Um dos nomes mais ativos da cena pós-punk paulistana dos anos 80, Thomas Pappon foi guitarrista do Fellini, baterista do Smack e dos Voluntários da Pátria, além de diretor artístico da gravadora Stilleto e produtor dos discos de estreia de bandas como Pin Ups e Black Future. Mas é no grupo The Gilbertos, projeto solo que assume formações diferentes à medida em que o tempo passa, em que ele consegue lapidar aquilo que mais gosta de fazer: compor canções. A cada fase, o grupo de um homem só, que já tem quatro discos lançados, assume musicalidade e estética diferentes, de acordo com o astral de seu autor e tenho a enorme satisfação de trazê-lo para palco do Centro da Terra nesta terça-feira (mais informações aqui), onde apresenta diferentes fases do repertório da banda ao lado do baixista Ricardo Salvagni e do baterista Lauro Lellis, ambos com passagens por diferentes fases de sua principal banda, o Fellini. Em mais um de seus raros shows – é o sexto na história da banda -, Pappon promete um show pesado com ênfase no rock progressivo alemão e no glam rock, duas de suas maiores paixões. Bati um papo com ele sobre o que nos aguarda nesta noite de terça.