Dava pra defender a importância do velho Donald, que morreu no fim de semana, no Japão, dizendo apenas que ele tocou no Booker T & the MGs e na banda dos Blues Brothers…
Booker T & the MGs – “Green Onions”
Aretha Franklin – “Think”
Blues Brothers – “Rubber Biscuit”
…mas não custa lembrar que ele era nada menos que o principal baixista da gravadora Stax, a gravadora Mr. Hyde do soul norte-americano (enquanto a Motown era o Dr. Jeckyll). Veja abaixo algumas das músicas em que deixou a marca de seu instrumento e veja se o cara não pertence à primeira divisão… Feel the bass:
E quem perdeu o Silva no Sónar pode assistir ao show do capixaba nesta terça-feira no Prata da Casa, vamo? O show começa às 21h e os ingressos começam a ser distribuídos uma hora antes. Aí embaixo segue o texto que escrevi para a programação da noite:
O capixaba Lucio Silva de Souza estuda música desde os três anos de idade, é violinista de formação clássica e também passou por diferentes bandas de rock em sua cidade natal, Vitória. Mas estas referências não estão tão evidentes em seu primeiro trabalho autoral solo, batizado apenas de Silva. Com um único EP lançado no final do ano passado, ele aproxima a música eletrônica feita no quarto e no computador de uma musicalidade brasileira que o aproxima de uma nova cena de artistas cariocas, de nomes como Cícero, Dorgas e Mahmundi, que ultrapassaram o dilema que pressionou o grupo Los Hermanos a ter de escolher entre o indie rock e a MPB. Em seu primeiro disco, a canção é seu principal veículo, mas ela é filtrada por texturas eletrônicas e intervenções instrumentais que tornam sua musicalidade inclassificável. Faixas como “Imergir” e “12 de maio” conversam tanto com o pop brasileiro do século 21 quanto com a bossa nova, a chillwave e o rock brasileiro dos anos 80. Mas não é nada que você possa esperar, a partir desta descrição.
E no show de Porto Alegre, o grupo carioca tocou um clássico da Graforréia:
(Mas a foto que ilustra o post foi tirada em Salvador…)
E uma novidade dessa turnê dos Hermanos é a música abaixo, ainda sem título, que vem sendo tocada em alguns shows…
É chata, hein.
E ao passar por Belém no mês passado, o quarteto carioca desenterrou “Anna Julia” e incluiu de vez “Tempo Perdido”, do Legião Urbana, entre as músicas tocadas no show, veja abaixo:
E por falar em Los Hermanos e Legião Urbana, o Ronaldo me lembrou dessa versão:
Que tal essa? Daqueles tempos em que artista gringo no Brasil era tratado como uma visita de Jesus Cristo alienígena – ainda mais se fosse bom e estivesse no auge.
Pois pode chorar com esse show que o Nick Cave fez com os Bad Seeds em São Paulo, em 1989. A foto saiu daqui.
Olha esse setlist…
“From Her To Eternity”
“Deanna”
“City Of Refuge”
“The Mercy Seat”
“500 Miles”
“Jack’s Shadow”
“Sugar Sugar Sugar”
“Black Betty”
“Train-Long Suffering”
“Muddy Waters”
“Saint Huck”
“New Morning”
E a primeira atração do mês de maio no Prata da Casa deste ano é a banda paulistana Quarto Negro. O show começa às 21h e os ingressos – o show é de graça – começam a ser distribuídos às 20h. Abaixo, o texto que escrevi sobre a banda para a programação do projeto.
As bandas de indie rock do Brasil quase sempre esbarram em dois problemas: o fato de parecerem derivativas de alguns artistas específicos, dificilmente trazendo a realidade brasileira para o branco drama de sua musicalidade; e também a dificuldade de encontrar uma sonoridade boa para traduzir sua contribuição artística em música que não pareça gravada na garagem ou no quarto. Em seu primeiro disco, Desconocidos, o quarteto paulistano Quarto Negro ultrapassa esses dois obstáculos com naturalidade e desenvoltura. Gravado no verão europeu do ano passado, em Barcelona, o disco conclui um processo de três anos desde que a banda começou a tocar até atingir uma maturidade que já esteve em palcos nova-iorquinos. E apesar de claramente indie, as referências expostas também mostram que beberam tanto da fonte do rock clássico quanto da música brasileira contemporânea.
Vi alguém postando no Facebook, não lembro quem foi. Flávia postou no Facebook, muito foda.
Que show! I was there.
Em 1995 eu tinha vinte anos e escrevia num caderno chamado Diário Pirata, no jornal Diário do Povo, em Campinas. E tal função me fez assistir de camarote a um show de uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos – e ainda escrever sobre ela. Olha a resenha do show feito no dia 18 de abril de 1995 aí embaixo:
A foto acima no post é a mesma que ilustra a matéria, do meu compadre e mago da luz Serjão Carvalho. Já pedi pra ele ver se arruma mais fotos desse show, vamos ver…










