“São Paulo, Te Amo Mas Tá Foda Demais”

Brinquei outro dia sobre a vibe do show da Schlop dizendo que a banda ligava o modo “lo-fi foda-se”, mas a verdade é que de um ano pra cá, Isabella Pontes tem deixado esse espírito em segundo plano para soar menos foda-se, embora mantenha seu pézinho no lo-fi. Isso tem a ver com o fato de ela ter tirado sua banda do quarto, onde gravou seus dois discos, e ter assumido a formação que montou para levar aquelas músicas para o palco. Acompanhei de perto essa mutação, que culminou no elenco atual que forma o grupo, com Lúcia Esteves na outra guitarra, Alexandre Lopes no baixo e Antonio Valoto na bateria. Para celebrar essa nova fase, ela decidiu regravar boa parte das músicas dos dois discos com essa nova formação em um novo álbum ainda sem nome que lança este semestre. E começa a mostrar essa nova leva de gravações ao apresentar sua já clássica versão para a “New York I Love You But You’re Bringing Me Down” do LCD Soundsystem que se transformou na paulistana. “São Paulo Te Amo Mas Tá Foda Demais”, que ela antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo, bem como seu clipe, que traz o mesmo Caco dos Muppets que fez sua versão há mais de uma década na internet, só que agora ambientado em São Paulo. A música foi composta depois que Bella voltou a morar em São Paulo, voltando de temporadas que passou em cidades diferentes como Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, Piracicaba e Campinas, no interior de São Paulo. E além das músicas já conhecidas, o disco, ainda sem título nem data de lançamento, trará os primeiros registros oficiais para pérolas como “Marquinho Van Halen” e “Rima Triste”.

Assista abaixo:  

Pra encerrar a noite numa boa

E depois de uma noitaça na Casa Rockambole, que tem horas pra fechar, arrastamos os sobreviventes do Inferninho Trabalho Sujo de sexta prum after na Porta Maldita, que teve um arraiá rock organizado pelas bandas Miragem, Schlop e Nunca Foi Tão Fácil, com direito a bingo, pescaria e rifa (com direito a um pano de prato do Steely Dan). Achei que ia chegar depois dos shows, mas ainda consegui ver a metade do show da Schlop – e por mais que a Bella, líder da banda, estivesse mais preocupada do que normalmente, o show seguiu aquela vibe indie lo-fi foda-se característica da banda, fazendo a noite terminar num astral relax depois do turbilhão de sons que havíamos feito um pouco antes. Bom demais.

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Inferninho em dia de chuva

A chuva deste domingo reduziu o público do Inferninho Trabalho Sujo no Redoma mas não a empolgação das bandas – inclusive de várias que vieram apenas ver os shows das que tocariam naquela noite. Os Fadas e a Schlop mostraram músicas novas e velhas numa noite em que o indie rock foi a régua estética. A noite começou com os Fadas mostrando tanto músicas de seu primeiro EP Sono Ruim quanto canções novas que ainda devem lançar este ano, mostrando como o entrosamento entre as guitarras estridentes de Anna Bogaciovas e Gabriel Magazza, o baixo marcado e sinuoso de Rafael Xuoz e a bateria na cara de Augusto Coaracy já cria uma sonoridade característica do grupo, além do fato de todos cantarem. E entre as músicas novas, destacaram “Mamata”, composta por Anna, que voltou a ser tocada quando pediram pra banda tocar mais uma.

Depois foi a vez de Isabella Pontes subir com seu Schlop no palco do Redoma e mostrar tanto as músicas de seu disco de 2023 (Canções de Amor para o Fim do Mundo) quanto do EP que lançaram no ano passado (Senhoras e Senhores, Cachorros e Madames). Acompanhada da guitarra clássica de Lúcia Esteves, do baixo pronunciado de Alexandre Lopes e da bateria marcante de Antonio Valoto, Bella mostrou todo sua crítica ácida e sua verve cronista em canções comezinhas e rotineiras, incluindo a já clássica versão paulistanizada para “New York I Love You But You’re Bringing Me Down”, do LCD Soundsystem, enquanto zunia com sua guitarra e testava um novo brinquedo, ao trazer um sintetizador para o palco. Foi demais.

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Schlop e Os Fadas

Que tal um Inferninho num domingo? É isso que vai acontecer nesta semana, quando mais uma vez invado o Redoma para mostrar as novas bandas que estão surgindo nesta década, reunindo dois reincidentes da festa que vagam entre o rock clássico e o indie rock com boas doses de referências brasileiras. Quem abre a noite é o quarteto Os Fadas, banda formada por Anna Bogaciovas (vocal e guitarra), Augusto Coaracy (bateria e voz), Gabriel Magazza (vocal e guitarra) e Rafael Xuoz (vocal e baixo), que tocam entre a melodia e o ruído, trazendo canções de seu EP Sono Ruim, lançado em 2023, e outras inéditas. Em seguida entra o Schlop, projeto musical da multiartista Isabella Pontes, que leva suas antigas gravações caseiras ao lado de Lúcia Esteves (guitarra), Alexandre Lopes (baixo) e Antonio Valoto (bateria), mostrando as composições irônicas e afiadas dos discos Canções de Amor para o Fim do Mundo (2023) e Senhoras e Senhores, Cachorros e Madames (2024). Discoteco antes, durante e depois dos shows, que tem ingressos mais baratos para quem comprar com antecedência neste link. O Redoma fica na Rua Treze de Maio, 825A, no Bixiga. Vamos?

