Bem bonita a apresentação que Rodrigo Coelho fez nesta terça-feira no Centro da Terra, ao conduzir, entre sintetizadores e um piano, sua peça Six Sines, tocada pela primeira vez ao vivo. Trabalhando entre camadas horizontais de texturas e ciclos sintéticos que se sobrepunham, o compositor foi conduzindo o público por uma paisagem ao mesmo tempo solitária – como ele mesmo no palco – e intensa, devido à quantidade de informações que reunia enquanto disparava os samples que havia preparado. Ele ainda aproveitou a parte final do concerto, quando não contava mais com as projeções feitas por Fernando Velázquez e Leticia RMS para mostrar algumas novas peças que vem trabalhando.
Satisfação receber mais uma vez Rodrigo Coelho no palco do Centro da Terra nesta terça-feira, quando apresenta um trabalho com nova identidade – Cøelho – sozinho no palco. É a primeira vez que apresenta o espetáculo audiovisual Six Sines, que compôs sem usar instrumentos musicais, apenas sobrepondo filtros binários simples que ganhavam complexidades a partir destas superposições. Ele apresenta esta peça com sintetizadores modulares e piano, além de ter os gráficos feitos pelos artistas Fernando Velázquez e Leticia RMS ilustrando essa apresentação ao vivo. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.
Mal chegamos à metade de junho, mas já temos aí a programação musical do Centro da Terra neste mês de julho. A temporada das segundas-feiras fica com Maria Beraldo, que mergulha em conexões afetivas e musicais numa série de apresentações que batizou de Manguezal. Na primeira segunda da temporada, dia 10, Beraldo recebe sua irmã de Quartabê Mariá Portugal para uma noite de improviso livre. Na segunda, dia 17, é a noite em que Maria escolheu para reverenciar Cássia Eller num encontro com Josyara. Depois, dia 24, ela junta-se a Rodrigo Campos abraçando o pagode para finalizar dia 31 com músicas novas que poderão estar em seu próximo disco, tocadas com os compadres Lello Bezerra e Marcelo Cabral. E como julho tem cinco segundas-feiras, a primeira delas, dia 3 de julho, ficou para o encontro dos duos Retrato e Antiprisma que apresentam a noite Reflexvs em que recebem participações diferentes (Raquel Diógenes nas projeções Debbie Hell na performance, narração dpoeta Rodrigo Qohen e synths de John Di Lallo, além de algumas surpresas). No dia seguinte, dia 4, a cantora Tila mostra o que virá a ser seu primeiro álbum no espetáculo Estelar, que conta com a participação de Izzy Gordon. Na segunda terça do mês, dia 11, o músico e produtor pernambucano Rodrigo Cøelho mostra o espetáculo Six Sines, uma performance, que, como ele mesmo descreve, “é um estudo sobre caos e dualidade, baseado no álbum composto sem instrumentos musicais, apenas com seis filtros ressonantes que se auto influenciam”. No dia 18, é a vez do músico, produtor, compositor e sócio do selo Desmonta, Luciano Valério mostrar seu trabalho solo MNTH, em que compõe peças ambient a partir de ruídos e texturas que cria com seus convidados. Às vésperas de lançar o disco Lume Púrpuro, ele testa essas novas composições ao lado de Paula Rebellato, Sarine, Aline Vieira e Nathalia Carvalho. E fechando julho, na última terça-feira do mês, dia 25, a banda Glue Trip, liderada pelo paraibano Lucas Moura, revê sua primeira década de carreira repassando diferentes momentos de sua discografia num novo espetáculo, 10 anos de psicodelia. Os espetáculos começam sempre pontualmente às 20h e os ingressos já podem ser comprados neste link.
O produtor Rodrigo Coelho, apelidado Grassmass, revisita o clássico Coisas de Moacir Santos em seu projeto Coisas2018 e conta com a participação do guitarrista no wave Arto Lindsay nesta quinta, às 21h, no Centro Cultural São Paulo (mais informações aqui).
