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Show

Que gênio. E no final o Schneider (do Apples in Stereo) ainda puxa o parabéns pro Jeff:

De chorar. Via Silvano.

Wilco stop-motion

Pra começar bem a semana, mas tem que clicar aqui pra ver, porque o autor não deixa embedar o vídeo…

Zombies de Israel

Por essa você não esperava.

Pra muitos, ele é aquele produtor farofa que passou um verniz desnecessário de disco music na música brasileira. Discordo fortemente: Lincoln Olivetti é mais um integrante da nobre linhagem de tecladistas-produtores brasileiros de nomes como Ed Lincoln e Sergio Mendes e só seu disco com Robson Jorge já garantiria seu lugar nesse panteão. Ele tocou semana passada no Copacabana Palace, com nomes como Davi Moraes, Donatinho e Kassin como músicos de apoio. Se liga:

Isso me lembrou que eu tenho que subir os vídeos do show do Donato que vi domingo passado…

Ouviram o Autoramas tocando “Blue Monday”?

E não custa lembrar que o trio está lançando disco novo, chamado Música Crocante. A conferir.

Alto nível.

Sem produça, sem figurino, ela é bem mais normal do que parece ser…

O fim de semana teve shows do Cut Copy e do João Donato (depois falo mais deles), mas nenhum superou o encontro do Cidadão Instigado com o Fagner, que aconteceu em dose dupla no fim de semana. Fui no sábado e encontrei a choperia do Sesc Pompéia tomada por um público bem mais velho que o do Cidadão – era o público do Fagner, que veio assisti-lo sem mesmo se dar conta que teria uma outra banda. O show marcou a conexão cearense dos dois artistas mais como uma celebração à obra de Fagner, mesmo ele tendo cantado duas músicas do Cidadão – “Deus é uma Viagem” e “Lá Fora Tem”, do que propriamente uma passagem de bastão.


Fagner + Cidadão Instigado – “Deslizes” / “Quem Me Levará Sou Eu” / “Borbulhas de Amor” / “Noturno” / “Canteiros”

E nem era o caso, afinal, por mais estabelecido que o Cidadão Instigado já esteja, ele ainda não atingiu a altura de vôo conseguida por Fagner em seus primeiros dez anos de carreira (que é menos que a idade do Cidadão, que vi ao vivo pela primeira vez no Abril Pro Rock de 1998, em Recife), embora caminhe para isso. A diferença crucial entre os dois, claro, está na abordagem: enquanto o Cidadão nitidamente caminhe em paragens pinkfloydianas, Fagner é um bardo sensível, um Johnny Cash que prefere lamentar o pé-na-bunda a fazer juras de vingança. E quando pega o violão sozinho para desfilar seu rosário de canções é que ele mostra que é um dos principais cantores da tristeza na música brasileira recente, puxando um coro de contemporâneos que choraram tantas fossas com suas músicas.

Junte as músicas tristes e conformadas de Fagner ao transe instrumental do Cidadão e temos, mais do que um grande show, uma promissora parceria no futuro. Para, aí sim, Fagner coroar a nova geração do pop do Ceará.

Mais vídeos do show aí embaixo.

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