Show

Falei que ia martelar esse tema um tanto… E se liga que durante a quinta vou sortear uns ingressos pra festa.

Precisa mais?

Semana passada o Walkmen tocou no Rio, vocês viram?

Essa música é muito boa…

O Bruno foi lá conferir – e amanhã é aqui em São Paulo, quem vai?

Vou martelar direto e você vai ver que é por um bom motivo: quinta-feira tem feshteenha no Alley, GB long set, só com os hits de 2000 pra cá. Não pense em perder – vai ser histórico.

E vocês viram que o lugar do show paulistano do Whitest Boy Alive já foi definido, né? O show rola no domingo dia 13, no Studio SP – e o problema é o preço: cem pilas.

Pois é, o cara é a atração principal da décima edição do Indie Hip Hop, que começou em 1999 com o nome de Du Loco, edição que trouxe o Bambaataa para chacoalhar o Brasil. De lá para cá, o festival já trouxe nomes como De La Soul, Jurassic 5, Talib Kweli, Lyrics Born, Blackalicious, entre outros medalhões do rap norte-americano atual, além de, claro, servir de palco para toda a geração pós-Racionais do hip hop brasileiro. Aumentando o próprio padrão a cada ano que se passa, o festival idealizado por Rodrigo Brandão (que fala mais sobre a iniciativa nessa entrevista que deu ao site Per Raps, no ano passado) agora chama ninguém menos que Mos Def, um dos maiores nomes do gênero atualmente. Mas diz que tem que correr, porque parece que os ingressos tão acabando – se é que já não acabaram…

Que Clã?

Caí de paraquedas no show da banda portuguesa Clã no sábado passado e tive uma boa surpresa. Lançando a coletânea Catalogue Raissoneé pelo selo Allegro Discos no Brasil, o quinteto fez dois shows no Sesc Pompéia que contaram com participações especiais: o de sexta contou com as presenças de Arnaldo Antunes e Zeca Baleiro e no que eu fui o casal John e Fernanda, do Pato Fu, eram os convidados. Se fosse brasileiro, o Clã provavelmente seria uma banda indie que, além de tocar no Studio SP, no Inferno e em alguns festivais independentes do Brasil, também conseguiria datas no Sesc para lançar seu disco. Talvez não contasse com as presenças da primeira noite, devido ao abismo que existe entre a música pop brasileira e a MPB (as coisas estão mudando aos poucos, vide a presença de Arnaldo no disco do Cidadão Instigado). O Pato Fu está mais próximo da realidade indie do que daquela da MPB, por isso as bandas conversaram bem – a ponto do próprio Clã ter gravado “Depois” da banda mineira (que eles tocaram no show). Mas se existe uma lacuna enorme entre a música pop feita no Brasil e em Portugal, ela aumenta ainda mais pela distância entre dois “gêneros” que insistem em separar adultos de adolescentes, como se faixa etária determinasse gosto musical. Felizmente, como eu disse, as coisas estão mudando.

Lei de Murphy

Depois do show do Clã e de discotecar na Livraria Cultura, sábado ainda dei um pulo no Smirnoff Experience, mas só consegui assistir ao set do James Murphy. O lugar não era dos melhores, o público era essencialmente o mesmo da Pachá, mais interessado em ser visto do que no evento em si, e, pra piorar as coisas, choveu. Vazei depois do Mr. Murphy e perdi o show do Yatch e o set do Joe Goddard, do Hot Chip. Paciência.


Charlotte Gainsbourg + Beck – “Heaven Can Wait”


Autoramas – “Eu Vou Vivendo”


Simian Mobile Disco + Beth Ditto – “Cruel Intentions”


Vampire Weekend – “Cousins”


Wiley + Chew Fu – “Take That”