Os números são da Pollstar, a lista foi feita pelo Digital Music News e a conversão em reais foi feita pelo Camilo:
1. Paul McCartney R$ 231,52
2. Cher, R$ 208,48
3. Roger Waters, R$ 199,73
4. Neil Young, R$ 173,26
5. Rod Stewart, R$ 172,72
6. Shen Yun Performing Arts R$ 170,94
7. Stevie Nicks R$ 167,81
8. Janet Jackson R$ 167,38
9. Eagles R$ 161,63
10. Lady Gaga R$ 160,12
Ou pelo menos é o que sugere o RocknBeats. Mesmo se for só especulação, faço coro a favor da vinda da banda. Já expliquei o lance dessas meninas…
Sim, ele tá tocando “Enjoy the Silence”.
“Limpar o quê, meu filho?”
Outro conversinha: Yuck toca em São Paulo na mesma festa que trouxe o Twin Shadow outro dia. A Taís dá mais detalhes.
O show de domingo ficou na memória, como lembra a Flávia:
Foi uma noite linda e até o frio deu uma trégua! Uma das coisas mais legais é que o evento reuniu vários jovens que conheceram a banda na semana de aparições na TV brasileira pra divulgação dos shows. Como os fãs da ex-RBD Dulce Maria, que se encantaram pela americana em sua incrível participação no “Altas Horas”, da TV Globo, do qual a popstar também participou. (Na programa, provando que é uma elegante diva, Sharon chorou e se emocionou com a mexicana quando esta respondeu com doçura a pergunta de uma fã apaixonada, e ao final correu para abraçá-la. ;~~) O repertório é baseado em “I Learned The Hard Way”, o mais recente de seus quatro discos. Como disse o amigo Vini Gorgulho, o que dizer de um grupo com o qual você fica alucinado até na apresentação dos músicos da banda, geralmente o momento mais entediante de um show?
E os vídeos não mentem: o de cima, feito pela Paula, me foi enviado pela Babee. E o debaixo é do Denis:
Pablo passou pelo Bonaroo e mandou essa:
Havia um clima estranho minutos antes do show do Strokes no Bonnaroo, e não parecia ser exatamente a ansiedade no ar. Quando a banda subiu ao palco, pontualmente atrasada 15 minutos, ficou claro qual era o problema: não havia ansiedade no ar. O público do Bonnaroo, basicamente proveniente do centrão norte-americano, é mais chegado ao esquema “menos guitarra, mais violão”. Os Strokes, nova-iorquinos trabalhados em jaquetas de couro (no caso, apenas Julian, cool até no calor de 35º), tênis sujos e tédio blasé, eram um corpo estranho em meio à programação semiacaipirada do festival – tinha Buffalo Springfield, Greg Almann, além de Black Keys, Iron & Wine, My Morning Jacket, entre outros.
Musicalmente, foi tudo quase sem erro. O som estava limpo e alto, até demais – parecia esvaziado, como se faltasse sustain às guitarras. As músicas fluíram sem defeitos, em versões quase perfeitas, ainda que levemente enferrujadas ou arrastadas. Aquele show no TIM Festival de 2005 era barulho puro se comparado a esse aqui. Pelo menos o quinteto parecia entrosado, mas muito porque se focaram no repertório que já tocam desde o século passado (abriram com a abertura das aberturas, “Is This is It”, anticlimática – a massa não comprou de cara). Na sequência, só hits dos três primeiros discos e, ali no meio, uma ou outra do novo Angles (felizmente, só as boas, com exceção da esquisita “You’re So Right”). Rolaram “Under Cover of Darkness”, “Taken fora Fool”, “Gratisfaction” e “Life is Simple in the Moonlight”, todas recebidas com uma mornice que não combinava com o calor fumegante do Tennessee. A galera pulou (tímida) com “Last Nite”, agitou (com as mãos) em “Reptilia”, protestou (daquele jeito) com “New York City Cops”, pulou (de levinho) com “Take it or Leave it”. Mas a recepção dos bonnarooers não se comparou ao que foi entregue no dia anterior, ali mesmo naquele Which Stage (o palco secundário), ao Mumford & Sons (histeria, choradeira) e ao Buffalo Springfield de Neil Young (comoção nostálgica). Ali no Bonnaroo, o Strokes era só mais uma banda de roque pauleira, talvez velha demais (!) para uma plateia too much riponga-maluco-beleza nascida majoritariamente na segunda metade dos anos 80.
