Rock and Roll Hall of Fame é uma besteira que só serve pra afagar o ego dos agraciados e alimentar a indústria ao redor deles (como a maioria dos prêmios), mas de vez em quando proporciona uns momentos fantásticos, como ver a St. Vincent tocando “Running Up That Hill” da Kate Bush – que por sua vez não compareceu para receber o prêmio, por que, né? Sente o drama:
Embora seu Hyperspace, lançado no ano passado, tenha ficado aquém das expectativas até em comparação a seus outros discos mais introspectivos, o disco inspirou alguns artistas a debruçar sobre o mesmo após seu lançamento. Primeiro foi Dev Hynes, o Blood Orange, quem assumiu a direção do clipe de “Uneventful Days” e agora a mesma faixa é submetida a um remix bem retrô assinado pela cantora e compositora Annie Clark, que conhecemos como St. Vincent – e foi ela quem deu o primeiro passo, como explicou ao escrever sobre sua versão.
“Acho que eu estava ouvindo muito Herbie (Hancock) dos anos 70 e War na época e pensando no quanto de funk eu também tenho por dentro. Eu mandei pro Beck e ele curtiu, mas disse que “deveria ser 3 bpm mais rápido”. E sabe o que? ELE TINHA RAZÃO. Fez toda a diferença no groove.” Realmente, a nova versão traz a faixa justamente para o universo de groove retrô que o próprio Beck acalentava nos anos 70.
Ficou ótimo.
O Sleater-Kinney, melhor trio feminino do rock norte-americano, está prestes a lançar o disco que foi produzido pela St. Vincent, The Center Won’t Hold, e começa a mostrar o rumo que o encontro foi ao mostrar a primeira faixa, “Hurry On Home”, que, de quebra, ainda tem um clipe dirigido pela Miranda July.
Sensacional.
Que notícia foda pra começar o ano! Tanto o mítico power trio punk dos anos 90 Sleater-Kinney quanto a maravilhosa guitarrista St. Vincent deram a notícia por suas respectivas contas no Twitter que esta última irá produzir o novo disco das primeiras.
2019. @Sleater_Kinney produced by St. Vincent. pic.twitter.com/PY2JW15aIN
— St. Vincent (@st_vincent) January 8, 2019
Sleater-Kinney. Produced by @st_vincent. 2019. Photo: @jonny_stills pic.twitter.com/UObHYu3kE7
— Sleater-Kinney (@Sleater_Kinney) January 8, 2019
É o primeiro álbum das Sleater-Kinney desde No Cities to Love, que marcou a volta delas em 2015 depois de quase uma década fora da ativa. “Sempre planejamos voltar ao estúdio – era só uma questão de quando. Se há um princípio geral para este disco, é que as ferramentas que estávamos usando se provaram inadequadas. Então fomos procurar novas, tanto metaforicamente quanto literalmente”, disse a guitarrista Carrie Brownstein ao site da NPR. Ou seja: St. Vincent irá entortar timbres e riffs do trio feminino mais foda do rock norte-americano. E ela já dava pistas de sua aproximação com elas quando publicou, há um ano, um vídeo fazendo uma versão da canção do grupo “Modern Girl”.
E depois de chamar Alanis Morissette para dividir o palco com ela no primeiro show em Los Angeles na segunda-feira, Taylor Swift chamou Beck para o palco de seu segundo show na cidade – e contando com ninguém menos que St. Vincent na guitarra. Juntos os três tocaram a música nova de Beck, “Dreams”.
Quem diria, hein.
Vou lá tocar na terrinha…
Formation – “Hangin'”
Modjo – “Lady”
Weeknd – “Can’t Feel My Face”
Emicida – “Mandume”
Elza Soares – “Maria da Vila Matilde”
St. Vincent – “Digital Witness”
Letuce – “Todos os Lugares do Mundo”
Tame Impala – “‘Cause I’m a Man (Haim Remix)”
Bruce Springsteen – “Hungry Heart”
Taylor Swift – “I Know Places”
Chet Faker + Banks – “1998”
Garotas Suecas – “Mal Educado”
Foals – “Daffodils”
Sinkane – “Hold Tight (Peaking Lights Dub Remix)”
Andréia Dias – “Bad Trip (Ainda Bem)”
Grenade – “Crazy”
Lou Barlow – “Moving”
Aqui.