Sobre a bolha dos festivais
A Bruna falou com o Ali Hedrick, da agência Billions, sobre uma possível bolha de festivais que vem por aí, a partir do momento em que a quantidade de festivais parece crescer mais do que a quantidade de bandas que fazem sucesso. Um trecho do papo:
“O calendário global de festivais de 2015, publicado pela Pollstar, lista mais de 1.200 eventos em 70 países. É um registro esmagador, ainda assim o guia é incompleto devido ao grande crescimento dessa indústria. E ao mesmo tempo em que surgem oportunidades a cada dia, é ai que o problema começa, pois diversos festivais são pressionados para reservar bandas similares com antecedência e dentro de um prazo limitado, e com esse “desespero”, muitos artistas são capazes de cobrar um preço mais elevado do que eles geralmente cobram para tocar no mesmo mercado. Ou seja, eles cobram mais do que realmente valem (lei da oferta e da procura). Hedrick explica que os grandes festivais já garantem seus artistas para o próximo ano logo que o evento é concluído. E mais do que entre si, estes festivais competem com eventos municipais gratuitos que têm muito mais apelo para as bandas – festas em praças publicas, shows em parques, entre outros. Para um festival conseguir um bom line-up e boa divulgação, precisa começar a organização cedo, mesmo que isso fique caro. Os festivais, além de pagarem os artistas, precisam pagar pelo lugar, mídia, transporte, luz e som, segurança e saneamento.”
A reflexão continua lá no site da Rio Music Conference.
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