Ainda na edição dessa segunda no Link, traduzi um texto da Julia Turner, da Slate, sobre como a hashtag é mais do que uma métrica de popularidade no Twitter, mas algo que está entre um gênero literário e uma ferramenta de retórica. Um trecho:
Acadêmicos não dão muita atenção à linguística do formato. Estudos tendem a concentrar-se na teoria de rede, na difusão da informação e na adoção das tendências. Assim, é provável que uma hashtag que não é replicada por mais de uma pessoa e, portanto não se espalha, será considerada um fracasso pelos cientistas da computação.
Da mesma forma, estudiosos debruçam-se sobre identificação de sentimentos – se você pode ensinar uma máquina a identificar sarcasmo ou outras emoções em tweets. A academia já produziu diversos estudos sobre a forma como o Twitter é usado em conferências acadêmicas. Mas estes mesmos estudiosos não pararam para observar as hashtags como um fenômeno literário. Desta forma, os melhores exemplos do hashtaguismo criativo – os exemplos mais singulares de brilho linguístico – são frequentemente pérolas que passam despercebidas.
Por isso precisamos lutar para nutrir esta forma de arte incipiente.
E o blog Brown Beat, da Slate, desvendou o mistério daquele mesmo jornal que apareceu por anos, sem mudar, em filmes e séries desde os anos 80: são jornais cenográficos impressos pela gráfica Earl Hays Press, que imprime o mesmo jornal, desde os anos 60, para ser usado em cenas de filmes e seriados em que os atores fingem ler.
Ainda sobre este assunto, a Slate aproveitou o gancho do aniversário do fim da Lei Seca nos Estados Unidos, no início do mês, e juntou várias fotaças sobre porres homéricos.
Tem muito mais lá.