A turma de mídia social da gravadora de Bob Dylan tirou a semana pra trabalhar, abriu a caixa das Basement Tapes que está para sair e descolou um MP3 diferente para sites e blogs indie nos Estados Unidos. Nessa partilha, o Stereogum ficou com “Tupelo”, do John Lee Hooker:
O BrooklynVegan com essa versão para “Yea! Heavy and a Bottle of Bread”:
O Death and Taxes pegou “Ain’t No More Cane (Take 2)”:
A Spin pegou “900 Miles From My Home”:
E o Yahoo! Music ficou com “Don’t Ya Tell Henry”, que não dá pra embedar e sim ouvir nesse link.
No início do ano, Kieran Hebden, o Four Tet, participou de um programa da Rinse FM inglesa e no meio de seu set tirou o que parecia ser um remix para “Skin”, da Grimes. Dias depois ele avisou no Twitter que não era beeeem um remix e sim apenas utilizou trechos do vocal da menina em cima de uma base que estava desenvolvendo. O resultado segue abaixo e ficou bem jóia – o que pode ser uma deixa perfeita para um remix de fato.
Putalamierda.
Vi lá no Stereogum.
E um gaiato colocou uma versão pixelada do líder dos Smtihs em frente ao tradicional Salford Lads Club, em Manchester, cenário para um clipe e para a foto da banda na parte interna do clássico The Queen is Dead (abaixo).
Vi no Stereogum.
Enquanto a Spin celebra duas décadas do Nevermind, o Stereogum elege o primeiro disco dos Strokes pra transformar em disco-tributo, chamando alguns conhecidos (Peter Bjorn & John, Real Estate) e uma porção de anônimos para celebrar a importância do tal disco. Mas Stroked consegue ser pior que o Newermind (que já era fraco) e só uma música passou pela minha peneira, e isso porque eu curto o Computer Magic:
O resto fica entre o óbvio e redundante ou o ridículo. O disco todo pode ser baixado de graça no Stereogum. Valeu a boa intenção, pero…
Até pra contrapor o post anterior e dar uma aliviada, olha essa lista de vinte versões feitas pelo Radiohead ou pelo Thom Yorke que foram reunidas pelo Stereogum. E, sim, todas as músicas podem ser baixadas no site.
Iiih, então: a tal música nova do Justice era um fake. Não que fakes do Justice sejam novidades (já falei disso por aqui), mas o próprio Stereogum admitiu a cagada depois que a dupla avisou no Facebook.
O próprio Stereogum linkou essa música aí em cima quando falou “acontece” para justificar a rata do fake do Justice. De fato: acontece, feio seria não assumir o erro – ou achar que essa música aí poderia ser, de algum jeito, do Daft Punk. Tudo bem que o tema do novo Tron deles puxa um pouquinho pra distorção do Justice (que, vamos falar a verdade, foi inventado no meio do Robot Rock do próprio Daft Punk, portanto…), mas achar que essa palhice aí de cima pudesse ter sido cogitada como faixa nova dos Daft é desmerecer muito os carinhas…
Música nova do Justice na área, via Stereogum. Mas “Beginning Of The End” parece sobra do disco de estreia dos caras e essa ✞ do título do post veio na tag do MP3 que o blog recebeu. Hmmm…
Justice – “Beginning Of The End“
Updeite: É fake!
Não sei porque eu ainda dou bola pra isso, me parece um misto de pena com compromisso histórico, mas, sei lá. A cada música do disco novo (que agora tem nome, Haih or Amortecedor) dos novos Mutantes que aparece online, a banda me soa cada vez mais sem graça, genérica, desimportante. E seguindo com seus contatos no mundo indie americano, dessa vez foi o Stereogum quem levou o novo MP3, mas Brandon Stosuy não me parece muito convicente ao descrever a faixa:
“The track, co-written by Sergio Dias and Tom Zé, feels like it should usher a love story into a psychedelic barnyard-themed musical. This is a good thing. Clearly.”
Claro. Ouvindo daqui, percebo um Tom Zé como coadjuvante de luxo não acrescentar nada a uma musiquinha boba, que revive a manha do Simonal de cantar “País Tropical” pela metade, o timbre de guitarra de “Dia 36”, a gagueira de “Qualquer Bobagem” e o vocal de propaganda da nova vocalista Bia Mendes. Incredible String Band, Stereogum? Não força… (Isso sem contar essa capa horrorosa, que faz o departamento de arte da falecida Paradoxx parecer o Hypgnosis.)