Friendly Fires – “Lovesick”
Friendly Fires @ Studio SP
17 de agosto de 2009
Friendly Fires – “Jump in the Pool”
Bem bom o show dos Friendly Fires em São Paulo, que rolou nesta segunda, abrindo a semana. Já tinha ouvido que a banda tocava mal ao vivo e que, aos poucos, eles foram pegando o jeito da coisa. Nem parece. O entrosamento dos quatro principais músicos e a empolgação dos três titulares da banda (a saber: o baixista Rob Lee é músico convidado) garantiram uma explosão de excitação e adrenalina que mais têm a ver com uma pista de dança do que com um show de rock.
Friendly Fires – “Skeleton Boy”
Porque os Friendly Fires, dance ou não, são uma banda de rock – uma cruza inglesa de Talking Heads com Gang of Four com o gingado do Rapture (mentira, o vocalista Ed Macfarlane rebola mais do que todo o Rapture reunido). Se tivessem nascido em outra época, certamente não trabalhariam com grooves cavalares e percussão comendo solta nem incluiriam uma dupla de metais no show. Sorte nossa. Assim, a banda deixa de ser mais um roquinho genérico para incendiar a pista (como muitas outras bandas desta Nova Dance Music – um dia eu escrevo melhor sobre essa cena).
Friendly Fires – “Kiss of Life”
(O Copacabana Club chegou a dar o clima na mesma medida, botando no palco a mesma comoção de pista de dança dos Friendly Fires. Tá certo que eu cheguei no show na hora em que “Just Do It” transformava a platéia numa turba descontrolada, mas mesmo na última faixa eles mantiveram o público em ponto de bala para o incêndio que foi o show dos FF.)
Friendly Fires – “In the Hospital”
E incendiar Brazilian-style. Desfilando a íntegra de seu disco de estréia, o trio se jogou no palco. Além do requebro de boneco de posto do vocalista, o guitarrista Edd Gibson encarnava o guitar hero pós-punk enquanto o baterista Jack Savidge derrubava a bateria – amparado, vez ou outra, pela percussão do baixista (que, vez ou outra, assumia as baquetas para tocar tarol e vários cowbells) ou pelo agogô de Macfarlane. O público não ficou por menos e a massa pulava feliz ao assistir a um show que soava como uma discotecagem perfeita.
Friendly Fires – “Photobooth”
Ponto pro Lucio, que, na segunda edição de seu festival/festa, o Popload Gig, mostrou que dá pra trazer um artista que não é muito conhecido para o Brasil, fazer shows de médio porte (o Bruno também gostou do show dos caras no Rio) e deixar tanto público quanto crítica felizes. Que venham outros.
Friendly Fires – “Paris”
O Hermano se apresentou em São Paulo durante o fim de semana e, além dos setlists, ele postou alguns vídeos e fotos dos shows no Teatro do Sesc Pompéia em seu blog no MySpace. Pra encerrar a minitemporada de shows, ele quebrou o protocolo da casa e liberou os fãs pra chegar mais:
Uma avalanche de good vibe, hein. Não é à toa que o cara não para de sorrir. E não custa lembrar que, na primeira noite, sexta, ele liberou prum fã subir no palco e… Quer dizer, não vou estragar a surpresa – vai lá no site da Fernanda (eu acho incrível que ela ainda use Multiply), que postou um vídeo flagrando um momento crucial na vida de qualquer um, mas com uma mãozinha camarada de um ídolo.
Falando em Los Hermanos, Amarante também apresentou-se no fim de semana passado com seu Little Joy no Brasil pela segunda vez no ano, subindo um degrau considerável – do Clash pra Via Funchal, preço de ingresso quase triplicado em relação ao começo do ano. E aproveitou pra mostrar músicas novas. O Terron compilou três dessas (abaixo vão duas, bem boas), além do vídeo deles tocando “Procissão“, do Gil.
Terron também twittou uma fotinha que saiu no blog do Maurício Valladares em que a Binki, esvoaçante, pagou uma calcinha completa ao pular mais que deveria, se liga:
Céu – “Bubuia”
Antony and the Johnsons – “Crazy in Love”
Cidadão Instigado – “O Nada”
The Horrors – “Mirror’s Image”
Juan Maclean – “Happy House”
Esqueci de colocar aqui os vídeos que eu fiz no show que as duas bandas fizeram aqui em São Paulo no mês passado. Do Wandula, só consegui filmar uma (e essas meninas só conversam no comecinho do vídeo, depois elas param):
Wandula – “Borges”
A banda curitibana parece que vai dar um tempo porque um dos integrantes (ou mais de um) vai cuidar do lado não-banda de sua vida e a banda entra em suspensão criogênica por um ano ou mais. Depois deles teve o show do Burro Morto, da Paraíba, um filhote de Hurtmold, Nação Zumbi e Instituto, um Mombojó menos MPB e uma das melhores bandas novas no Brasil hoje, se liga:
Burro Morto – “Nicksy Groove”
Burro Morto – “Cabaret”
Burro Morto – “Colomentality (Colonial Mentality)” (do Fela Kuti)
Olha que fera o grupo matogrossense no Música de Bolso.
Puta banda.
Escapuli pra ir no show dos Amigos Invisibles. Coisa fina:
“Sexy” e “Amor”
“Everybody Everybody”, “Mentiras” e “Diablo”
“All Day Today” e “Ponerte en Cuatro”
“Que Rico”
Alguém se dispõe a trazer os caras pro Brasil? Eles são da Venezuela, afinal de contas… E certamente lotam um Sesc Pompéia por uns três dias, só no boca a boca.
Passion Pit – “Sleepyhead”
Wado – “Fortalece Aí”
Yo La Tengo – “Periodically Double Or Triple”
Phoenix – “Lisztomania”
Marcelo Jeneci – “Show de Estrelas”
Outra dica do Mutlei, desta vez sobre duas homenagens inusitadas aos Beastie Boys que aconteceram no festival All Points West, que rolou no fim de semana passado, em Nova Jérsei, nos EUA. Os Beasties estavam escalados para tocar no festival, mas devido ao recém descoberto tumor de Adam Yauch, o trio suspendeu suas atividades por enquanto. A ausência da banda rendeu duas homenagens durante o evento. A primeira delas veio do Jay-Z, que encerrou a primeira noite do festival (que ainda contou com Yeah Yeah Yeahs, Fleet Foxes, MSTRKRFT, Vampire Weekend, National, Q-Tip e Pharcyde). Z entrou com “No Sleep Till Brooklin”.
Mas bizarro foi ouvir “Fight for Your Right (to Party)” no pianinho Ron Howard do Chris Martin, do Coldplay (que encerrou a terceira noite do festival, que ainda teve Echo & the Bunnymen, MGMT, We Are Scientists, Mogwai, Black Keys e Lykke Li):
Ih, caceta (literalmente)… Depois do pau da Fergie, se liga nessa cruzada de pernas logo lá pelos 1:10 desse vídeo:
Dica do Mario.
