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Show

Terça fora

Hoje é terça-feira e decretei feriado pessoal. Fiado, só amanhã. (E eu sei que já postei esse vídeo). Se estiver de bobeira, ouvi uns Vida Fodona aê. Até!

TV Walverdes

O Mini está organizando o canal dos Walverdes no YouTube e desenterrando pérolas como esta, em que eles tocam “Summertime Blues” (Eddie Cochran, eternizada pelo Who) num programa de TV há mais de doze anos…

Legal é o que ele fala no fim do post:

Nós não somos uma banda independente, somos dependentes de uma série de figuras que sempre complementam nossa falta de braços.

Maior orgulho ter um site com esse cara, sério mesmo.

Sexta passada, no Rio de Janeiro. Via Alex Werner.

Talvez…

“Maybe we’re just young and we won’t know ‘til we’re old
Too young to free ourselves from this lonely fish bowl
Some kind of wall
Some kind of psychic wall”

“Spongebob & Patrick Confront the Psychic Wall of Energy”, The Flaming Lips, aprés Nananeri.

Memechella

O Urlesque fez um Coachella só de memes musicais.

Metacoachella

Já o Ned Hepburn preferiu não dar nome aos bois em seu Coachella.

Esse poster do Coachella feito pelo Buzzfeed também é uma boa lembrança pra quem acha que os anos 90 foram anos de prata tanto para o rock e quanto para a dance music.

Fakechella

E a Julia Segal cogitou um festival só de bandas fictícias.

Daftpunkchella

O Lucio também lembrou de uma história envolvendo o Coachella desse ano e o Daft Punk que deu origem a essa versão aí em cima

Mumu lembra que hoje faz uma década que Neil Young deu o único ar de sua graça elétrica em solo brasileiro, num texto altamente pessoal:

Lembro de chegar na Cidade do Rock quando tocavam os Engenheiros. Pensei: “quero ver o Neil Young da grade, vou já pra briga”. Felizmente a Liana tava comigo e disse “nah, vamos depois, vai ser tranquilo”. Quase sempre ela tá certa, então concordei. Ela tava certa. Era o menor público de todo o festival, umas 150 mil pessoas no total. Tocou o Dave Matthews e, quando terminou a Sheryl Crow, era hora da aproximação. A Liana quase sempre tá certa, mas eu não podia esperar que fosse tanto. À medida que todo mundo ia embora depois da Sheryl, comecei a ficar puto e gritar “porra, vocês estão malucos, é o Neil Young que vai tocar agora”.

E ele ainda teve a manha de ressuscitar um texto que o Tomate já havia reativado em 2008, além de achar a resenha para o show que eu mandei no dia seguinte ao show (cá o republico em um minuto), pois meus últimos dias como editor do Caderno C do Correio Popular de Campinas foram dedicados a uma semana dedicadas ao terceiro Rock in Rio, há dez anos. Depois disso, tirei férias e comecei a trabalhar em São Paulo. Nunca nem tinha parado para relacionar uma coisa com a outra, mas…

Aquele Rock in Rio foi loucaço (esse próximo não me convence, mas estou ficando velho), mas os minutos na frente do Crazy Horse se alongam até hoje perenes, sóbrios, sem idade. Ecoa até hoje na cabeça, entre os fisgões que os anzóis de seus solos de guitarra engancham na memória sonora, o mantra do velho Young sobre a vida (“It’s all one song!”) que me persegue diariamente como uma versão sangüínea da noção de Robert Anton Wilson de que não somos substantivos e sim verbos – e nos flexionamos com o tempo. O transe a que Young submeteu seu público fez levitar. Não é à toa que carrego o ingresso desse show (um cartão magnético de cor marrom anos-70) em meu patuá.

E aí vasculho meus arquivos e descubro que a capa da edição reunia os dois últimos dias do festival, o dia do péssimo show do Red Hot (cujo maior destaque, se não me engano, foi o Deftones, pra você ter uma idéia) e o penúltimo, quando Sheryl Crow abriu pro Neil Young. Enquanto a página dois foi inteira dedicada ao mestre (sob o título que eu mesmo dei, quando enviei o texto do Rio – “O tempo não existe”), a capa sugere outra onda, com o título que brinca com o jingle do festival e parece me apontar um rumo: “A vida começa agora”. Como se os anos em Campinas tivessem sido os de ensaio.

Mas acho que é inevitável voltar ao passado e revê-lo como rascunho, não?

Isso me lembra que estou há quase dez anos em São Paulo. Caceta.