Vida Fodona #629: Sempre em contato

vf629

Ainda enclausurado.

Dua Lipa – “Break My Heart”
Vovô Bebê – “Aluno”
Childish Gambino – “53:49”
Toro y Moi – “I Can Get Love”
BaianaSystem + Manu Chao – “Sulamericano”
Yuksek + Fatnotronic – “Corcovado”
Disclosure – “Tondo”
Four Tet + Ellie Goulding – “Baby”
Gil Scott-Heron + Makaya McCraven – “New York is Killig Me”
Karnak – “Martim Parangolá”
Chico Science & Nação Zumbi – “Um Passeio No Mundo Livre”
Itamar Assumpção – “Sampa Midnight”
Stephen Malkmus – “The Greatest Own in Legal History”
Can – “Soul Desert”
John Cale + Terry Riley – “The Protegé”
De Leve = “Vai Vendo”

Quem é Gil Scott-Heron?

GilScot-Heron

A gravadora XL está aproveitando o aniversário do último disco de Gil Scott-Heron, I’m New Here, para levantar uma série de homenagens a este ícone da música negra. A primeira delas foi o lançamento de uma edição expandida deste próprio álbum, que vem agora em uma versão dupla em vinil e traz duas faixas inéditas (uma versão para “Handsome Johnny” de Richie Havens e uma música inédita chamada “King Henry IV”), além de versões alternativas para músicas do disco original.

O disco também ganhou uma nova versão ao passar pelas mãos do baterista e produtor norte-americano Makaya McCraven, que reuniu alguns cobras de Chicago, sua cidade-natal, para recriar pela terceira vez o disco de 2010, transformando-o em We’re New Again: A Reimagining by Makaya McCraven. Ao lado dos bambas Jeff Parker, Brandee Younger, Junius Paul e Ben Lamar Gay, ele trouxe um calor setentista que a gravação original, mais europeia, parecia carecer.

Não custa lembrar que I’m New Here já tinha passado por um processo de recriação no ano seguinte ao seu lançamento, quando o produtor Jamie XX o remixou a pedido do produtor original do disco, o dono da gravadora XL Richard Russell, transformando-o em We’re New Here, lançando meses antes da morte de Scott-Heron, no dia 27 de maio de 2011. O tratamento de Jamie, como era de se esperar, jogava a linguagem musical de Gil ainda mais para a eletrônica inglesa, misturando elementos de dubstep, house e garage à musicalidade do mago norte-americano.

Mas o filé destes lançamentos é o documentário Who Is Gil Scott-Heron?, feito pela dupla inglesa Iain Forsyth e Jane Pollard (diretores do filme 20,000 Days on Earth, de Nick Cave), que entrevistou uma série de amigos, parentes e fãs próximos do poeta pioneiro do rap para mostrar sua profundidade emocional e a importância de sua presença na música moderna.

Duvido você não chorar na hora em que ele começar a cantar “Winter in America”.