40 artistas substituíram 365 propaganda por cartazes antipublicidade em dez cidades do Reino Unido, num evento que chamaram de “brandalism” (da aglutinação dos termos “brand”, marca, e “vandalism”).
Guto Barra e Gisela Matta (esta última recentemente morta ao andar de bicicleta no Rio de Janeiro) assinam a direção do documentário Restless: Keith Haring in Brazil sobre as vindas de um dos pais do grafitti moderno ao Brasil nos anos 80, especificamente para a cidadezinha de Serra Grande, perto de Ilhéus, na Bahia. N’O Globo, o Calbuque conversou com Barra, Julia Gruen (da Keith Haring Foundation, que banca o filme) e Kenny Scharf, artista plástico norte-americano, amigo pessoal de Keith, que morreu em 1990, e dono de um dos últimos resquícios da vinda de Haring ao Brasil, um mural pintado no chão. Veja o trailer de Restless abaixo:
Demais. Vi na Liv.
Do crochê à intervenções em placas, passando por miniaturas e ilusões de óticas – eis algumas imagens selecionadas pelo Street Art Utopia.
No site tem outras tantas, com crédito e link pra cada um dos autores.
Grafitti global
Banksy, arte de rua e internet
Você conhece Banksy? Para mim, o grafiteiro londrino é o maior artista vivo. Suas obras começaram a aparecer nos muros da capital inglesa na virada do milênio, sempre contestando o status quo na base do contraste agressivo. De Londres, passou a grafitar muros pelo mundo, até na Faixa de Gaza. Uma busca por seu nome no Google Images dá uma boa ideia de sua tática de choque – e de sua importância.
E o principal: ninguém sabe quem é Banksy. Como é seu nome verdadeiro, seu rosto, onde mora, do que vive. Tudo é envolto em mistério.
Neste ano, ele saltou dos muros e paredes para as imagens em movimento e assina um dos principais filmes de 2010, o documentário Exit Through the Gift Shop (Saída Pela Loja de Souvenirs, em tradução livre, sem previsão de lançamento no Brasil).
No filme, ele acompanha a trajetória do documentarista francês Thierry Guetta, obcecado por filmar tudo o tempo todo a ponto de, ele mesmo, virar o objeto do documentário, que deixou de ser seu para se tornar do próprio Banksy.
O filme foi batizado de “o primeiro filme catástrofe de arte” e há uma série de especulações sobre sua natureza. Seria o filme mesmo um documentário ou é tudo armado? Thierry é quem ele diz que é? E Banksy? Mostra a própria cara mesmo?
Sem entrar no mérito do documentário, ele ressalta um ponto específico: como a arte de rua virou um movimento graças à internet. Grafites e pichações são perecíveis por natureza, mas, graças à rede, foi possível que toda uma geração de artistas se conectasse e se percebesse como parte de uma cena global. Cena que, graças à rede, tem um grande nome mundial – o próprio Banksy. Mesmo que ninguém saiba quem ele é.
Dylan explica
“No futuro, as buscas serão automáticas”
Nesta semana, o Google apresentou mais uma novidade: não é preciso mais terminar de digitar o que se busca para ver os resultados procurados. Eric Schmidt, CEO da empresa, aposta que, em pouco tempo, “as buscas serão automáticas”. O site fez um vídeo, remixando o clássico Subterranean Homesick Blues, para explicar o funcionamento do Google Instant, nome do novo sistema. Busque por “Dylan”, “Google” e “Instant” no YouTube.
Não sei se dá pra comentar muito o documentário do Banksy sem spoilar geral. Por isso vou esperar um pouco antes de falar mais – vai saber se o filme não passa por aqui de alguma forma… Mas confirmou a minha teoria de que, aparentemente, temos o F for Fake desta geração (falei que era spoiler!).
Eis os cinco primeiros minutos de Exit Through the Gift Shop. Vê se dá para parar de assistir.
O Bruno viu o filme do Banksy na gringa mesmo, quando ele foi lançado lá fora – e resenhou o filme sem ter medo de spoiler – por isso se você não quer enfrentar o filme mas quer entender o assunto, confere lá no URBe, que ele explica tintim por tintim.