sobre o que é arte e liberdade no século 21. No vídeo abaixo, em inglês:
Corre-corre-corre…
Marku Ribas – “Pacutiguibê Iaô”
Rodrigo Amarante – “Maná”
Caxa Baxa – “Vizualizada”
Kid Cudi + Kendrick Lamar – “Solo Dolo Pt. II”
John Cale + Terry Riley – “The Protegé”
James Blake + Brian Eno – “Digital Lion”
David Bowie – “Love is Lost”
Yeah Yeah Yeahs – “Area 52”
Deerhunter – “Neon Junkyard”
Of Montreal – “She’s My Best Friend”
Phoenix – “Trying to Be Cool”
Justin Timberlake – “Strawberry Bubblegum”
Knife – “Without You My Life Would Be Boring”
My Bloody Valentine – “Nothing Is”
Charles Bradley – “Victim of Love”
E como previsto, taí o disco novo do The Knife pra download. Tá tenso!
E aí, conseguiu digerir o disco novo do The Knife? Não é fácil, mas tem compensado. Pra quem não pescou ainda, segue a íntegra de Shaking the Habitual.
O disco tem como tema um de seus conceitos a ideia que acabar com a riqueza extrema pode melhorar a vida no planeta – e para isso, postou em seu site uma história em quadrinhos irônica mas bem didática sobre a questão que querem discutir – que reproduzo abaixo. Se alguém quiser traduzir, colo o texto logo abaixo. O Rená traduziu (valeu!), colo as legendas embaixo de cada quadrinho:
Dá pra ouvir inteirinho no Pitchfork – já já aparece pra download. O disco conta com treze faixas (sendo duas vinhetas, com menos de um minutos, e uma – “Old Dreams Waiting to Be Realized” – com mais de vinte!), listadas abaixo: