Cine Doppelgänger: O Meio é a Mensagem

Cidadão Kane (1941) e O Bandido da Luz Vermelha (1968)

Cidadão Kane (1941) e O Bandido da Luz Vermelha (1968)

Indo para a quarta sessão da segunda temporada do Cine Doppelgänger, eu e a Joyce Pais, do site Cinemascope, discutiremos dois clássicos que contam histórias de protagonistas inspirados em personalidades reais a partir das principais mídias de seu tempo: o Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, é contado a partir do império de jornais de seu protagonista, enquanto O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla, nos é apresentado pelo rádio. A sessão O Meio é a Mensagem acontece neste sábado, a partir das 14h, de graça, na Casa Guilherme de Almeida (mais informações aqui) – e as inscrições podem ser feitas aqui.

Cine Doppelgänger: segunda temporada

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É com imensa satisfação que apresentamos, eu e a Joyce Pais do Cinemascope, a segunda temporada do Cine Doppelgänger, série de debates sobre cinema que apresentamos desde o meio de 2018 na Casa Guilherme de Almeida, em São Paulo. E a segunda temporada vem com grandes novidades – a primeira delas é que não vamos mais exibir os dois filmes na íntegra, deixando mais tempo para o debate sobre as duas películas que escolhemos para comparar diferentes aspectos de títulos conhecidos e desconhecidos do público que, aos poucos, vai sendo formado aos sábados. Por isso, a partir do dia 19 de janeiro começamos a dissecar duas produções por sábado em quatro horas de conversa, mostrando cenas dos filmes, entrevistas, comentários e ensaios sobre a dupla que escolhemos para cada sessão. E nessa segunda temporada tem de tudo: do Bandido da Luz Vermelha a Quanto Mais Quente Melhor, passando por filmes de Almodóvar, Godard, John Waters, Karim Aïnouz, Orson Welles, João Moreira Salles, Russ Meyer, Jim Jarmusch e mais. Comentamos a nova temporada no vídeo abaixo e você pode confirmar a presença na primeira edição aqui (além de confirmar presença no evento que criamos no Facebook). O melhor é que é de graça.

19 de janeiro: De Salto Alto

Quanto Mais Quente Melhor (1959) e The Rocky Horror Picture Show (1975)

Quanto Mais Quente Melhor (1959) e The Rocky Horror Picture Show (1975)

Dois clássicos extravagantes de épocas diferentes contam com protagonistas masculinos que, por diferentes motivos, usam roupas femininas. Como a imagem feminina mudou ao olhar masculino entre a deliciosa fuga de Tony Curtis e Jack Lemmon ao lado de Marilyn Monroe em Quanto mais quente melhor (1959), de Billy Wilder, e o universo kitsch do clássico cult de Jim Sharman, em The Rocky Horror Picture Show (1975)?

23 de fevereiro: O Comum Bizarro

Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965) e Pink Flamingos (1972)

Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965) e Pink Flamingos (1972)

Russ Meyer e John Waters são autores associados a filmes de baixo orçamento com personalidades extravagantes, mas a partir de suas obras mais icônicas, Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965) e Pink Flamingos (1972), é possível ver seu apreço pelo ordinário e pela vida simplória.

23 de março: Uma Pequena Sociedade

Entre os Muros da Escola (2006) e Má Educação (2004)

Entre os Muros da Escola (2006) e Má Educação (2004)

Enfoques diferentes sobre como o ambiente escolar influencia a socialização dos jovens: enquanto o francês Entre os Muros da Escola (2006), dirigido por Laurent Cantet, mostra como a sala de aula apenas reflete o que acontece fora dela, o espanhol Má Educação (2004), dirigido por Pedro Almodóvar, investiga esta influência além da questão curricular.

13 de abril: o meio é a mensagem

Cidadão Kane (1941) e O Bandido da Luz Vermelha (1968)

Cidadão Kane (1941) e O Bandido da Luz Vermelha (1968)

Dois marcos do cinema, a obra-prima que inaugura o cinema moderno, Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, e o ápice do cinema marginal, O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla, contam histórias de protagonistas inspirados em personalidades reais a partir de como suas vidas foram retratadas pelas principais mídias de seu tempo.

18 de maio: Aquele Maio

No Intenso Agora (2017) e Tudo Vai Bem (1972).

No Intenso Agora (2017) e Tudo Vai Bem (1972).

Duas testemunhas diferentes do histórico maio de 1968 em Paris contam suas histórias: o documentarista brasileiro João Moreira Salles revê sua infância e família à luz daqueles acontecimentos no excelente No Intenso Agora (2017), enquanto um dos principais protagonistas daquela época, o cineasta francês Jean-Luc Godard, registra os acontecimentos em tempo real em seu Tudo Vai Bem (1972).

15 de junho: Deserto Interior

O Céu de Suely (2006) e Homem Morto (1995)

O Céu de Suely (2006) e Homem Morto (1995)

Duas jornadas para dentro de existências solitárias, o O Céu de Suely (2006), do diretor cearense Karim Aïnouz, e Homem Morto (1995), dirigido pelo norte-americano Jim Jarmusch, exprimem o sentimento de distância da realidade a partir de locais ermos do nordeste brasileiro e do faroeste dos EUA.

35 curtas que você deveria ver, por Cláudio Silvano

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Em plena temporada parisiense, o designer autor dos flyers das Noites Trabalho Sujo e vizinho nOEsquema Cláudio Silvano preparou uma lista com 35 curta metragens favoritos que ele encontrou online. Com seu gosto especificamente europeu (e francófono), Silvano listou uma compilação que reúne nomes como Rohmer, Man Ray, Reichenbach, Godard, Herzog e Kenneth Anger, além de quatro favoritos meus, abaixo.

 

O primeiro filme de Rogério Sganzerla

Documentário, de 1966, parece uma tarde no Twitter – só papo furado.