A turma de mídia social da gravadora de Bob Dylan tirou a semana pra trabalhar, abriu a caixa das Basement Tapes que está para sair e descolou um MP3 diferente para sites e blogs indie nos Estados Unidos. Nessa partilha, o Stereogum ficou com “Tupelo”, do John Lee Hooker:
O BrooklynVegan com essa versão para “Yea! Heavy and a Bottle of Bread”:
O Death and Taxes pegou “Ain’t No More Cane (Take 2)”:
A Spin pegou “900 Miles From My Home”:
E o Yahoo! Music ficou com “Don’t Ya Tell Henry”, que não dá pra embedar e sim ouvir nesse link.
Mais uma daquelas caixas que vêm nos lembrar o quanto estamos velhos: desta vez é o clássico Last Splash, das Breeders, que recebe tratamento de luxo pesado numa edição chamada LSXX que traz nada menos que SETE vinis (ou três CDs, pra quem não tiver tanta sede). Saca a ordem das músicas logo abaixo:
Aproveitando a deixa, pincei alguns clipes que a Spin separou num artigo sobre a influência do Radiohead no hip hop atual. A primeira música é “só” uma parceria do Kanye West, com o Pharrell e o Lupe Fiasco. E embaixo deles tem mais.
CRS – “Us Placers”
O melhor casal da históra do rock não é mais um casal. Diz uma nota publicada no site da Matador:
“Musicians Kim Gordon and Thurston Moore, married in 1984, are announcing they have separated. Sonic Youth, with both Kim and Thurston involved, will proceed with its South American tour dates in November. Plans beyond that tour are uncertain. The couple has requested respect for their personal privacy and does not wish to issue further comment”
Que pena. Será que o Sonic Youth acaba? Tomara que não. Vi na Spin.
A revista Spin comemorou os vinte anos do disco-chave do Nirvana com um disco-tributo baixável em sua página do Feice (só na terça passada – e tinha que dar “Like” pra baixar o disco, mas é claro que ele já apareceu online). Mas o disco é bem irregular e além de umas versões medonhas (“Come as You Are”, refeita pelos Midnight Juggernauts, parecia promissora, mas é ridícula) feitas por artistas desconhecidos, salvam-se apenas um ou outro, dois deles bem óbvios – com os Vaselines e os Meat Puppets (redescobertos em covers feitos pelo Nirvana) regravando clássicos imbatíveis em versões medianas.
Os melhores momentos acontecem quando duas estrelas do terceiro escalão – Titus Andronicus e Amanda Palmer – resolvem tratar músicas menores do disco em versões bem certinhas, sem mexer em quase nada do original.
E, claro, o “Stay Away” de Charles Bradley.
Disco fraco, não merece nem o “Like” pra liberar o download.
A Spin já foi a revista de música mais importante dos Estados Unidos, quando a Rolling Stone assumiu o ar yuppie e fingia que o rock inglês era um modismo passageiro. Do meio dos anos 80 até quase o fim dos anos 90, a revista não só detectava tendências como consagrava nomes em ascensão, além de ser editada com uma verve estritamente pop, sem pretensões intelectuais, jornalísticas ou deslumbradas. Ela consolidou tanto o rock alternativo dos EUA quanto o pop inglês no início dos anos 90 e tornou-se o contraponto ideal para a caretice da Rolling Stones. Depois, já neste século, se perdeu entre o R&B e o new metal (como o tablóide inglês NME, que só agora parece sair dessa crise), até arriscou um flerte com o indie mainstream, mas perdeu completamente a mão. O melhor é que a revista fechou com o Google Books e agora todas suas edições estão disponíveis online – e de graça.