Se no som parecia tudo certo, no palco, porém, os cinco pareciam desencontrados. De longe, era difícil dizer o que rolava. A comunicação entre eles era pífia, mais para inexistente. Fabrizio Moretti dava sinais de impaciência antes de iniciar cada música com as quatro batidinhas de baquetas, mas talvez fosse só impressão minha. Do lado direito, Nikolai Fraiture e Nick Valensi não se comunicavam com o restante do palco. Albert Hammond Jr., pós-rehab e aparentando uns dez anos a menos (ou a mais, dependendo do ângulo de visão), era o único ali que parecia tocar por prazer. Julian Casablancas rei da modorra, de óculos espelhados (me lembrou aqueles que o Didi Mocó usava, com olhos desenhados), estava mais em outro planeta do que de costume. Para provocar o público redneck, puxou um “U.S.A.!, U.S.A.!”, só para sentir a reação. Alguns gatos pingados devolveram o coro. “Até que foi rápido”, respondeu, engraçadão. Difícil saber se o desconforto que exalava do palco tinha a ver com a recepção da plateia, ou se não está fácil pra ninguém ser integrante do Strokes atualmente.
Será que a banda tá acabando? Isso pode ser um problemaço pro Terra, ainda mais agora que os Vaccines aparentemente já deram pra trás.
Lucio tá cantando essa bola, dando créditos à nova noite do Rock in Rio, que ainda teria Ke$ha, Yeah Yeah Yeahs e Xx (seeeerá?). Mas não é nem a primeira nem a segunda vez que o mestre passa pelo Brasil, você sabe:
Aproveito a deixa pra linkar esse remix que o Câmara fez pra “Superstition”, que eu vi lá no Bruno.
Stevie Wonder – “Superstition (Camara Remix)“ (MP3)
Anti-Amy
Parque Ibirapuera @ São Paulo
12 de junho de 2011

Foto: Frá
Que show! Cheguei no finzinho do show do Joshua Redman Trio, quando eles tocavam uma versão instrumental para “The Ocean” do Led Zeppelin, e consegui pegar todo o show da Sharon Jones com os Dap-Kings no Ibirapuera, no domingo. A tarde já tinha virado noitinha (inverno, né… 17h45 parece 20h…) e a banda subiu no palco para uma apresentação contínua de pura soul music.
Muito já foi dito sobre a natureza estelar da ex-carcereira e tudo que foi dito parece pouco: a existência de Sharon Jones foi o que me animou a assistir Amy Winehouse no começou do ano – além de, claro, a vida de Amy ter assumido o papel de equilibrista na cerca da varanda, com o público assistindo entre o espanto e o “pula! pula!”. Felizmente, a onda do domingo era outra.
Sharon é o extremo oposto da morbidez autodestrutiva que empalideceu a alma de Amy – é pura entrega, transformando os quadris presentes em receptores da energia sexual que transmitia com a voz, dor e desejo vibrando cordas vocais e uma presença de palco em 220 volts. E mesmo brilhando sem parar, é impossível perceber que a luz também saía de sua banda – e os Dap-Kings não são mera banda de apoio. Estão no meio do caminho entre os JB’s e os MG’s, uma big band de bolso, igualmente ligada na tomada.
Fiz os vídeos com o celular, por isso nem optei pelo zoom (zoom digital, né… É uma bosta), mas dá para ter uma idéia do estrago que a mulher fez num fim de domingo memorável, fechando um dia dos namorados perfeito.
Palmas para a organização do evento, que reuniu algumas milhares de cabeça (Cinco mil? Eu ouvi gente falando em 10, mas será…?) para um showzaço – e de graça -, em plena São Paulo. Será que isso tá virando tendência? Tomara.

