The Gouster: um disco inédito de David Bowie nos anos 70

, por Alexandre Matias

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Embora lançada após sua morte, a caixa de David Bowie – Who Can I Be Now? (1974 – 1976) não é um mero caça-níqueis querendo faturar em cima dos fãs viúvos e sim parte de um processo de reedição e relançamento que havia sido iniciado no ano passado, quando ainda vivo ele comemorou o lançamento da festejada caixa David Bowie – Five Years (1969 – 1973), sobre seus primeiros anos.

A nova compilação reúne, em doze CDs e treze vinis, o período intermediário de Bowie no meio dos anos 70, quando exercitou diferentes personas entre discos como Diamond Dogs, Young Americans e Station to Station. A caixa ainda traz dois discos ao vivo (David Live e o impressionante Live Nassau Coliseum 76, um pirata que já havia sido oficializado na caixa dedicada ao disco Station to Station, uma de suas obras-primas) e uma coletânea com material que só saiu em singles ou em coletâneas, batizada de Re:Call 2. Ela será lançada no final do mês que vem.

Mas a joia da caixa é o disco The Gouster, que Bowie queria lançar quando ainda morava na Califórnia, em 1974. Em uma coleção de sete longas faixas, ele exercitava todo seu lado Thin White Duke deixando o soul norte-americano preencher suas veias em músicas que ultrapassavam os cinco minutos. Gravado ao lado de Tony Visconti, que conta a história do disco perdido no encarte da caixa, The Gouster foi deixado para trás e Bowie mudou-se para Nova York. Lá ele recriou aquele disco, tirando algumas músicas e acrescentando outras, além de mudar os arranjos de algumas, transformando-o no clássico Young Americans.

Mas The Gouster é outra história, saca só:

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