Pé na Porta

Mais um Inferninho Trabalho Sujo neste sábado, num lugar em que já tínhamos realizado uma apresentação – mas agora no novo endereço. A nova Porta, que saiu da Vila Madalena rumo à divisa do antigo bairro com o bairro de Pinheiros, em frente ao cemitério, está num espaço mais amplo, com direito inclusive a um mezanino, o que torna o ambiente, que antes era aconchegante, em um salão espaçoso e ao mesmo tempo acolhedor. E quem começou os trabalhos neste sábado foi a Schlop da cantora e compositora Isabella Pontes, que agora fechou uma nova formação, com sua líder na guitarra e vocais sendo acompanhada de Lucia Esteves na guitarra, Alexandre Lopes no baixo e Antônio Valoto na bateria. E assim passaram pelas composições dos dois discos já lançados (Canções de Amor para o Fim do Mundo, do ano passado, e Senhoras e Senhores, Cachorros e Madames, deste ano), além de tocar o recém-lançado single “Julia Butterfly” e uma versão para “Gold Soundz”, do Pavement, esta tocada como gorros de Papai Noel (como no clipe da banda) e com a participação da entourage da banda Miragem, com Camilla Loreiro na guitarra e Mariana Nogueira e Thais Neres nos vocais, com Bella apresentando-as como as minas que fizeram um moshpit durante “Grounded”, do show que a banda norte-americana fez no Brasil esse ano. Orgulho indie!

Depois foi a vez da banda Miragem subir ao palco da Porta e encarar um desafio: tocar seu disco de estréia Muitos Caminhos Prum Lindo Delírio, lançado no mês passado, na íntegra e com as músicas na mesma ordem de apresentação do álbum, incluindo músicas que nunca tocaram ao vivo. O quarteto é liderado pela multitarefa Camilla Loureira – que reveza-se entre o teclado e a guitarra, além de fazer os vocais, assinar as composições, as artes e a animação do clipe da banda -, ainda conta com a segunda guitarra de Gustavo Esparça, o baixo de Rafael Biondo e a bateria de Lucas Soares e está quase incluindo a videomaker Mariana Nogueira como tecladista efetiva e tem esse som indefinível por misturar música pop com rock progressivo e guitarras pós-punk, como se cada integrante puxasse a sonoridade para um lado diferente, causando um impacto ao mesmo tempo estranho e familiar. Depois da Miragem segui discotecando até o fim da festa, que foi ótima – tanto que já estamos cogitando outra… pra essa semana?! Aguarde e confie.

Assista abaixo:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Miragem e Schlop

No próximo sábado, dia 9 de novembro, o @inferninhotrabalhosujo estreia no Porta, quando recebemos as bandas Miragem, está lançando seu primeiro disco, Muitos Caminhos Prum Lindo Delírio, e a banda Schlop, além de discotecagens minha e da Lina Andreosi. A Porta está em novo endereço, na rua Horácio Lane 95, entre os bairros Pinheiros e Vila Madalena, do lado do Ó do Borogodó, os ingressos já estão à venda neste link e a festa também faz parte das comemorações dos 29 anos do Trabalho Sujo. Vamos?

Primeiros passos…

Uma noite incrível no Picles desta quinta-feira viu os primeiros shows de duas bandas promissoras. A noite começou com a Schlop, trabalho solo de Isabella Pontes, que tornou-se um trio quando ela juntou-se a Cadu Scalet e Ruan Yagami para mostrar suas músicas ao vivo, aproveitando para eles mesmos mostrarem as suas. Revezando-se entre os três instrumentos, o trio também aproveitou para celebrar os 470 anos de São Paulo numa versão paulistana para o triste lamento que o LCD Soundssytem fez para Nova York que tornou-se “São Paulo Eu Te Amo Mas Tá Foda Demais” na versão Schlop. Depois foi a vez do Monstro Bom liderado pela Gabi para mostrar como suas canções azedinho-doces envolvem-se no entrosamento instrumento do quarteto de Osasco. No final, eu e a Fran assumimos a pista e foi aquele descontrole que faz todo mundo se acabar na pista do Picles madrugada adentro…

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Assista abaixo:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Monstro Bom e Schlop

Vamos esquentar essa semana com Inferninho Trabalho Sujo em pleno feriado! Você já sabe que depois da meia-noite eu e a Fran queimamos neurônios, quadris e solas de sapato com hits que não deixam ninguém parado – e antes disso não vai ser diferente, quando reunimos duas bandas novíssimas para apresentações especiais para esta quinta-feira no Picles. O lo-fi à brasileira do Schlop e as canções perigosas do Monstro Bom ajudam a aquecer este segundo Inferninho do ano, deixando a temperatura naquela medida que a gente conhece e gosta. A festa começa às oito da noite e quem chegar antes das nove não paga pra entrar. O Picles fica ali no coração do bairro de Pinheiros, no número 1838 da Cardeal Arcoverde e a noite promete pegar fogo! Vamos?