E por falar nisso, faz tempo que não falo da seção FYI do IMS por aqui, mas desde abril eu e a Helô mantemos a coluna com certa regularidade no blog do Instituto Moreira Salles, trazendo novidades de todos os lados – quase todas não associadas necessariamente às notícias, mas trazendo informação e conhecimento de outras áreas. Desde então já falamos da batalha de Kruger, sobre a poética das letras do hip hop brasileiro (em duas partes), sobre o direito de ficar calado, a íntegra de shows do Coachella e trechos do Sónar brasileiro deste ano, a moda para quem não é da moda, sobre a árvore de tweets da Rio +20, do tricô como manifestação artística, de como a presidência norte-americana é tratada pela TV daquele país, da viagem interdimensional do casal Eames, gifs animados do século 19, uma gafe da BBC, além dos obituários de Nora Ephron, Ray Bradbury e Dieter Fischer-Dieskau. Confere lá.
E quando é o líder do Wilco quem dá o esporro contra quem conversa durante o show, tudo bem?
Por mim, tudo bem. Dica do Felipe.
Exagero? Olha como foi em São Paulo:
Até as palmas que acompanhavam as canções foram vetadas. “Quem quiser nos seguir pode estalar os dedos”, avisou o duo. E, se a plateia aplaudia demais entre as canções, Erlend levava as mãos aos ouvidos.
Cantar era permitido? Ninguém sabia. Por via das dúvidas, o público cantarolou em baixo volume. “Qualquer ruído neste lugar é amplificado e o local está cheio de eco”, justificou Eirik.
Mas era impossível silenciar por completo o local e a dupla ameaçou parar o show no meio. “Não entendo. Sei que muitos estão aqui para assistir ao show, mas alguns insistem em conversar. Há muito o que falar, mas vocês podem fazer isso imaginariamente”, disse Erlend.
Já pro show dos Rio os caras queriam “só” fechar os bares da Lapa num sábado à noite. Frescura, maluquice ou direito de artista?