Neste domingo, a partir das 16h, participo do II Festival Mario de Andrade – Literatura e Artes na Pauliceia 2022, dentro da programação que o Sesc 24 de Maio faz durante o evento. Na mesa HQ: uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações faço a mediação de um papo sobre a importância dos quadrinhos a partir do livro que o batiza, mais uma empreitada do professor Rogério de Campos para expandir esta disciplina que é mais antiga do que podemos imaginar, com a participação do grande Marcelo D’Salete, que contribui à discussão tanto como quadrinista (ele é autor de dois marcos do quadrinho nacional, Cumbe, de 2014, e Angola Janga, de 2017, cruciais para a questão da identidade negra no Brasil) quanto como mestre de história da arte. A atividade é gratuita e acontece na praça do térreo da unidade, que fica no Centro de São Paulo (mais informações aqui).
Se o quadrinho brasileiro vive uma ótima fase, um dos responsáveis por isso é o grande Rogério de Campos, convidado da edição da vez do meu programa sobre HQ, o Esquadrinho. Autor das clássicas revistas Animal e General, fundador da Conrad Editora e atualmente à frente da Veneta, ele remonta sua trajetória enquanto comenta o momento crucial dos quadrinhos em meio à pandemia e à crise política atual.
Outro dia o Sidão me tagueou num post sobre a entrevista que fez com o Rogério de Campos no podcast de seu Universo HQ, o Confins do Universo. Pude trabalhar com estes dois ícones do quadrinho nacional na virada do século, quando fui editor-executivo da Conrad, fundada por Rogério, e que tinha Sidney Gusman como um de seus editores de revistas em quadrinho. Na entrevista, com mais de duas horas de duração, Sidão disseca a carreira de Rogério, fundador das revistas Animal e General e atualmente liderando a Editora Veneta, ao lado de seus comparsas de podcast e pinça detalhes históricos – e embates editoriais – que só pode fazer porque ele mesmo é um dos grandes personagens desta história, deschavando parte da história das histórias em quadrinhos e do mercado editorial brasileiro, em que Rogério, tão implacável quanto cínico e tirador de onda, explica porque sempre esteve metido com grandes nomes, revelando outros tantos e movimentando tanto a cena cultural brasileira, na base da subversão. “A mão invisível do mercado, se deixar, morre todo mundo nessa pandemia”, conclui, sem brincar. Ouça toda a entrevista aqui.
Alexandre Matias, Ronaldo Evangelista, Rogério de Campos, o fim do trabalho intelectual, ficção científica e Love & Rockets. O áudio tá nesse link e o vídeo segue abaixo:
E as referências: • Veneno no Studio SP • Drácula do Coppola • Mamma Mia • “O penultimo filme do Clooney” • “O soldado cortado ao meio” • Donnie Darko • Psirico • MK Ultra • World Trade Center 7 • Klaatu Barada Nikto • The Descendants • Love & Rockets New Stories • Seattle 99 • A crítica de Zeca Camargo à critica • Dahmer: jornalismo, Letuce e Camelo • O livro da Chiquinha • Golden Shower • Tarja Preta • O Pintinho • Daytripper • Banda Crime • Sobre a autoria de “Ai Se Eu Te Pego” • O Espião Que Sabia Demais • Caçapa • Cronocrimenes • Mixtape Veneno: Novos Planos para o Verão • Matt Groening + Ed Lincoln •