Esta é a programação que teremos neste mês de maio pela curadoria de música do Centro Cultural São Paulo…
2 – A cantora cearense Soledad lança seu segundo disco Revoada, com produção de Fernando Catatau – de graça
4 – A Levis comemora o aniversário de sua calça icônica com o 501 Day Festival, que reúne apresentações de Letrux, Tássia Reis, Jaloo e MC Tha de graça a partir das 16h
5 – Luciana Oliveira mostra seu disco Deusa do Rio Níger a partir das 18h
9 – A banda A Place to Bury Strangers já está com ingressos esgotados (mas eu ouvi falar em sessão extra?)
11 – O sexteto instrumental Labirinto lança seu terceiro álbum (Divino Afflante Spiritu) e grava clipe ao vivo
12 – O rapper Froid vem de Brasília pra mostrar seu disco Teoria do Ciclo da Água
16 – Arto Lindsay e Rodrigo Coelho apresentam-se na mesma sessão, o primeiro mostra seu disco Cuidado Madame, enquanto o segundo apresenta seu espetáculo Coisas2018, em cima da obra de Moacir Santos
18 – A primeira parte da Virada Cultural no Centro Cultural São Paulo faz Rodrigo Brandão mostrar seu Outros Barato ao lado do trio Azymuth, com alguns convidados surpresa…
19 – A segunda parte da Virada Cultural no Centro Cultural São Paulo traz shows com Quartabê, Luiza Lian, Ava Rocha e Alessandra Leão – além de um espetáculo envolvendo as quatro artistas
23 – Os grupos de pós-punk Duplo (de São Paulo) e Belgrado (de Barcelona) apresentam-se na mesma sessão
24 – A big band Höröyá lança seu terceiro disco, Pan Bras’Afree’Ke Vol.2, de graça no Centro Cultural São Paulo
25 – O trio Mental Abstrato funde rap com jazz e chama Kamau e Stefanie MC como convidados
26 – Lara Aufranc mostra seu novo disco Eu Você Um Nó, produzido por Rômulo Froes, com abertura da banda Nã em mais um show gratuito
30 – Luê recebe Juliana Strassacapa e Mateo Piracés-Ugarte, da banda Francisco El Hombre, e Siba para mostrar faixas dos dois álbuns e músicas inéditas
É com imensa satisfação que anuncio que o último show do Centro da Terra em 2018 é a primeira apresentação paulistana de um ousado projeto que finalmente é lançado. Depois de anos recriando em estúdio Coisas, disco clássico que o músico e arranjador pernambucano Moacir Santos lançou em 1965, o produtor conterrâneo Rodrigo Coelho, que apresenta-se sob a alcunha de Grassmass, por fim lança seu Coisas2018, em que revisita uma das mais importantes obras do jazz brasileiro à luz da música contemporânea, injetando elementos de música eletrônica e de pós-produção. Nesta primeira apresentação, que acontece nesta terça-feira, dia 4 (mais informações aqui), ele contará com as presenças de Bruno Bruni e Thomas Harres para transpor este monumento a um dos maiores – e infelizmente ainda pouco conhecido do grande público – nomes da música brasileira para o palco. Conversei com Coelho sobre este projeto e a primeira incursão ao vivo no ano de seu lançamento – e ele antecipa uma das faixas em primeira mão para o Trabalho Sujo.
https://soundcloud.com/uivorecords/grassmass-coisa-n-5/
Como você conheceu o Coisas?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rodrigo-coelho-como-voce-conheceu-o-coisas
Como surgiu a ideia de fazer um tributo a este disco?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rodrigo-coelho-como-surgiu-a-ideia-de-fazer-um-tributo-a-este-disco
Como foi o desafio de recriar o Coisas neste outro contexto?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rodrigo-coelho-como-foi-o-desafio-de-recriar-o-coisas-neste-outro-contexto
Como é o Coisas2018 ao vivo?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rodrigo-coelho-como-e-o-coisas2018-ao-vivo