Paul McCartney, Jack White e St. Vincent tocando “The End”, dos Beatles, juntos!

O já tradicional festival mexicano Corona Capital encerrou sua edição neste domingo em grande estilo ao reunir, na última música do último show, três gigantes de três gerações diferentes numa jam session guitarreira, quando Jack White e St. Vincent se juntaram ao Sir Paul McCartney na parte instrumental do final da última música do último disco dos Beatles, “The End”, que encerra tanto o disco Abbey Road quanto a atual turnê do eterno beatle. Foi a primeira vez que Jack White, beatlemaníaco daqueles, dividiiu o palco com Paul – depois que o próprio Macca chamou St. Vincent para dividir “Get Back” com ele, minutos antes daquele mesmo show. Que delírio, olha só:  

Vida Fodona #830: Sem muito papo

Chega mais.

Ouça abaixo:  

Só mudar o idioma

Em Todos Nacen Gritando, versão em espanhol do disco We All Born Screaming que lançou em maio deste ano, St. Vicent consegue deixar sua mensagem — e sua sonoridade — ainda mais intensa, direta e precisa, apenas trocando de idioma (algo que nunca é apenas “apenas”) e torna um dos grandes discos deste ano ainda melhor.

Ouça abaixo:  

Que tal assistir à Olivia Rodrigo fora do Lollapalooza?

Eu queria tanto ver o show da Olivia Rodrigo sem precisar ir ao Lollapalooza e parece que essa vontade vai ser realizada em Curitiba, quando ela faz seu show solo no estádio Couto Pereira no dia 26 de março junto com a St. Vincent! Os ingressos começam a ser vendidos nessa sexta-feira, neste link.

St. Vincent à sombra de Goya

“Me lembro de passar por essa sala com um grande amigo, o artista Alex da Corte”, explica a cantora e compositora St. Vincent, falando sobre quando a inspiração para seu disco mais recente, o ótimo All Born Screaming, lhe encontrou na sala de número 67 do Museo Nacional del Prado, em Madri, na Espanha. “Entramos e nosso sangue congelou. O primeiro que foram os olhos de Saturno Devorando Um Filho; nos olhamos e dissemos: ‘Isso resume tudo'” A referida sala é o lar das famosas Pinturas Negras que o clássico pintor espanhol Francisco de Goya criou entre 1819 e 1823, quando chegou à fase final de sua vida, traduzindo em quadros ermos e desesperançosos a desilusão com a humanidade após ter visto horrores entre o final da Santa Inquisição e a Guerra Peninsular entre o Reino Unido, Espanha e Portugal no início do século 19. Para fechar o ciclo iniciado com a primeira visita da artista norte-americana àquela sala, a Radio 3 estatal espanhola a convidou para apresentar-se exatamente naquele mesmo lugar, trazendo vida às músicas criadas a partir do encontro com a desilusão de Goya com a humanidade. “Muito nessa sala me lembra da condição humana, que tem muito sofrimento, confusão, caos e violência, mas eu também acho que há muita esperança, por isso é muito emocionante está aqui no meio destas telas tocando estas músicas”. Além de três músicas do novo disco (“Hell is Near”, “Flea” e “Violent Times”, ela também tocou “Somebody Like Me”, do disco Daddy’s Home, e “New York”, do disco Masseducation. Assista abaixo:  

Vida Fodona #807: Demorei, né?

Muita coisa acontecendo.

Ouça abaixo:  

St. Vincent tocando Kate Bush

Rock and Roll Hall of Fame é uma besteira que só serve pra afagar o ego dos agraciados e alimentar a indústria ao redor deles (como a maioria dos prêmios), mas de vez em quando proporciona uns momentos fantásticos, como ver a St. Vincent tocando “Running Up That Hill” da Kate Bush – que por sua vez não compareceu para receber o prêmio, por que, né? Sente o drama:  

Vida Fodona #731: O baile não pode parar

Vem comigo…

Ouça aqui.  

Vida Fodona #720: As coisas tão mudando

Sente só.  

St. Vincent ♥ Beck

stvincent-beck

Embora seu Hyperspace, lançado no ano passado, tenha ficado aquém das expectativas até em comparação a seus outros discos mais introspectivos, o disco inspirou alguns artistas a debruçar sobre o mesmo após seu lançamento. Primeiro foi Dev Hynes, o Blood Orange, quem assumiu a direção do clipe de “Uneventful Days” e agora a mesma faixa é submetida a um remix bem retrô assinado pela cantora e compositora Annie Clark, que conhecemos como St. Vincent – e foi ela quem deu o primeiro passo, como explicou ao escrever sobre sua versão.

“Acho que eu estava ouvindo muito Herbie (Hancock) dos anos 70 e War na época e pensando no quanto de funk eu também tenho por dentro. Eu mandei pro Beck e ele curtiu, mas disse que “deveria ser 3 bpm mais rápido”. E sabe o que? ELE TINHA RAZÃO. Fez toda a diferença no groove.” Realmente, a nova versão traz a faixa justamente para o universo de groove retrô que o próprio Beck acalentava nos anos 70.

Ficou ótimo.